Estaciono o carro em frente aquele prédio, e desço do veículo, ainda estressada. Pensava em como matar aquele homem, sem ninguém descobrir que fui eu. Aquele desgraçado petulante, gostoso estúpido, filho da mãe...
"- 'Pera aí, _____. "Gostoso estúpido"? Concorda comigo, então?" - Liz volta a me atazanar, falando quão bonito era o babaca que tirou minha paciência momentos atrás.
Ainda falou que eu era barbeira, sendo que foi ele que atravessou a faixa com o sinal fechado. Eu tive que frear o carro na hora, pra não passar por cima daquele engomadinho. Eu deveria era ter passado por cima e dado ré pra garantir.
Haja paciência para aturar certas pessoas...
[...]
Momentos atrás...- Ai Liz, espero que de tudo certo. Essa vaga é a nossa chave pra comer todo o dia. - Converso com a loba, enquanto presto atenção no semáforo, que estava verde, indicando aos pedestres para atravessarem agora a faixa.
"- Que nada. Você consegue! É só voce ser simpática, e mostrar ter paciên-... Deixa quieto, foca na simpatia... Essa, pelo menos... - A lupina diz, com humor na voz.
- Que piadista você é, hein...
"- Eu sei, eu sei, obrigada..."
Percebo que o sinal fora aberto, me fazendo acelerar o carro, ganhando velocidade. Porém, logo a frente, um louco atravessa a rua correndo, sem olhar para os lados. Meu corpo é jogado levemente para frente, devido ao baque por parar o veículo repentinamente.
O carro não chegou a encostar no ser, mas pelo susto que levou, presumo eu, ele caiu, me desesperando mais ainda.
Solto o cinto e saio do carro, indo em direção do homem ali caído.- Ai meu Deus. Moço, você tá bem? Se machucou? Consegue contar os três dedos que estou mostrando? Quer que eu chame uma ambulância? Ou o corpo de bombeiro? Alguém tem o número do hospital? - Grito para qualquer um que estivesse ali em volta, estendo a mão na frente do homem caído, levantando três dedos.
O desconhecido olha para mim, como se eu fosse louca (talvez um pouco), e dá um tapa na minha mão, afastando-a de si. Ele se levanta em seguida, me deixando com cara de boba.
- 'Pra quê eu vou contar seus dedos, sendo que você já falou quantos estava mostrando? Idiota. Barbeira. Comprou a carteira, é? Não presta atenção na rua? Eu poderia ter morrido. - Ele fala sem me olhar, preocupado em limpar a sujeira em seu terno com as mãos.
Morrido? Ah... O carro nem encostou nele direito... Rainha do Drama, senhoras e senhores? Temos também.- Eu estava nervosa, estava preocupada com a possibilidade de eu ter te atropelado, que não prestei atenção no que dizia. Me desculpe, mas quem 'tava errado era o senhor. Foi o senhor que não estava prestando atenção na rua, para ver se algum carro estava passando. - Respondo-o, ainda atônita com seu comportamento rude e nada preocupado.
Porém, no momento em que escuta minhas palavras, o homem carrancudo e mal-educado para de limpar seu terno, me lançando um olhar duro.
- Senhor é o seu avô! Eu posso ser seu irmão mais novo, sua... Sua... Sua velhaca! - Ele grita exageradamente, balançando os braços, apontando para mim. - Você vai querer colocar a culpa em mim por conta da SUA incompetência? Ah, mas é muito cara de pau mesmo... Cadê a polícia numa hora dessas? - Ele coloca as mãos na cintura em uma pose nada ameaçadora e olha em volta, como se realmente estivesse procurando um policial.
Ah, esse maluco já está me dando nos nervos..." - Calma ____. Lembra do que eu te falei sobre paciência? Então, ignora e vamos embora... As pessoas estão começando a se aglomerar." - Liz profere com a voz baixa, mas a ignoro, já estando com o sangue fervendo.
Oras, eu me desespero, preocupada com ele, querendo saber se está bem, oferecendo ajuda apesar de saber que ele estava com a culpa, e ele vem com ignorância para cima de mim? Quem esse boneco de gel pensa que é?- Escuta aqui, engomadinho de meia pataca; se o senhor é do tipo que tá acostumado com as pessoas levando a culpa por você, ou abaixando a cabeça e te obedecendo sem contestar, saiba que eu estou bem longe de ser uma delas, e não tolero levar desaforo de estranhos que não sabem nada de mim. Então, se não gostou, - Olho para ele de cima a baixo, o encarando em seguida. - me processa. Eu tenho certeza que as câmeras e as pessoas que estão aqui pegaram o momento em que você atravessou a rua com o sinal fechado. - Olho uma última vez para ele, vendo seus olhos focados em mim e a sua expressão endurecer, e volto para o carro pisando duro, a fim de evitar que algo realmente grave aconteça."
[...]Voltando ao presente...
- Nada a ver. Só foi porque você não parava de falar isso na minha cabeça, literalmente. Ele nem era tão bonito assim. - Ergo os ombros e olho para os lados, me fazendo de desentendida.
"- Tá bom, aham, acredito..."
- Chega, Liz. Vamos logo, que eu quase me atrasei por causa daquele babaca. - Falo, passando os olhos pelo prédio de 20 andares a minha frente, com o Logo "Jeon's Enterprises".
É, agora as coisas dependem do meu desempenho nessa entrevista...
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gostaram? me contem o que estão achando... 👉👈
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Sob a Luz da Lua - (Jeon Jeongguk)
WerewolfSob a luz da lua ouvia-se pequenos resmungos, pertencentes à um bebê recém nascido. Dois pares de olhos admiravam a nova integrante da família. Seus pais estavam encantados. Ela era linda. Seus olhos verdes, beirando ao azul, determinavam sua posiçã...