capítulo 2

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Rosário.

Rosário Perroni é meu nome, sou casada com Honório há mais de 25 anos, ele me conheceu bem novinha, ele era um homem rico, de boa família, eu já não era, morro de vergonha das minhas origens, meus pais eram catadores de latinhas, o Honório me encontrou na rua e perguntou se eu não aceitava trabalhar na sua casa, eu logo aceitei, odiava aquela vida miserável, minha mãe era uma alcoólatra e meu pai um maldito pervertido. Depois de 2 anos trabalhando pra ele, ele me pede em namoro, seus pais odiaram, pois jamais queriam o seu filho casado com uma nada, mas eu me casei com ele, tempos depois engravidei da Maite, ela foi completamente indesejada, minha gravidez foi horrível, senti muitas dores e sem contar que quando ela nasceu eu quase morri. Honório amou aquela menina desde o Primero momento que a viu, 1 ano depois eu soube que meu pai tinha morrido, eu dei graças a Deus, minha mãe eu a enfiei numa clínica e nunca mais a tirei de lá, odeio minhas raízes. Logo engravidei, e dessa vez era diferente, eu amava aquela criança, descobri que era uma menina e quando ela nasceu tudo em mim se renovou, minha pequena filha, como eu a amei, cuidei, mimei ela era um anjo, por esse motivo dei seu nome de Angelique. Os anos foram se passando as meninas cresceram, maite sempre querendo chamar atenção, ela se desenvolveu muito rápido e sempre pegava os namoradinhos da irmã, uma vez eu a peguei quase transando com um garoto no estábulo da fazenda, ela jurou que não estava fazendo nada, isso quando ela tinha 15 anos. Ela sempre me envergonhado, Minha Angel não, sempre me apoiando e sendo a menina dos meus sonhos, linda, magra, loira do jeito que eu sempre sonhei, Maite me lembrava um passado do qual eu sentia nojo, ela era igual a el...enfim os anos se passaram e a fazenda ia de mal a pior, o dinheiro estava acabando, e Honório estava fazendo de tudo para reerguer nossa fazenda, mas as colheitas estavam indo mal, Maite o ajuda, foi como um castigo que eu a dei, mas pelo visto ela pegou gosto pelas terras e está até hoje ajudando o pai. Hoje pela manhã eles saíram para tentar um empréstimo no banco, mas já são quase 21 da noite e nada deles, até que a campanha toca, Lourdes vai ver quem é e vejo um policial.

-Senhora Rosário Perroni?. (Diz, eu me aproximo e digo)

- Sou eu, o que deseja?. (Pergunto, ele me olha e diz).

- houve um acidente horrível na estrada chegando perto da nossa cidade. O carro é do seu marido senhora, ele e uma moça, filha de vocês?. (Pergunto, eu assinto e ele prossegue). - Eles sofreram um grave acidente, os dois estão no hospital da cidade, mas adianto seu marido não está nada bem. (Diz, eu caio em lágrimas).

- Não pode ser, meu marido não, meu marido não. (Digo, ele tenta me acalmar, logo vejo minha filha descendo preocupada).

- Que foi mamãe?. (Pergunta, eu a olho e ela me segura).

- Seu pai sofreu um acidente de carro filha e está mal no hospital. (Digo em lagrimas).

- A menina também estava no carro

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- A menina também estava no carro. (Diz o policial).

-A meu pai, NÃO PODE SER, VAMOS ATE LA. (Diz, eu me levanto e vamos).

-Nos leva?. (Pergunto ao policial).

- Claro. (Diz, então o seguimos até o carro).

Ao chegarmos eu entro no hospital as pressas, vou até a recepção e pergunto.

- Honório Perroni, sou esposa dele. (Digo, a moça me olha e diz).

- Ele está em cirurgia senhora, mas a moça que estava com ele está no quarto, teve apenas escoriações . Quer vê-la?. (Pergunta, eu assinto).

- Onde fica?. (Pergunto, ela me diz ser no quarto 20, eu e Angelique vamos até lá, ao entrarmos a encontramos sentada sobre a maca, seu rosto está ralado, nada além disso).

- Mãe. (Diz, eu a olho e me aproximo). - Como o papai está?. (Pergunta, eu a olho e lágrimas escorrem dos olhos de ambas).

- Seu pai está em cirurgia, ele está muito grave. (Digo, ela se desespera e começa a chorar).

- Ai meu deus proteja meu paizinho, se ele morrer eu a jamais vou me perdoar. (Diz, eu a olho com estranhamento).

- Por que diz isso?. (Pergunto, ela se levanta e começa a dizer entre lágrimas).

- Eu estava dirigindo, a culpa é minha, ele insistiu pra dirigir e eu não deixei mamãe, eu não deixei. (Diz, eu chego perto dela e agarro seu braços a jogando sobre uma poltrona que ali está).

- SUA CRETINA, A CULPA É SUA, SE ACONTECER ALGO COM SEU PAI VOCÊ LEVARÁ ESSA CULPA PARA SEMPRE. (Digo, ela apenas chora).

- Não adianta chorar sua imbecil, você matou nosso pai, ele está quase morrendo por sua culpa. (Diz Angel em prantos).

- Me perdoem por favor, eu não... (a calo com um tapa bem forte no seu rosto, pego Angel e saio a deixando chorando).

 (a calo com um tapa bem forte no seu rosto, pego Angel e saio a deixando chorando)

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