Lei de Newton

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Descobrir que o seu pai não morreu de causas naturais, e sim foi assassinado pode mudar tudo na sua vida. Eu vou vingar a morte dele custe o que custar, ele pode sim sempre ter sido contra vinganças e essas coisas, mas imagino que nunca imaginou que seria morto injustamente. Eu liderarei a The Trinity e mataremos quem entrar no meu caminho, um por um no fim acabaremos com todos.

-Amanhã...-falo depois de ficar alguns minutos digerindo tudo.-Quero tudo relacionado ao tal Beauchamp em cima da minha mesa, que hoje eu terei meu dia de luto, mas amanha eu sentarei naquela mesa como Any Gabrielly onde eu mando e obedecem.

-Sim chefa.- Noah responde debochando, e eu me aproximo.

-Acho melhor você engolir esse seu sarcasmo, a não ser que queira ficar sem a língua.-ele engole seco.-Foi o que eu imaginei.

-Gabi, em momento nenhum eu falei que você lideraria a The Trinity.- minha mãe fala.

-Não seja boba mamãe.-ironizo.- Qualquer meio que seja que eu tiver para fazer o que eu quero, eu usarei.

-Seu pai não gostaria que você assumisse essa parte dos negócios da família.

-Não te contaram?-perguntei irônica.-Ele está morto.-digo baixo como se fosse um segredo, e tampo a boca depois, minha mãe arregala os olhos.-Eu creio que quando ele falava que queria que eu assumisse apenas a empresa da família e deixava subtendido essa parte dos negócios, a senhora era a favor da minha pessoa entrar nesse meio.-digo levantando o indicador e fazendo um círculo indicando o lugar.

-Você está com raiva minha querida, seu pai nunca foi a favor da vingança.-isso pode ate ser verdade mas o que posso fazer?

-O que fizeram comigo, indiretamente, me criou mamãe. E como princípio básico do universo, toda ação cria uma reação igual e oposta. Mataram papai, e eu matarei o chefe do Bratva, veja como quiser mamãe vingança, acerto de contas, Karma, destino, pois pra mim é apenas a Lei de Newton, tudo que vai, volta.-digo e saio da sala.

Entro no elevador e subo novamente para a sala que estava antes de tudo acontecer.

-Eu vou fazer justiça papai, não se preocupe.-digo me sentando no chão de frente para a janela de vidro e fico observando a cidade.

[...]

Já se passava das onze da noite e eu observava a cidade, desde o entardecer até as luzes da boate mais popular da cidade se acender. Eu estava tão imersa nos meus pensamentos que não vi o tempo passar, são tantas perguntas que só serão respondidas amanhã.

Vou no banheiro e quando meu olhar se encontra de ante ao espelho e vejo meus olhos vermelhos me pergunto, quando eu chorei? Eu não me lembro de ter derramado nenhuma lágrima. Lavo meu rosto e saio da sala entrando no elevador, meu pensamento dá a sugestão de ir no décimo terceiro andar e procurar as informações que responderiam quase 80% das minhas perguntas, mas decido ir pra casa e descansar os próximos dias serão longos.

Entro no táxi e rapidamente estou em casa, pago a corrida e entro pela porta principal, a casa está em silêncio provavelmente minha mãe já está dormindo e os empregados também. Subo para o terceiro andar da casa onde se encontra o meu quarto e o quarto de hóspedes, e o antigo escritório do papai. Talvez outro dia eu entre para ver se há alguma coisa que possa me ajudar a saber mas sobre o... assassino do papai.

É estranho pensar que alguém assassinou uma pessoa tão boa, meu pai não faria mal nem pra um mosquito, por isso ele merece justiça e eu, com tudo que aprendi com ele e depois que ele se foi, foi dar a ele essa tal justiça.

Depois de um banho quente, para tentar relaxar meus músculos, me deito na cama e olho as horas no meu celular 00:48, ligações perdidas de mamãe, Sina e um número desconhecido? Não apenas ligações e mensagens também.

Herdeira de uma Vingança-Antes da morteOnde histórias criam vida. Descubra agora