𝔣𝔬𝔲𝔯

40 6 15
                                    

A música é apenas o que eu estava ouvindo enquanto escrevia o capítulo, portanto quis por alí e compartilhá-la com vcs para que ouvissem também! Beijos.

<3

卩ㄖᐯ; Levi Ackerman.

TOMO um gole do café em silêncio. Erwin ainda não apareceu e isso é um alívio para mim.

Quando ele disse que iria "cuidar de tudo o que eu faço" não imaginei que fosse no sentido literal. Ele me rodeia o dia todo parecendo um alienado, por mais que ache que eu não perceba quando está a me observar. São raros os momentos que eu tenho de paz real por aqui.

Eu pensava que este me "observar" seria nos momentos de batalha e exploração e as vezes aqui na base, mas isto já está indo longe demais. Uma vez eu o questionei e sua resposta foi apenas "nós fizemos negócios, não?" e então ele saiu do cômodo.

Não que eu o odeie completamente, eu sinto falta de ficar sozinho um dia ou outro sem ter que trocar uma palavra com alguém.

E por falar nele...

— Olá, Rivaille! – Sorri. Nem no sábado de folga eu tenho paz.

— E a varejeira ressurge... – não o encaro, apenas fico na minha com meu café.

— Sabe, seus apelidos não me surpreendem mais. Só não entendi este ainda. – Se senta em uma cadeira ao meu lado.

Qual é, não são nem mesmo seis da manhã e ele já veio me vigiar.

— Quer dizer que você fica rodeando tanto algo que parece querer come-lo. – Falo indiferente. – Por que já está aqui?

— Todo o respeito que você tinha comigo foi pelo ralo não é mesmo? – dá uma risada fraca e baixa. – Para sua informação, eu não vim aqui te observar desta vez, eu apenas estava aqui apenas para pegar um copo d'água. – os superiores não tem pia em seus quartos? – Eu que te pergunto por que está essas horas acordado.

— Nunca afirmei em nenhum momento que dormi. – suspiro, finalmente o encarando. – Erwin, você sabe que não precisa ficar colado a mim fora do campo de batalha, não sabe?

Ele fica em silêncio por alguns segundos que se pareceram longos em minha visão. Pra que tanto suspense?

— Estou protegendo você, Levi. – Calma, ele me chamou pelo nome?

— Protegendo de que? – franzindo o senho o questiono, deixando a xícara sobre a mesa. – Eu sou um soldado, Smith. Não preciso de sua proteção.

— Mas eu sinto necessidade de despender tempo junto de você! – exclama de repente, perdendo sua postura mais uma vez. Você não fala com ninguém aqui... Eu não quero mais vê-lo sozinho!

Ok, isso sim me surpreendeu. Achei que ele tinha dito aquelas coisas sem sentido no incidente da escadaria porque estava bêbado, mas agora parece são e está insistindo sobre o assunto.

Desta vez quem se silencia sou eu.

Me levanto pegando a louça suja e a levando até o lavador, logo limpando tudo. Sinto o olhar do homem sobre mim porém não me importo. Pelo menos por aqui fiz meu trabalho.

— Não vai me dizer mais nada? – se pronuncia percebendo minha desistência.

— Não há o que dizer. – Me encosto no balcão de mármore, movendo meu olhar até o mesmo. – Quer que eu agradeça eternamente por todo seu cuidado e carinho?

« ɴᴏᴛ ᴀʟʟᴏᴡᴇᴅ || 𝚎𝚛𝚞𝚛𝚒 ☕︎ »Onde histórias criam vida. Descubra agora