Herdeira de uma Vingança-Antes da morte

Aperto o gatilho e o tiro é dado

Nunca pensei que tornaria uma pessoa como estou sendo nos últimos dias, depois que mandei trazer Joshua para casa da central, na semana passada, estou passando mais tempo aqui e o meu quarto está sendo de bom aproveito.

Foram sete dias visitando o quarto do meu inquilino, levo a comida mas o bonito não come, e se não quer comer eu não ligo, e começo meu interrogatório. No primeiro dia eu meio que me exaltei confesso, mas isso foi importante já que agora, pelo menos, respeito tenho de Joshua, ele sabe que quando eu tirar o que eu quero acabou sua linha da vida, a única coisa que quero é uma confissão, nada mais, apenas isso, pois eu não acredito em suas palavras.

As pessoas mentem, eu mesmo minto todos os dias na empresa quando finjo ser uma pessoa que trabalha honestamente e não é envolvida em coisas erradas, ou fora da lei. Querendo ou não sou uma farsa para as pessoas da empresa, e ele pode estar mentindo para se safar da morte, dizendo que nunca mataria seu padrinho, como disse na nossa primeira conversa, alias única conversa.

-Bom dia, meninos.-digo assim que chego na frente do quarto que separei para Joshua.

-Patroa.-cumprimenta Henry, com o apelido que confesso que gostei. São 8:00 da manha o horário que sempre trago a primeira refeição do Joshua e a única que ele come, almoço nem a janta ele toca. Sorrio para os meninos e entro como todos os dias, meus saltos batendo contra o piso de mármore fazendo barulho que sempre acorda Joshua, e é isso que acontece ele se senta na cama zonzo e me olha com um olhar de "você aqui? De

novo?", seus olhos semiabertos por causa da pouca claridade, pela falta de janelas grandes nesse cômodo, e o seu rosto ainda pálido e a barba já tomava grande parte do seu maxilar e grande, não que o deixasse feio mas já estava ficando exagerado..

Ele se levanta e vai para o banheiro, eu decidi que deixasse Beauchamp sem algemas ou correntes, ele não tentaria nada, afinal eu quem estou no controle, mas, mesmo assim, tomei minhas precauções. No banheiro não há nada com que ele possa fazer de arma, desde um espelho ate um aparelho de barbear descartável. Dentro do quarto também coloquei câmeras que dão acesso ao celular dos seguranças que ficam em cada turno, para saberem o que está acontecendo quando estiver aqui dentro.

Joshua sai do seu banho matinal com apenas uma calça de moletom, eu diria que ninguém que eles da máfia rival tratam tão bem, quanto estou tratando Joshua. Claro que não sou a simpatia em pessoa mas ele tem comida, água, e ainda uma cama pra dormir, mas isso não durara por muito mais tempo, meus planos mudaram e depende de hoje pra se concretizar.

Ele se senta na cama e pega a maça, e sempre assim a fruta depois larga o resto. Acho que ele tem medo de ter veneno nas comidas só pode. Nunca tinha olhado por esse lado, colocar veneno seria em uma bebida, em uma fruta não teria como.

-Vai tomar o suco?-pergunto, mesmo sabendo a "resposta". Ele me olha e continua a pegar os pedaços picados que Juliet, a empregada da casa, cortou e deixou em uma vasilha, já que não trago faca para aqui dentro.-Se não vai, eu bebo, não tive tempo de tomar café ainda.-pego o suco e bebo um pouco.-Já sei o que vamos fazer hoje.-digo e como duas colheres do cereal no prato e saio o deixando com cara confusa.

Não só ele como os meninos quando sai em menos de 30 minutos. Ignoro todos e vou até meu carro, e vou para o walmart mais perto, quando chego desço rapidamente indo para a área onde fica aquelas máquinas de fazer a barba, compro uma e um aparelho de babear novo também. Corro pro meu carro novamente indo pra casa chego e corro para meu quarto pegar meu creme de passar antes da depilação, como se fosse um creme de barbear, só que feminino.

E está eu novamente correndo para o quartinho com uma sacola media na mão. Os meninos me olham estranho mas não dizem nada apenas abrem a porta e entro, vendo o que sabia que aconteceria Joshua comeu a comida, na verdade eu havia tomado café da manhã, comi um pouquinho apenas para ele ter certeza de que não estava envenenada.