two - na visão de Blaise.

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Por Merlin, ele ouviu! Agora sim que não tenho chances com ele...
— Ei, — ele me chama — tá' tudo bem? — meu ruivinho diz, preocupa-
do. Eu me encoli e abracei minhas pernas. Depois disse um "sim" fraco.
— Olha, não precisa mentir... pode me dizer, não contarei para ninguém!

— Promete? — pergunto com um pingo de esperança.

— Sim, prometo!

Vejo ele dar um sorriso genuíno, e esse sorriso me deu passou paz e carinho, me senti seguro com meu ruivinho.

— Agora sei responder a pergunta "de quem é o sorriso mais bonito do mundo?"... — correspondi o sorriso, e vi Ron dar uma leve corada.

Ron olha ao redor fascinado, contemplando a vista da cachoeira á nossa frente escorrendo água de forma harmônica com o pequeno lago. Ele olhava fixamente para uma pequena caverna que havia dentro da cachoeira.

— O que é aquela caverna? — ele pergunta curioso.

— É uma caverna de cristais, as pessoas vão para lá comemorar 15 anos, ou de namoro, ou casamento. — respondi sorrindo — Eu já fui lá para explorar, é muito bonito. — falei me lembrando do dia.

— Uau! — ele diz com o sorriso maior do que já estava. — Tem mais alguma coisa que fazem lá? — ele pergunta e eu sorrio maliciosamente.

— Sim... — mordo os lábios e olho para ele mais malicioso.

Ele cora e coloca as mãos na cara.
— Pelas barbas de Merlin, Blaise!
Você é um doido por sexo! — ele ri de mim de uma forma tão gostosinha que faz eu rir junto.

Ficamos conversando por um tempo sobre tudo e nada ao mesmo tempo, até que vejo ele fazer uma cara de quem esqueceu algo. — Ah não, eu esqueci de estudar para a prova de amanhã! — ele disse, provavelmente mentindo, afinal, por que ele ficaria mais tempo comigo?

Sorrio levemente, não querendo que ele fosse, mas se ele quisesse, não poderia impedi-lo... — Oh... — solto bem baixinho.

— Era de poções, né? — ele pergunta perdido em seus pensamentos.

— Sim...

— Obrigada, e... Pode me ajudar? — essa pergunta me pegou de surpresa, mas me fez sorrir internamente.

— Claro! — digo, por fim.

— Então vamos! — ele me ajuda á levantar da grama e pega uma capa. Depois, coloca a mesma em cima dele. Era a capa de invisibilidade de Harry Potter! Ele me puxa para debaixo da capa e eu sinto meu coração errar uma batida pela proximidade que estávamos. — Seu coração está disparado... — ele comenta andando para a biblioteca.

— Pois é... — sussurro.















Chegamos na biblioteca e eu pergunto á ele com tom de preocupação:
— Você sabe de algum lugar que não nos peguem? — ele sorri e abre a boca para me responder.

— Sim, a Seção Restrita. — ele fala o mais baixo possível, quase inaudível.

— Você sabe que precisaríamos da chave daquela Seção, né? — pergunto um milésimo de segundo depois.

Ele me mostra um molho de chaves e eu sorrio. Como ele tinha muitas chaves eu não sabia, mas o que importa quando estamos com a pessoa que amamos?

Ele abre a Seção Restrita e entramos rapidamente, mas ele, ao se virar para mim, faz eu perceber o quanto estávamos perto um do outro. Um centímetro a mais, e poderíamos nos beijar. — Você está tenso. — ele comenta, e seus lábios encostam levemente nos meus. Seus lábios eram quentes. Não me segurei e lhe roubei um beijo, era cheio de desejo e ansiosidade. Rony ficou uns segundos sem se mecher, mas depois segurou minha nuca e puxou-me para mais perto, e eu cedi.

Ficamos daquele jeito por uns segundos, talvez um minuto, eu não sabia... mas não queria parar.
Tivemos que nos separar por falta de ar. Ele morde os lábios e me puxa para mais um beijo. Eu não esperava, mas aceitei de boa. Óbvio.

— Você sabe que está traindo sua namorada, certo? — eu pergunto depois de terminarmos o beijo.

— Ah é, esqueci de te dizer...

— O que? — pergunto no mesmo instante.

— Nós terminamos hoje, depois de ter dito das borboletas no estômago. — ele diz dando de ombros.

— Ué, mas era um sinal que você gostava dela... — digo confuso.

— Era um sinal de que eu gostava da pessoa que eu sinto borboletas no estômago. E não era ela.

— Oh. — disse impressionado.

Ele não gostava de Hermione Granger. Era eu? Ele me beijou, mas poderia ter sido apenas para me deixar feliz...

— Hãm, vamos nos sentar e estudar, ou vamos conversar sobre mim?

— Ah, verdade... vamos sentar.

Ficamos revisando sobre todos conteúdos possíveis para a prova, e eu consegui ajudá-lo com as dúvidas.
Até que ele ficou se balançando com a cadeira pra frente e para trás, e como estava distraído, quase caiu. Nesse meio tempo, ele colocou a mão em minha coxa e eu corei automaticamente. Ele percebeu e olhou aonde sua mão havia parado.
Tirou e continuou a ler minhas notas das aulas de poções, porém eu fiquei com uns segundos de coragem e coloquei sua mão de volta na minha coxa. Ele olha de sua mão a mim, e sorri levemente.

Eu comecei a acreditar que era eu quem ele sentia borboletas no estômago. E pensar nessa possibilidade, me fez sorrir.

Eu senti sua mão apertar minha coxa e eu acabei gemendo baixo, além de morder meus lábios. — Você consegue ser bem lindo, Blaise. — ...eu congelei. Ele me chamou de lindo, e não isso apenas... me chamou de Blaise. Não foi Zabini, foi Blaise. Isso me fez sorrir de lado e sentir-me melhor que antes.


























Estávamos craques na matéria, então eu sugeri irmos embora dali antes que pudessem ser pegos pelos monitores. Ele concorda e me leva para minha Comunal. Nos despedimos e cada um foi para seu dormitório. Ele para o da Grifnória e eu o da Sonserina.

Eu dormi com um sorriso no rosto.

| ʙʟᴏɴ | 𝖆𝖕𝖊𝖓𝖆𝖘 𝖊𝖚. [HIATUS]Onde histórias criam vida. Descubra agora