Die Young

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“Young hearts, out our minds

Runnin' till we outta time

Wild childs, lookin' good

Livin' hard just like we should”

☆☆☆☆☆

É claro que não seria uma boa ideia! Se Kirishima por si só já era barulhento e irritante o suficiente, seus amigos eram piores! Muito piores! 

Tudo começou quando, de algum modo, eles o convenceram a aceitar a carona e irem todos em um único carro para a maldita lanchonete, alegando que o levariam de volta para buscar seu carro depois. Foi um erro, pois aparentemente era a vez de Ashido colocar sua playlist e logo na primeira música todos começaram a gritar “Die Young” a plenos pulmões. Se fosse apenas esta a situação estaria tudo bem, afinal até mesmo o próprio Katsuki estava cantando (apesar de baixo se comparado aos outros), acontece que de algum modo eles cantavam muito mal. Parecia até que se esforçavam para isso, porque ele os havia visto dar um bom show não fazia uma hora.

O curto caminho até a lanchonete continuou assim e por um milagre divino, Katsuki não havia ficado surdo. Eles adentraram o local e sinceramente ele se surpreendeu que parecesse realmente legal.

O cheiro de lanches gordurosos cheios de sal e misturas de bebidas, como diferentes tipos de milkshake, café ou mesmo energéticos preencheu seus sentidos por um instante. Então tudo que via eram cores neons vibrantes, em um estilo mais retrô e o chão ladrilhado em preto e branco como xadrez. Um grande bar se estendia até quase o final do local, com ingredientes nas prateleiras traseiras e dois caixas na extremidade da entrada. Mesas se distribuem em fileiras encostadas na parede onde a frente de vidro dava a visão para a rua, com compridos sofás azuis e também grandes mesas simples, cada lugar com uma luminária acesa acima.

Katsuki os seguiu até a última mesa no fundo, vendo-os se sentarem automaticamente em seus lugares e ele imaginou que aquele era um estabelecimento frequente para o grupo. Jirou se sentiu na janela à esquerda, de costas para a porta, e Katsuki não se surpreendeu ao ver Ashido sentar no colo de Hanta logo depois. Era bem óbvio. Kaminari também sentou-se no canto com vista do lado direito, Kirishima logo atrás puxando-o levemente para ficar ao seu lado. Mesmo depois que seus lugares já haviam sido tomados ele não soltou sua mão, apenas enviando-lhe um sorriso tranquilizador.

Cinco minutos depois e Katsuki já estava mexendo no celular confortavelmente encostado nele, suas costas apoiadas na lateral do ruivo que passara seu braço pelo seu ombro e estava cruzado sobre seu peito para que mantivessem as mão entrelaçadas.

☆☆☆☆☆

“Looking for some trouble tonight (yeah)

Take my hand, I'll show you the wild side

Like it's the last night of our lives (uh huh)

We'll keep dancing till we die”

☆☆☆☆☆

Por algum motivo, Kirishima insistiu em descer do carro com Katsuki. Ele não estava reclamando, quer dizer, sim ele resmungou sobre não ser uma criança indefesa ou qualquer merda assim, mas era tudo da boca para fora. De qualquer maneira, o ruivo não precisava saber que no fundo (bem, bem fundo) ele gostava.

Apesar do vento frio que soprava, Katsuki não se incomodou em recolocar o moletom que tirara na cafeteria e mantinha pendurado no antebraço. Kirishima, por outro lado, havia colocado um moletom vermelho por cima da camiseta preta, deixando a fina (e inútil contra o frio) flanela amarrada na cintura. Ele realmente era um maldito punk ou ao menos se vestia com um, suas músicas estavam mais para um rock moderno do que um “Heavy Metal”.

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