Dama de vermelho

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O relógio do celular marcava 1:15 da manhã, meu estômago implorando por comida, não havia comido nada depois do café com Sina, e depois o que me alimentou foi apenas a adrenalina do momento, mais agora que meu corpo esfriou a fome que me domina. Entro em casa e a luz da cozinha está acesa o que me estranha, alguém deve ter esquecido acesa, mas em situações duvidosas melhor se prevenir do que remediar.

Tiro minha arma da cintura e aproximo aos poucos da entrada da cozinha e quando estou quase entrando, entro de uma vez com a arma apontada, e quando vejo quem é guardo-a novamente.

-Acordada uma hora dessa?-pergunto vendo a mesma comer alguns morangos, vou ate ela e pego um.

-Marco acabou de sair, estávamos resolvendo algumas coisas sobre amanhã.-diz minha mãe e observo o que estava vestindo, um robe vermelho bem transparente, mostrando os seios um pouco, decido ficar calada sobre ela e Marco, não quero saber a vida sexual deles. Caminho até a geladeira e tiro uma vasilha com Strogonoff do almoço e coloco pra esquentar no micro-ondas.-Chegou tarde hoje, estava na empresa ainda?

-Sim, acabou que o carregamento foi interceptado e virou uma missão.-resumo ao máximo.

-Como assim?-ela quer conversar isso é novidade. Escuto o som do micro-ondas indicando que a comida já estava quente vou ate o mesmo e tiro a vasilha colocando batata palha.

Conto tudo que aconteceu na hora que fomos buscar a mercadoria, e perguntei sobre o tal James, e ela disse que não conhece muito o mesmo e que era pra me manter afastada já que não conhece o tipo de homem que ele é. Já passava das 2 quando decidimos ir dormir.

-Amanhã vai ser sua coroação, comprei um vestido pra você usar amanha já que deixei pra te contar em cima da hora.-diz de na porta do seu quarto e apenas assinto subindo o restante das escadas para o meu quarto.

Ao chegar no mesmo jogo meu salto que tirei quando passei pela porta de entrada de casa, e tiro também a duas armas, que agora se encontrava na minha cintura, as guardando no cofre do meu closet. Paro de frente a penteadeira e pego um algodão e demaquilante para tirar o excesso de maquiagem mas antes observo meu rosto, o reflexo do mesmo no espelho.

A boca com um batom vermelho um pouco falhado no centro, a pele ainda intacta, e os olhos meio caídos por causa do sono, tiro tudo rapidamente, passando o algodão suavemente sobre meus olhos. Em seguida tiro todas as minhas roupas e entro no box, um banho de banheira me faria muito bem mas se encostar a cabeça por dois minutos durmo e só acordo amanha depois das 11. Tomo uma ducha morna rapidamente e coloco apenas uma camisola solta e me jogo na cama sem lembrar de ligar o ar ou fechar as cortinas que amanha me acordara com o sol batendo no meu rosto, apenas apago a luz e deito adormecendo rapidamente.

[...]

Acordo com meu celular tocando do outro lado do quarto, me levanto sonolenta, pegar o mesmo. O dia está muito bonito lá fora, quente, sem nuvens, sem olhar quem me incomodava a essas horas da manhã, atendo:

-Soares.-digo com a voz sonolenta e arrastada assim que atendo.

-...-sinto a respiração da outra pessoa pesada, mas não responde nada, observo que na tela do aparelho, que o número é desconhecido.

-Não sei quem é que se trata, mas trate de fazer algo de útil, e não me acordar novamente.-digo e desligo rapidamente o celular o jogando na cama.

Não é a primeira vez que ligam pro meu número e não diz nada, mas como sempre o número não se repete deve ser apenas engano. Meus olhos pausam sobre uma caixa com um laço, que ontem não havia percebido, em cima da minha penteadeira. Me lembro da minha mãe falar do tal vestido que comprou pra festa de hoje, ando até o mesmo e abro a caixa me dando a visão de um salto dourado, um pano vermelho, provavelmente o vestido e alguns acessórios.

Herdeira de uma Vingança-Antes da morteOnde histórias criam vida. Descubra agora