capítulo 3

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Maite

Eu não acredito no que estava acontecendo, meu pai, meu paizinho lindo estava sendo operado em estado grave por minha culpa, oh meu Deus não o tira de mim por favor, eu imploro meu pai, se ele morrer eu morro junto. Depois da visita da minha mãe e Angel, eu fiquei a noite toda em prantos tentando saber notícias do meu pai, não consegui pregar os olhos, estou sem fome só quero saber do meu pai. O dia amanhece, o médico vem me ver.

- Olá senhorita Perroni, como se sente?. (Pergunta me analisando).

- Fisicamente bem, emocionalmente abalada, estou péssima doutor. (Digo, ele assente e anota algo em suas prancheta).

- Bom, está tudo bem com você, só está um pouco nervosa, vou receitar um calmante pra senhorita se acalmar. (Diz, eu mal posso ouvir o que ele diz).

-Quando posso ir pra casa?. (Pergunto, ele sorri e diz).

-Agora mesmo, tô dando sua alta. (Diz, dou um leve sorriso). - Bom senhorita estou indo, fica bem. (Diz e sai porta a fora).

Me levanto, jogo uma água no meu rosto e saio, assim que chego na recepção vejo minha mãe, ela me olha e fecha a cara.

- O papai já saiu da cirurgia?. (Pergunto, ela me olha mas nada diz). - Eu preciso saber por favor. (Digo, ela se levanta e vem até mim).

- Seu pai está em como maite, EM COMA POR SUA CULPA. (Grita na minha cara suas grossas palavras).

- Meu pai, meu Deus meu pai. (Digo e caio chorando no chão).

- É a ai que você deve estar: no chão. (Diz e se retira).

Choro copiosamente, me levanto e vou até a recepcionista.

- Eu posso ver o meu pai? Honório Perroni?. (Pergunto, ela me olha e diz).

- Pode, quarto 25. (Diz, eu assinto e vou até o quarto, ao chegar o vejo dormindo, todo cheio de aparelhos, meu coração desmorona.

- Pai, meu paizinho, me perdoe papai, me perdoe a culpa é minha de você está aí nessa cama, em como. Me perdoa pai me perdoa, eu deveria ter deixado o senhor dirigir, mas eu fui burra demais eu não te ouvi agora o senhor está mal.

- Senhorita, você vai ter que sair agora, vamos cuidar dele .( diz a enfermeira, eu me despeço dando um beijo em sua testa e saio).

Sigo pra fora do hospital, pego um táxi e vou direto pra casa. Ao chegar vou direto pro quarto, mas logo Eugênia vem atrás de mim.

- Oi minha querida, trouxe um lanchinho pra você comer.( diz colocando o lanche encima da escrivaninha).

- Obrigada nana, mas tô sem fome. (Digo do jeito carinhoso que a trato desde pequena).

- Mas minha filha, você tem que comer, ficar assim não vai adiantar nada. ( fala afagando meus cabelos).

- Não consigo engolir nada, a culpa foi minha nana, eu que causei o acidente, meu pai tá em coma por minha culpa. (Falo, ela nega e me abraça).

- Não diz besteira filha, a culpa não foi sua, tava chovendo a pista tava escorregadia, não se culpe. (Diz, eu choro em seu colo). - Tenha calma vou pedir pra Aninha fazer um chá de camomila pra vc. (Diz).

- Nana, e se ele morrer?

- Bate na boca menina. (Diz, eu me aconchego mais em seu colo e adormeço).

Será que existe amor?Onde histórias criam vida. Descubra agora