Eu sou Marie Adler

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Cap 5
Pov Santana.
Enquanto estava consolando a menina Brittany sai da sala que nem o flash.

- Marie, faz o seguinte, vai organizando os fatos daquela noite em sua cabeça, nós vamos te ajudar mas pra isso preciso que seja forte - dei-a um abraço e fui em direção da Brittany, porque ela saiu daquele jeito da sala ?
A vejo de costas em frente ao bebedouro

- Brittany você está bem ? - pergunto chegando mais perto e passando a mão em suas costas.
Percebi sua cara de choro e a abracei, um abraço apertado e aconchegante.

- É por isso Santana que não pego esses tipos de casos, é por isso - ela soluçava em meus ombros.

- Por isso o que ? - perguntei

- Eu sou a Marie Adler...eu..eu..eu fui ela !

- Como assim Brittany, calma.

- Quando eu tinha 12 anos meus pais morreram em um acidente de carro, e eu fui morar com um tio, tive essa reação porque eu já fui essa menina Santana, eu já estive na pele dela ! - ela levantou sua cabeça do meu ombro e olhou diretamente nos meus olhos. - Vou fazer de tudo para ajudar essa menina.

Eu estava sem reação, paralisada com Brittany em meus braços e lágrimas escorrendo sem parar do meu rosto, não sabia o que dizer ou fazer, ninguém te fala o que dizer nesse tipo de situação.
A abracei mais forte segurando em seus cabelos, eu não a soltaria.

- Eu não sei o que dizer agora - disse mexendo em seus cabelos loiros.

- Não precisa dizer nada - ela disse desfazendo do abraço - vamos voltar a aquela sala e dar aquela menina a justiça que ela merece, uma outra hora voltamos a esse assunto. - ela disse estendendo a mão para que eu a segurasse e assim fiz.

Voltamos a sala para conversar com a menina, deixei que Brittany tomasse as rédias da situação.

- Certo Marie, preciso que conte tudo sobre aquele dia, até os detalhes, sei o quanto pode ser difícil relembrar aquela noite mas realmente precisamos saber de tudo. - Brittany disse.

- Tudo bem, cheguei em casa do trabalho as 18:30, tomei meu banho fiz minha janta e fui deitar as 22:36, exatamente as 02:34 acordei sentindo que alguém estava me amarrando, nisso eu já estava de quatro na cama nua com as mãos amarradas e com uma fita em minha boca. Ele apontava uma arma para mim, sei disso pois sentia ele deslizando a mesma em minhas costas, eu suava frio e chorava descontroladamente sem fazer barulho algum. Foi quando senti ele penetrando em mim - a menina estava em prantos novamente - era uma dor tão grande que eu não tinha mais forças para gritar. Depois de um tempo ele tirou seu pênis de mim pegou suas coisas e num estalo foi embora, fiquei uns 30 minutos sem acreditar no que tinha acontecido, consegui me soltar das cordas e depois fui a delegacia.

- Mais alguma coisa que queira acrescentar ? - disse Brittany

- Não, já disse tudo.

- Não vamos te perguntar mais nada hoje nem tomar mais de seu tempo mas vamos precisar conversar mais algumas vezes sobre aquela noite - Brittany disse pegando na mão da menina.

- Tudo bem.

Não disse mais nada até chegar no carro. Esperaria até que ela dissesse algo,e assim fez.

- Olha Santana desculpa por me ver naquele estado, realmente esse é um assunto muito traumático pra mim e... - a cortei na hora.

- Brittany, não precisa dizer nada se não quiser, não se sinta obrigada a me dar satisfações, não te pediria isso nunca. Mas se quiser conversar sobre o assunto quando estiver preparada com certeza estarei aqui para te ouvir - disse pegando em sua mão como uma forma de consolo.

SUITS - BrittanaOnde histórias criam vida. Descubra agora