Capítulo 8

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Após Brandon sair do banho, ele voltou para o quarto e eu já havia arrumado a cama e separado as cobertas.
- Você gosta de dormir com vários cobertores ou sente muito calor?
- Gosto de poucos cobertores, sinto muito calor à noite.
- Okay. Vou para o banho, você quer ou precisa de alguma coisa?
- Sim. Me abraça? Eu ainda estou muito abalado, mas quando você me abraça as coisas ficam um pouco melhores.
- Claro que sim, vem cá- disse, indo em sua direção e abrindo os braços. Meu coração doía muito em vê-lo triste daquele jeito, mas eu precisava ser forte para poder ajudá-lo a passar por aquela situação tão difícil.
Ficamos uns minutos abraçados até que ele me soltou, me olhou nos olhos e falou:
- Você está se sentindo bem?
- Estou ótima, por quê?
- É que saber que uma garota que gosta de mim há anos mesmo sem me conhecer pessoalmente está me consolando pelo meu término... Sei lá, é só que, não deve estar sendo fácil pra você.
- Não pensa nisso. Eu lhe disse que faria tudo que eu pudesse para lhe ajudar, não se preocupe comigo. Pense em você agora.
- Não consigo não me preocupar, não é todo dia que se encontra pessoas como você. E por mais recente que seja, eu sei que você é diferente de qualquer outra garota que já passou pela minha vida.
- Nós temos todo o tempo do mundo para que eu possa te dar a certeza disso. Agora, eu vou tomar um banho, se precisar de qualquer coisa, me chama ou entra ali, vou deixar a porta apenas encostada para poder te ouvir se você chamar.
- Okay. Posso escolher um filme pra gente?
- Claro, mas acho que já passa das duas da manhã, estou caindo de sono
- Tudo bem, é só pra me distrair enquanto você está no banho.
- Já volto.
Por mais que a banheira me chamasse, tomei apenas uma ducha rápida para não deixá-lo muito tempo sozinho, mas caprichada para ser facilmente percebida. Passei um perfume, um hidratante no corpo, escovei os dentes, dei um jeito no cabelo e voltei pro quarto com uma camisola de cetim num tom de rosa bebê. No momento em que entrei no quarto, o olhar de Brandon focou em mim até o momento em que me deitei na cama.
- Nossa...
- O que foi?
- Você tem um corpo incrível.
- Jura?
- Sim. Ainda mais usando uma camisola fininha dessas, fica difícil de esperar para fazer algo.
- Não pense que é fácil ter você na minha cama e não poder fazer nada. Acredite, é um baita sacrifício.
- Eu imagino. Deixe eu dificultar um pouco mais as coisas- ele disse, tirando a camisa, fazendo eu me arrepender amargamente da decisão que tomei minutos antes, mas eu não podia ceder.
Não se passaram nem vinte e quatro horas ainda, preciso me conter pelo menos um pouquinho mais.
Respirei fundo e vi ele dando um sorrisinho. Ele sabia que estava me provocando e gostava disso, mas apesar de minha vontade ser gritante, eu precisava resistir. E sobre as brincadeiras maliciosas, não o julgo por isso. Acho que qualquer forma de distração é válida agora, e sabendo que eu serei resistente por mais um tempo, não passa de um flerte. Ele sabe que não vou conseguir aguentar manter isso por muito tempo.
- O que escolheu para assistirmos?
- Um dos meus filmes favoritos.
- Titanic?
- Eu sei que é estranho, mas eu sou romântico okay? Não me julgue.
- Okay.
Estávamos inclinados na cama, encostados na cabeceira, quando ele resolveu se aproximar e me abraçar. Aos pouquinhos, tomei coragem, me aninhei em seu peito e adormeci.

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