VI.

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oioiiii voltei!
nao tava bem da cabeça pra escrever e continuo igual mas pelo menos escrevi hmmmm!!

boa leitura, bem! espero que goste

Alina engoliu em seco.

"Eu devo ter sido uma pessoa horrível na última vida. Ou nessa..."

E Kiara, naturalmente, se aproximava.

— Dione, o que faz aqui? — os olhos de Alina não sabiam onde se firmar, pois a imagem era estonteante. Poderia observar as gotas d'água deslizarem por sua pele horas a fio. Kiara cruzou os braços, e a outra suspirou. Ela era tão forte... — Dione. — chamou a atenção.

— Ahn... oh, desculpe. — cobriu os olhos com as mãos, como se anulasse os segundos que passou olhando. — Precisa... se vestir? Posso esperar. — mesmo de olhos fechados, era difícil esquecer da visão.

Para a surpresa de Alina, Kiara riu com gosto.

— Não, não preciso, estou bem. Digo, estou aproveitando o mar. Não faz sentido vestir-me agora, não quero sair ainda. — ao ouvir isso, Alina se obrigou a tirar as mãos da frente dos olhos.

E olhou. Mais uma vez, e outra.

— O que, quer se juntar à mim?

— Sim, muito...

— Ah, é? — arqueou a sobrancelha.

"Recomponha-se, Alina!"

— Digo, eu não posso.

— Uhum. Já escutei isso antes. — disse, entediada. — Eu não a procurei, Dione. Você fugiu de mim horas atrás. Arrependeu-se, tão cedo?

As ondas quebrando já molhavam até as coxas de Alina. Kiara estava perto, quase tocando-a, mas sempre quase. A princesa percebeu que suava um pouco.

— Eu não fugi...

— Quer me dizer por quê?

— Ahn...

A verdade era que não havia pensado em nada para dizê-la. Não concretamente. E naquela situação, a última que poderia imaginar, tinha menos ainda a dizer. Abria a boca, mas nada saía.

Kiara sabia que não queria ouvir o que viria, porque não tinha como ser bom. Por isso, após perceber o silêncio se prolongar, adiantou-se.

— Olha, Dione, eu entendo. Você não quer se envolver nos problemas que eu claramente tenho e não precisa lidar com o fato de que eu não devo estar no meu normal, nos padrões que você provavelmente tem. E você realmente não é obrigada a suportar nada que venha de mim. Não estou chateada, eu entendo. Dito isso, o que faz aqui?

— O que... não, Kiara! Não é nada disso, não é por sua causa! — avançou, tentando segurar Kiara, mas se conteve. E estendeu somente uma mão, que ela segurou depois de um segundo de hesitação.

Kiara era diferente de tudo o que haviam dito a Alina sobre piratas. E não era por ser uma mulher. Tinha uma delicadeza e uma vulnerabilidade em seu olhar que jamais poderia esperar de alguém como ela.

Naquele dia, a pirata estava mesmo cansada de ser forte.

— Eu sou a fonte dos nossos problemas, Kiara, não você. — acariciou sua mão. — Mas... vejo que tem muito na mente agora. — chamou sua atenção de volta. — Quer... me contar?

Kiara riu com ironia no canto da boca, e quebrou o contato.

— Não, eu não quero! E você, o que quer? Não vou deixar que vá embora com tudo o que puder tirar de mim enquanto nada me diz sobre si, não duas vezes. Eu tenho certeza que você não me apresenta nenhuma ameaça, mas eu também sei que preciso ser cautelosa nesse lugar. Então, enquanto não provar que posso confiar em ti, não direi mais nada.

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