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Lucifer acorda no dia seguinte sem sinais de Chloe ao seu lado. Também não havia sons vindos da pequena casa-de-banho que partilhavam. "Chloe?"

Ele levantou-se para verificar, mas tal como ele suspeitou ela não estava lá.

Ele aproximou-se da porta e tentou abri-la, mas não teve resultado. Ele estava frustrado e com o som que ele fez ao bater na porta o pórtico logo abriu para fazer passar um tablet e a abertura dos olhos para revelar o olhar astuto e falsamente caloroso de Kinley. "Porque a levaram?" Lucifer pergunta.

"Ouvimos dizer que não querem cooperar." Ele diz. "Talvez queriam repensar o que vão mesmo fazer. Sugiro que assista o espetáculo." Diz o padre fechando a abertura.

Lucifer fez a única coisa que podia... pegou no tablet e teve imediatamente acesso à única aplicação aberta e capaz de utilizar. Era uma espécie de vídeo vigilância de uma sala antiga onde ele podia claramente reconhecer a mulher amarrada na maca.

Em menos de nada o corpo dela começou em espasmos e gritos. Então ele compreendeu, ela estava sobre tortura. O corpo dela sacudia com os espasmos que os choques lhe causavam. Ela parecia estar ali á algum tempo a pele dela parecia brilhante e o chão à sua volta parecia molhado o que indicava que em algo momento no meio de toda a voltagem ela tinha urinado. Ele estava habituado a ver esse tipo de cenas no inferno, mas ali com humanos inocentes era nojento e doentio. Era exatamente assim que ele colocaria todos os responsáveis pelo sequestro de Chloe.

Então o corpo dela parou. Lucifer não tinha a certeza se foi por eles pararem ou porque o corpo dela simplesmente não aguentou mais os ataques daqueles bárbaros. Ela não se movia... nem conseguia perceber a sua respiração... qualquer movimento... "Não... Chloe..." Ele sussurrou. Ele avançou para a porta, atirando-se contra ela várias vezes. Aquilo não podia estar a acontecer. Eles não a podiam matar... ela não podia ter vivido 12 anos ali fechada para terminar assim.

A abertura de olhos voltou a abrir. "Do seu agrado?" O olhar de Kinley novamente sem qualquer alteração... como se Chloe não fosse nada para além de um objeto para alcançar os seus meios.

"Parem!" Os olhos de Lucifer brilharam. Ele estava para lá de furioso. "Vocês estão a matá-la!"

"Não se preocupe, ela está bem."

"BEM? ISTO NÃO PARECE BEM!" Lucifer mostra a imagem imóvel de Chloe sobre a maca.

"O estado da jovem é inteiramente sua culpa. Ela é submissa, apenas faça o que tem a fazer e nenhum mal será feito à jovem. Se cooperar todos ganham."

"Ela está viva sequer? E se ela morrer no meio de tudo isto?"

O padre ri. "Se morrer você vai ficar aqui fechado até encontrarmos outro milagre para o nosso propósito." O padre olha para o lado e volta para ele. "Será mais fácil se cooperar Sr. Morningstar. Ela está fraca, mas viva."

"Vocês vão pagar pelo que estão a fazer com ela!" Lucifer sorri doentiamente ao pensar em torturar os homens da mesma forma.

"Vejo que se importa... mais uma razão para colaborar."

"Está bem... eu faço... apenas parem... temos um acordo?"

"Não estamos no momento de fazer um acordo, mas se fizer tudo como mandarmos não haverá nada a temer."

Lucifer suspira e afastasse da porta. "Vocês ganharam... agora tragam-na de volta!"

*

Chloe entrou no quarto horas mais tarde. Ela estava apática e assim que foi deixada dentro do quarto acabou por cair. Lucifer não se atreveu a aproximar da porta enquanto eles a deixaram. Ele apenas se moveu quando os homens fecharam a porta para carregar Chloe para a cama.

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