!!!TENHA LIDO "Wild Kondo - A Pedra dos Tremores"!!!
A vida de um Lutador Wild Kondo é cheia de emoção e aventura, mas também é cheia de responsabilidades. Falhar nesse trabalho é o mesmo que deixar o mundo se quebrar.
Apesar de tudo, os Lutadores d...
Um mês já se passara desde que a Pedra dos Tremores fora destruída e Meiling não voltou a aparecer nesse tempo.
Entretanto, não é porque a vilã desapareceu que o trabalho acabou, afinal, além do lado fantástico, os Lutadores Wild Kondo precisam lidar com o lado terreno de proteger o ciclo da vida.
Nesse tempinho também, Camila concluiu seu treinamento básico como Lutadora Wild Kondo ao conseguir sua Arma Mágica Astral, uma ninjaken feita de Aço Astral, dominar o Instinto e adquirir sua Habilidade Mágica.
— É só abrir o pergaminho — Disse Matsaniel entregando o pergaminho de Habilidade para Camila — As palavras levam um momento para aparecer
— Entendi — Disse Camila abrindo o pergaminho
Em alguns instantes, a mensagem apareceu.
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— Puxa, isso é bastante conveniente — Disse Matsaniel
— Por que? — Perguntou Camila
— Porque o seu corpo não tem nenhum limite
Camila ficou bastante animada com sua habilidade, mas recebeu um aconselhamento de Matsaniel para não ultrapassar a velocidade do som, apenas para não levantar questionamentos da parte do restante da equipe.
No fim das contas, isso não seria um problema, afinal Camila não queria mesmo chamar a atenção de ninguém.
...
Enfim, no dia em questão, os Lutadores Wild Kondo foram surpreendidos por três missões logo de manhã, então se dividiram em duplas para poderem resolver tudo ao mesmo tempo.
Matsaniel e Camila foram para uma praia em Pernambuco, fiscalizar o nascimento de algumas tartarugas.
Ao chegarem, o garoto de óculos observou a praia com seus binóculos.
— Está vendo algo Mat? — Perguntou Camila
— Farofeiros — Respondeu Matsaniel descontente — Antes de voltarmos vamos ter que ensinar algumas pessoas a recolher o próprio lixo
— Tudo bem. Mas e quanto às tartarugas?
— Nada sobre isso... espere, acho que encontrei. Sim, estou vendo um ambientalista. Vamos até lá
Matsaniel tirou algumas estacas e um rolo de fita amarela de sua bolsa e então ele e Camila foram para onde o tal ambientalista estava.
— Bom dia — Cumprimentou Matsaniel — É aqui em que as tartarugas nascerão?
— É sim, portanto a área está fechada — Disse o homem, claramente tentando enxotar os dois dali
— Você é de uma ONG? — Perguntou Matsaniel
— Sou sim, por que? — Perguntou ele
— Porque, nesse caso, não tem autoridade para fechar nada. Nós, por outro lado...
Matsaniel dividiu suas estacas com Camila e então os dois formaram uma barreira com elas e a fita amarela. Por fim, o garoto de óculos também colocou algumas placas indicando que o local estava fechado para o nascimento das tartarugas e que banhistas deveriam manter distância.
— Uau, vocês são profissionais — Disse o ambientalista — Mas, de onde essas placas saíram?
Matsaniel então estalou os dedos para tirar aquele pensamento da cabeça do homem.
— De onde vem a autoridade de vocês? — Perguntou o ambientalista
— Eu posso responder, ou podemos assistir o milagre da vida — Disse Matsaniel apontando para a areia, de onde algumas pequenas tartarugas já emergiam
O grupo ficou observando enquanto as tartarugas se arrastavam lentamente em direção ao mar. Em certo momento, algumas aves litorâneas começaram a aparecer e mirar as tartarugas, então o ambientalista tentou espantá-las, mas, por causa disso, levou um tapa de Matsaniel. Não foi para machucar, claro, mas sim para chamar a atenção.
— O que foi? — Perguntou o homem — Não atrapalhe o meu trabalho
— Você que não atrapalhe o nosso — Disse Matsaniel, irritado — Afaste as pessoas, não as aves
— Mas as tartarugas...
— São presas. Tente interferir com o ciclo da vida de novo e eu vou bater para machucar
O ambientalista engoliu seco e se afastou na direção da barreira. Ele então começou a observar, com desgosto, como apenas algumas das tartarugas conseguiam chegar ao mar.
...
Pouco depois do meio-dia, as tartarugas já haviam terminado, então Matsaniel e Camila desfizeram a barreira.
— Certo, foi um ótimo trabalho — Disse Matsaniel
— Ótimo? — Perguntou o ambientalista — Me diz, como eu vou explicar para o meu chefe que nem metade das tartarugas chegaram no mar?
— Ok, deixe-me explicar algumas coisas. Vocês falam "salvem as tartarugas", mas não podem querer salvar uma espécie sacrificando outra. Como eu disse, as tartarugas são presas e cumpriram esse papel ao serem pegas pelos predadores, esse é o ciclo da vida
— Mas e se a espécie entrar em extinção?
— Não vai. Se fosse, todas elas teriam sido pegas, mas as aves deixaram algumas seguirem para o mar
— Mas, e se as que sobraram forem pegas pela pesca predatória
— Há pessoas como nós que vão impedir isso, assim como eu impedi você de interferir. Escreva um relatório detalhado e tente mudar as coisas do jeito certo
— Entendi... bom, até outra ocasião
E então o homem se afastou para fora da praia.
— Ele vai ficar bem? — Perguntou Camila
— Não sei — Respondeu Matsaniel — Espero que, pelo menos, tenha aprendido algo. Bom, agora somos nós, o que acha de tomarmos um sorvete enquanto brigamos com os farofeiros?
