Ao atravessar aquela grande porta, me deparo com o Hall do prédio. Era tão majestoso, sua aura imponente. À minha direita havia dois elevadores, ambos continham pequenos detalhes sofisticados, deixando-os com uma aparência moderna. À minha esquerda encontrava-se a recepção, para onde me desloquei.
O local era composto por um balcão, onde continha um computador no centro e ao lado um telefone de fio. Também continha dois vasos de flores, um de cada lado, para suavizar a aparência. A mulher que ali estava vestia uma saia lápis cinza, tendo o terno igual. A identificação acima de seu peito dizia que seu nome era Alicia. Ela estava séria, mexendo em seu computador e, ao mesmo tempo, falando ao telefone da empresa.
- Com licença, senhorita Alicia? - Cheguei de mansinho, olhando para ela. A mesma desgruda seus olhos da tela, direcionando-os para mim. - Meu nome é ______, e eu tenho marcado para às 10:30 uma entrevista de emprego.
Ela parece raciocinar um pouco depois da minha fala, pois olha para meu rosto procurando algo, mas logo toma foco, voltando a mexer no aparelho a sua frente.
- Claro, deixe-me ver... Aqui! Senhorita ______, entrevista de emprego para vaga como secretária do senhor Jeon, 8° andar, sala n° 17. - Ela digita algo em seu computador e me entrega um crachá com a identificação de visitante. - Você será entrevistada pelo senhor Kim, que é o vice-presidente da empresa.
Coloco o crachá em volta de meu pescoço e agradeço a ela, saindo daquele lugar, indo em direção a um dos elevadores.
Ao entrar, pressiono o botão para o 8° andar, assim como foi indicado. As portas estavam quase fechando, quando escuto alguém.
- Segure para mim, por favor! Droga, não posso me atrasar.
Faço o que foi pedido, apesar de ainda não ver quem gritou. Mas então, um homem de aparência esbelta, alto e de cabelo platinado, atravessa as portas, como se sua vida dependesse dessa travessia.
"- Hum... Nada mal, eu pegaria... Quer dizer, você pegaria, _______. Que garanhão, hein... -" Liz, que até então estava quieta, resolve abrir a boca para falar asneiras, dando uma risadinha no final.
Apenas balanço a cabeça, sabendo o quão atirada essa loba pode ser quando quer.
- Obrigado por ter segurado-o para mim. Você salvou minha vida. - Após ter se acalmado e respirado fundo por um tempo, o homem me dá um sorriso grato, mostrando duas belas covinhas que jaziam uma em cada bochecha. Opa, que coisa mais linda.
- Imagina, acredito que também faria o mesmo se estivesse no meu lugar. E sei por experiência própria que não é bom chegar atrasada nos lugares... - Retribuo seu sorriso, olhando para o visor do elevador mostrando que já estávamos no 3° andar.
- Ah... - Ele suspira, sorrindo em seguida, olhando para baixo. - Realmente, não é uma das melhores coisas a se fazer, e eu já não tenho um histórico muito bom com despertadores. O último que tive acabou se desmontando, e eu nem sei como eu fiz aquilo. Meus amigos costumam dizer que eu tenho um dom para quebrar as coisas. - Ele ri e olha para mim. - Acho que eles têm razão.
- Bom, nem tudo é um mar de rosas, não é mesmo? Eu mesma não queria estar aqui, mas tenho que manter a comida na mesa, então não posso fugir. - Minha voz sai com humor, e vejo o mais alto me olhar com curiosidade. - Não me entenda mal, não tenho nada contra a empresa, pelo contrário. Eu só não sou muito fã de lugares com muitas pessoas. - Solto uma risada, pensando no quão cômico isso era.
O homem continua com seu olhar sobre mim, e eu o retribuo sorrindo novamente.
- E o que veio fazer aqui, senhorita? Se eu não estiver sendo muito invasivo. Não é bom fazer aquilo que não queremos. Deve ter uma boa justificativa, certo? - Ele logo pergunta, me mostrando mais uma vez aquelas covinhas ao sorrir, o que faz eu me perder nelas por um instante.
- O que vim fazer aqui? Eu vim para uma entrevista pparaser secretária do presidente, meu caro. Estou atrás de um emprego, e depois de tantos comentários bons vindos dessa empresa, precisava confirmar se eles são verdadeiros mesmo. - Dou uma risada curta ao falar. Após isso, vejo seu rosto tomando uma feição divertida, eu até diria cômica. - O quê? Falei algo engraçado?
- Bom, nada de mais, senhorita. Nada com que deva se preocupar por agora. - Ele dá ênfase na palavra e me estende a mão. - Creio que devo me despedir, visto que já chegamos ao nosso destino. - Após isso, ele indica com a cabeça a porta do elevador que havia se aberto em algum momento, nos mostrando o caminho à várias salas. - Boa sorte na sua entrevista de emprego, disseram que seu entrevistador é alguém bem rigoroso à horários.
- Então devo me apressar mesmo. Obrigada, senhor atrasado. - Retribuo seu aperto, chamando-o assim sem que perceba e me calo imediatamente, sabendo que posso tê-lo ofendido. - É... Me desculpe, às vezes falo sem pensar. - Solto uma risada sem graça, soltando de sua mão.
- Tudo bem, sem problemas. - Ele balança a cabeça e sorri novamente. - Afinal, não deixa de ser verdade... Enfim, eu tenho que ir. Até breve.
Até breve? Será que ele acreditava que eu ia ser admitida? Poxa, que cara legal... Gostei dele!
Então ele sai do cubículo, e eu o sigo. Acompanho-o com o olhar, vendo que ele segue em direção a uma das portas ali. Já a uma distância de mim, ele me olha e sorri, como se estivesse se divertindo com alguma coisa.
Será que ele é assim mesmo? Todo... Alegre?
Só então percebo em qual porta ele parou.
Vice-presidente, diretor executivo Kim Namjoon.
Sala n° 17.
E meus pés se cravam no piso do corredor, enquanto meu cérebro processa. Logo escuto sua voz, com um tom desafiador.
- Vamos, senhorita. Acredito que não vai querer se atrasar para sua entrevista, não é mesmo? - Posso ver ele se segurando para não soltar um sorriso largo. - Ah, claro! Como pude me esquecer? Nem me apresentei, desculpe minha falta de educação. Pois bem, meu nome é Kim Namjoon, eu sou o vice-presidente e diretor executivo da Jeon's Enterprises. E, olha que coincidência! Também serei aquele que irá entrevistá-la essa manhã. - Ele abre a porta da sala e antes de entrar, me lança um olhar divertido -para ele-, e termina. - É um prazer conhecê-la. Espero que não ache nossa empresa... Cheia demais....
- Ai droga, você é uma bocuda, _____! - Sussuro para mim mesma, seguindo em direção da sala.
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e esse homem, meu Deus? Sem condições.
e aí, anjos, gostaram?
espero que sim.alguma sugestão? só comentar ou vir na dm.
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Sob a Luz da Lua - (Jeon Jeongguk)
Hombres LoboSob a luz da lua ouvia-se pequenos resmungos, pertencentes à um bebê recém nascido. Dois pares de olhos admiravam a nova integrante da família. Seus pais estavam encantados. Ela era linda. Seus olhos verdes, beirando ao azul, determinavam sua posiçã...