「09」

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-olá, bom, não sei como começar

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-olá, bom, não sei como começar...- o garoto de cabelos loiros como o sol falou com a voz grossa de frente para a camêra, sentado no sofá azul escuro.- faz dias que ando pensando em um projeto meio doido, e se der certo eu quero que fique registrado.- ele olhava para os lados e vez ou outra apertava as mãos.- como começar?... Andei vendo algumas coisas pela internet e as pessoas andam falando de uma coisa que acontece no espaço e pode afetar a terra e nos levar para um mundo que podemos criar, eu sei, é algo estranho, mas vou tentar explicar.

A visão que a camêra dava era de um local completamente diferente, um laboratório talvez.

Uma mesa branca no fundo e cheia de coisas em cima, como ferramentas e pedaços de varios materiais. Uma iluminação azulada e as paredes de madeira, era realmente algo de se estranhar, mas o rapaz falava com receio, como se tivessem medo de que o achassem um louco pelas suas ideias.

-existe um tipo de dimensão paralela a nossa, mas em outro lugar do espaço, estive pensando muito sobre isso, é perfeito para mim, outro dia explico o porque, mas esse lugar não tem uma estrutura coerente, ela deve ser criada, como uma realidade virtual, eu posso criar o modo que ela vai ser, por exemplo... Se eu quiser que tenha prédios eu apenas vou anotando em um papel e depois crio esses prédios no computador, e quando eu for para esse lugar eu posso ver e entrar nos prédios.- a sua vergonha e insegurança pareciam ter se distanciado do garoto, agora um sorriso pairava em seu rosto.- eu apenas preciso criar esse mundo computadorizado.- ele estala os dedos e desliga a camêra, parecia pensativo, distante.

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-olá!- novamente o garoto liga a camêra e se senta no sofá do outro vídeo.- eu fiz um projeto, não gostei muito, espera! Vou pegar.- dessa vez ele estava um tanto animado e corria para trás da visão do que lhe gravava.- eu tentei inventar um mundo, mas acho que eu posso fazer melhor que isso.- mostra o computador para a camêra enquanto sorria.- eu tentei colocar alguns prédios aqui e árvores também, casas, mercados acho que seriam mais para a frente, quero que seja um lugar grande.- ele retira o aparelho de ftente da camêra e o coloca no sofá ao seu lado.- vou tentar copiar Tokyo, seria uma boa ideia.- fala pensativo e com a mão no queixo, seu olhar é fixo no chão.- e se eu recriar um jogo de sobrevivência?- fala e muda seu olhar para o aparelho a sua frente.- isso! Um jogo de sobrevivência em Tokyo, ninguém vai entender o que está acontecendo, além de não saberem que fui eu que fiz isso.- ele bate palmas e chega mais perto da camêra.- vou mapear Tokyo e voltar quando estiver pronto.

O garoto loiro volta a andar pelo local, o aparelho que antes lhe gravava estava desligado, e ele andava de um lado para o outro.

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A camêra foi ligada após alguns meses desde a última gravação.

 um jogo inacabável  (livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora