𝐊𝐈𝐍𝐆 𝐎𝐅 𝐌𝐘 𝐇𝐄𝐀𝐑𝐓 - 𝐒𝐈𝐑𝐈𝐔𝐒 𝐁𝐋𝐀𝐂𝐊

Capítulo dez: Pegadinha

Pov: Scarlett

- O que rolou ontem? - Lily pergunta do lado de fora do banheiro.

- Como assim? - pergunto sonolenta, terminando de arrumar o cabelo. Saio de lá, e ela olhava fixamente para mim.

- Você chegou na Comunal e foi direto pra cama, nem falou com os meninos. - ela diz, e tento inventar uma desculpa.

- Eu tava com sono. E ainda estou. - digo, e pego a mochila com os livros, descendo a escada com ela.

- Você nem olhou para eles! E dormiu em uma posição que não costuma dormir.

- Você sabe em que posição eu normalmente durmo? - pergunto, com os olhos arregalados. - Nem eu sei isso, Lily!

- Bom dia, senhorita Não Vou Falar Boa Noite Para Os Meninos Hoje. - James cumprimenta, e rio.

- Eu tava cansada, fiquei o dia estudando e correndo para as salas de aula e não jantei por causa da detenção.

- O que ela mandou você fazer? - Remmy pergunta.

- Escrever umas frases. - digo, e saímos da Comunal.

- Escrever frases? Esse é o melhor dela? - Sirius ri. Que ele não experimente essa detenção.

- Sim, Six. Escrever frases por horas, te matando de tédio. - deixo-o acreditar nisso.

- Ah, quase esqueci! - ele diz, e coloca a mão pra dentro de sua mochila. - Essa madrugada eu dei uma fugida de cachorro...toma. - ele me entrega uma barra de chocolate ao leite grande, e sorrio.

- Sirius, você não tem noção do quanto eu te amo. - o abraço, e ele ri, abraçando de volta.

- Você vai precisar do chocolate, ele te deixa de bom humor e hoje a primeira aula é de DCAT.

- E se a gente matasse aula? - Jay pergunta.

- Não, ela é aquele tipo de professora que nunca nos deixa em paz e manda nos procurarem. - James bufa com a minha fala.

- Eu não aguento ficar perto dela.

- Tente entrar na sala dela. Aquele lugar é só rosa, dá ânsia. Eu não consegui vomitar ontem, infelizmente.

...

Bato na porta da vaca rosa. Vaca rosa é o apelido carinhoso que eu, Jay e Six demos à ela.

- Entre. - ela diz, e abro a porta. Quase vomito vendo aquela sala. Talvez um unicórnio tenha vomitado aqui.

- Lembra da frase? - ela pergunta. Não, não lembro da frase que apareceu nas costas da minha mão como se eu tivesse escrito com um bisturi nela por horas.

- Sim. - me limito a dizer isso. A última coisa que quero é mais detenção com ela.

Ela entrega a pena para mim, e a pego, sentando na cadeira. Eu não devo falar sem permissão. Se alguém me disser isso eu quebro a cara da pessoa.