Capitulo 4: Autoestima

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As garotas fofocavam de como os meninos eram no primeiro ano, e eu apenas ria, já que os únicos que "conhecia" ali dentro era o Deku e o Kacchan.

Mina: [...] Dai ficou por isso mesmo!-Ela terminou uma história que nem prestei atenção, só ri junto com as outras.

Momo: Você tem alguma história de escola, Diane?

-Ah...Não, não. As escolas alemãs são muito chatas-Digo entediada.

Mina: TU É ALEMÃ?!

-Não! Sou japonesa! Me mudei para lá com 12 anos.

Mina: Entendi...Posso mexer nas suas asas?

-Pode?-Respondo com uma careta.

Elas começaram a mexer nas penas de minhas asas. Era meio que legal, até que bato meu chifre contra a cabeça da invisível. Ela disse que estava sangrando e que iria no banheiro dela fazer um curativo.

Me senti culpada por "estragar" nossa primeira festa do pijama, então também fui no banheiro. Entrei e tranquei a porta. Comecei a tentar lixar meus chifres com uma lixa de unhas, mas não deu certo. Mesmo eles me fazendo ter uma individualidade incrível, eu os odiava. Machuco a muitas pessoas no cotidiano. Até se eu trombar com alguém posso a machucar seriamente. Pra mim eram uma maldição enviada a mim. Vai ver que fui muito má na vida passada, ou eu só tenha tido azar mesmo. Eu já era horrorosa de aparência, agora machucar as pessoas com ela é um pouco demais, né? Peguei uma tesoura que tinha no banheiro e a segurei fechada (já que era de ponta e serviria como faca). Minhas mãos tremiam, mas posicionei minha "faca" na frente de um dos chifres. Meu rosto estava úmido de choro, quando ouço uma batida na porta.

Jirou: Diane! Você está bem?!-Ela gritava do lado de fora.

-Estou! Me deixa!-Digo chorosa.

Jirou: Voce...Ta chorando?!

-Não! Por favor, me deixa em paz!-Começo a enfiar a tesoura dentro de meu chifre, o que fazia um barulho infernal.

Jirou: O QUE ESTÁ HAVENDO DIANE! RESPONDE!-Ela batia desesperadamente na porta.

-Não é na-Fui interrompida por meu próprio grito. A tesoura alcançou o meio de meu chifre.

Gritei muito alto. Eu não ouvia Jirou, mas parece que estava batendo na porta. Fiquei para segurando o corpo da tesoura, que estava suja de um líquido preto e gosmento. Eu não sabia como pedir ajuda. Aquilo doía muito. Comecei a chorar em frente ao espelho, quando ouço um barulho forte vindo do lado de fora da porta. Ela se abre bruscamente, e quando olho para trás, vejo Mina, Jirou e momo chorando nos colchões, enquanto o loiro estava a minha frente.

Bakugou: ENDOIDECEU FOI?! TIRA ESSA MERDA DAI!

-N-N-a-Tento gaguejar algo.

Bakugou: Vamos para a recovery girl, agora!-Ele tenta me puxar

-Ta doendo!-Falo manhosa, parando ele.

Bakugou: Acha que não sei idiota?! Vamos logo!

-Eu não vou!-Grito com mais lágrimas nos olhos.

Bakugou: Tanto faz! Vamos tirar essa porra dai! Extras! Peguem curativos!

Mina: Ok!-Mina e Jirou vão correndo ao andar debaixo.

-Ta...Doendo!-Me sento no chão.

Bakugou: O...Que estava tentando fazer?-Ele se senta junto à mim.

-Eu...So queria acabar com isso! Esses chifres só atrapalham!

Bakugou; Isso é mentira! Eles te dão uma individualidade forte, não?-Pergunta baixo.

-Acho que ainda não entendeu...Eu não  ligo se eles me fazem forte! Sou diferente de você! Não vejo individualidade como tudo o que existe!

Bakugou: Então eu realmente não te entendo!

-Esses chifres machucam meus amigos, e a minha autoestima também...

Um silêncio atormentador invade o cômodo quando finalmente as meninas voltam. Elas voltaram ao quarto, já que não conseguiam me ver naquele estado. Katsuki pega na tesoura e a move bem pouco, o que me faz dar um grito alto de dor.

Bakugou: Vai ficar tudo bem! Respira...Inspira!-Quando inspiro, ele puxa o objeto com tudo.

Doeu menos do que pensei, mas ainda assim, foi doloroso. Chorei como nunca tinha chorado antes na vida. Ele começa a passar um pano para tirar a gosma preta.

Bakugou: Dói?

-Menos do que antes-Dou um sorriso amarelo.

Bakugou: Eu acho seus chifres bonitos...

-Oi?-Pergunto intrigada.

Bakugou: Não acho que deveria os achar feios. Eles são bonitos

-Por que tá falando isso?-Pergunto sem graça.

Bakugou: Qual a graça de ter uma inimiga e ela não está a fim de brigar?-Responde sarcástico.

-Voce não tem jeito, Katsuki!-Dou um tapa em seu braço.

Bakugou: Terminei de tratar do "probleminha" na sua cabeça.

-Valeu...

-Não foi nada, imbecil! Só vê se não faz de novo!

-Não garanto nada!-Brinco.

Nesse momento, meu celular começa a tocar: era Dylan. Ultimamente estava mandando muitas mensagens, algumas envolvendo meus pais, outras meu irmão. Eu apenas as ignorava e as apagava, mas ele resolveu ligar? Dylan nunca foi de falar por ligação, então estranhei. A última coisa que eu queria era o Katsuki conversando com esse doido!

Bakugou: Toma-Ele me da o celular.

-Valeu...!-Recuso a ligação desesperadamente.

Bakugou: Quem era?

-Não te interessa Maria fifi! Agora pode vazar do meu quarto né?!

Bakugou: Tanto faz. Está me devendo uma!-Ele vai em direção a porta.

-Nunca irei retribuir mas obrigada!-Aceno para ele, que já tinha saído do quarto.

Fechei a porta do banheiro e me olhei no espelho. Era horroroso, meu chifre já era feio, agora com uma fenda bem no meio piorou! Minha cara estava inchada de choro e minha garganta doía de tanto gritar. Fui até meu quarto sem sequer olhar para as garotas e peguei um pijama. Tomei meu banho e depois de fazer minhas higienes voltei ao quarto. Elas não estavam mais lá. Deitei em um dos colchões, mas não conseguia dormir. Quando meus olhos se fechavam, aquela maldita dor voltava a martelar minha cabeça. Por que eu fiz isso? Como eu sou uma imbecil! Comecei a mexer um pouco no meu próprio cabelo até que finalmente adormeci, em meio de uma noite tão maluca e traumatizante, eu diria.





Oi meus amores S2
Vim aqui para perguntar: vocês estão gostando? Essa fanfic será de romance e um pouco de drama, então se quiserem dar sujeitões, estou aberta! Beijos e não esqueçam de deixar ⭐️

Bird DemonOnde histórias criam vida. Descubra agora