Liberté

Humilhada

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alvslore: 😛

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- Lorena Narrando -

Hoje o Gerson chegou aqui em casa do nada com a história de almoçarmos na casa dos pais dele, queria me apresentar e mesmo sabendo que provavelmente os pais dele não gostariam de mim eu decidi ir logo para não ficar adiando, para a minha surpresa todas as irmãs dele estavam lá também.

- Essa bolsa é linda - Jenifer falou focando os olhos e pelo olhar que ela deu para a outra irmã eu sabia que viria alfinetada

- E cara, né? - Jessica riu baixo - Não tenho coragem de gastar dinheiro com isso

- Gerson é louco mesmo - Jenifer falou com um falso tom de brincadeira e eu respirei fundo, percebi que o pai dele me olhava sério enquanto a mãe tentava me avaliar

- A única coisa que o Gerson em deu foi pi - comecei a falar mas o mesmo me interrompeu rápido

- Picolé - falou e eu olhei pra ele que riu nervoso - É, ela me zoa direto por isso, meses saindo juntos e eu nunca dei nada além disso

- Sério? - Jenifer perguntou surpresa mas era nítido que não tinha acreditado

- Praticamente mora lá em casa e nunca ajudou nem nas compras, menina - falei e ele riu

- Sou um péssimo namorado - falou rindo - Mas fica tranquila nas próximas compras eu ajudo

- Obrigada - ironizei

- Você trabalha, menina? - o pai dele perguntou e eu pedi mentalmente a Deus pra segurar ter paciência

- Pai - Gerson repreendeu e eu ajeitei o meu cabelo

- Tudo bem - sorri fraco e olhei para o pai dele - Sim, eu trabalho e não dependo do seu filho caso essa seja a dúvida - terminei de falar e a sala ficou em silêncio total

- Lorena, né? - a mãe dele falou sem graça e eu olhei pra ela - Trabalha com o quê, querida?

- Sou fotógrafa - falei sorrindo - E eu trabalho lá no Flamengo

- Jura? - Jessica perguntou surpresa - E conheceu o Gerson lá?

- Na verdade ele me conheceu - falei simples - Eu já estava lá bem antes dele

- Aí ela se apaixonou de cara - completou sorrindo e eu ri fazendo eles me olharam sem entender

- Foi sim - falei rindo e olhei pra ele - Me leva até o banheiro? - pedi baixo

- Ah, vamos lá - se levantou e eu me levantei logo em seguida - Vou levar ela no banheiro, já volto

- Tá bom - a mãe dele sorriu e eu segui ele, entramos em um corredor e ele apontou

- Entra - chamei e o mesmo entrou comigo

- Desculpa por eles - fechou a porta e eu coloquei a minha bolsa na bancada

- Desculpa - resmunguei

- Eles só estão te interrogando - falou baixo e eu tirei a blusa falando ele me olhar confuso - Todo mundo passa por isso quando conhece alguém

- Eles não estão me interrogando, Gerson - falei séria e abri a minha bolsa, peguei um absorvente o para os seios e troquei rapidamente - Sabe o que eles estão fazendo? Estão jogando verde para saber se eu sou uma Maria chuteira pronta pra dar o bote

- Não é isso - falou e eu ri sem humor

- Essa bolsa é linda! E cara, né? - comecei a repetir as perguntas em tom de deboche e ele suspirou - Ah, e não podia faltar a clássica, né? Você trabalha?

- Me desculpa - falou baixo - Depois eu vou falar com eles sobre isso e

- Não, Gerson - interrompi séria - Já estão velhos pra saberem que isso não é certo, se não conhecem não devem tratar alguém dessa forma e você falar não vai adiantar

- Claro que adianta - falou e eu coloquei a blusa

- Sabe porque não adianta? Por que antes mesmo de me conhecerem já tinham decidido que não gostam de mim - peguei as coisas e joguei lixo - Seja porque eles gostam da sua ex ou porque são tão babacas ao ponto de julgarem alguém sem ao menos conhecer

- Eu não sei nem o que te falar - falou e eu percebi na fisionomia dele o quanto ele estava envergonhado

- Eu quero ir embora - falei firme - Não preciso e nem vou passar por isso

- Vamos almoçar pelo menos - pediu e eu senti meus olhos se encherem de lágrimas

- Eu deixei o meu filho pra vir aqui conhecer eles na maior educação, com a cabeça aberta porque eu já sabia que seria difícil - falei baixo - Mas eu não vou ficar aqui sendo humilhada

- Vou te levar - quando ele ia abrir a porta segurei a mão dele

- Eu não preciso do seu dinheiro - falei séria

- Eu sei - falou me olhando e eu ri fraco

- Eu realmente não preciso - falei firme - O que você tem ou o que você ganha não faz diferença na minha vida e nem muda o meu padrão de vida

- Tá me falando isso porquê? - perguntou confuso

- Só pra sua família entender que pra infelicidade deles eu não sou a golpista que eles gostariam - falei e ele respirou fundo

- Eu acredito em você - falou simples

- Ótimo - sorri de lado e saímos do banheiro

O Gerson me levou em casa e até queria ficar mas eu preferi que ele fosse embora, como era folga dele ele foi pegar a filha pra passar o resto do dia, o Matteo estava na casa dos pais do Fábio e eu até tentei pegar o mesmo porém a mãe dele disse que só devolveria no horário combinado, acabou que os meus amigos arrastaram eu e o Fábio para um luau.

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Falador: tá de sacanagem, comigo?

Lorena: o que foi?

Falador: o que foi?

Falador: essa porra de foto que você colocou

Falador: isso é foto pra se postar?

Lorena: foto pra se poster no MEU Instagram é foto que EU achar boa

Falador: você namora

Lorena: vamos combinar o seguinte?

Lorena: você toma conta do seu Instagram

Lorena: e deixa que do meu eu tomo conta

Falador: tá certinha pô

Lorena: sempre tô

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- Problemas? - Fábio se aproximou e perguntou um tanto preocupado

- Gerson com ciúmes de fotos - reclamei e ele riu

- Ele não está preparado pra mulher que você é, acho que muitos homens não estão - falou e me entregou uma long neck, como eu tinha tirado leite para o Matteo não tinha problema beber

- Mulher que eu sou? - perguntei sem entender

- Decidida - falou simples - Tem opinião formada e segue aquilo que acredita

- Isso deveria ser normal - falei e ele riu

- Mas não é - falou e eu bebi - E se prepara que essa não será a primeira discussão

- Aí que ódio - reclamei e o mesmo negou rindo