21 |• everything is gonna be fine.

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Demorei eu sei, mas ultimamente está complicado escrever, ainda mais com a outra fanfic Larry que eu estou escrevendo... Enfim, boa leitura.

— Você e a sua bebê parecem bem, já podem ir para casa — Dra. Clark disse com um sorriso — Já que vocês não moram aqui, recomendo que voltem para Londres o quanto antes e avisem o obstetra com quem estão realizando o pré-natal sobre tudo o que aconteceu. Ele vai passar algumas orientações, mas já sabem o principal, sem qualquer tipo de esforço, atividades físicas, carregar peso, subir e descer escadas com muita frequência... tudo o que pode gerar cansaço, não fique mais de duas horas em pé, pode ficar deitado ou sentado, e beba pelo menos dois litros de água por dia.

Harry assentiu, anotando todas as orientações mentalmente, que por sinal, eram muitas.

— Ah, e sem relações sexuais — ela acrescentou, e Louis engoliu em seco, suas bochechas ficando marcadas, como ele fazia quando ficava desconfortável, normalmente ao ser contrariado  — Eu sei que isso é chato, mas é necessário.

A expressão de Louis fez Harry rir, mas discretamente, porque sabia que ele ficaria bravo caso o visse rindo dele.

— Então foi isso — ela disse sorrindo — Espero que vocês fiquem bem.

— Obrigado — responderam em uníssono, e Dra. Clark acenou com a cabeça antes de sair do quarto.

Um enfermeiro adentrou o local com uma cadeira de rodas e ajudou Harry a subir nela.

O caminho até o estacionamento do hospital foi silencioso. Harry não parecia estar muito a fim de conversar, tendo uma expressão abatida no rosto, seus olhos e a ponta do nariz vermelhos como os de alguém que passou as últimas horas chorando.

Talvez fosse por isso que ele havia ficado tanto tempo trancado no banheiro.

Louis sabia que ele contaria o que estava sentindo quando se sentisse mais confortável, então não o apressaria.

Louis ajudou Harry a sentar no banco do passageiro, agradecendo ao enfermeiro que se afastava lentamente.

Mesmo quando estavam sozinhos, Harry se manteve quieto, engolindo em seco, juntando coragem para dizer algo.

Louis teria ligado o rádio, mas nenhum dos dois parecia a fim de ouvir músicas.

De soslaio, viu Harry concentrado na paisagem, com a cabeça encostada no vidro da janela do carro.

Uma fina camada de neve ainda cobria tanto o concreto da calçada como a grama dos jardins e os telhados das casas.

— A minha mãe teve isso também — Louis começou, chamando a atenção do outro — Quando ela estava grávida das gêmeas.

Teve um murmuro como resposta, e engoliu em seco, julgando que a sua fala havia sido inapropriada para o momento.

— E ficou tudo bem no final, não se preocupe.

— É que tantas coisas ruins podiam ter acontecido — Harry disse suspirando, coçando os olhos.

— Mas não aconteceu, você mesmo disse naquele dia.

— E se tivesse acontecido?

Louis encostou o carro, e tirou o cinto de segurança para devidamente olhar para Harry.

— Pare de pensar nisso, ok? Já passou, vai ficar tudo bem.

Seu coração se partiu ao ver as lágrimas que começavam a se formar nos olhos já avermelhados, e aquilo o fez segurar o rosto de Harry entre as mãos, o permitindo fixar seu olhar no dele.

the stars in your eyes | l.s. mpregOnde histórias criam vida. Descubra agora