Vincenzo Cassano morava na Itália desde criança, mas depois de um acontecimento ele volta para a Coreia do Sul em busca de algo, para ser mais exato... Alguém.
"Asas cortadas, eu era algo quebrado Eu tinha voz, tinha uma voz, mas eu não conseguia cantar Você me deprimia Eu lutava e agonizava no chão, oh Tão perdida, cheguei no meu limite Eu tinha voz, tinha uma voz, mas eu não conseguia falar Você me colocou pra baixo Eu luto para voar agora, oh"
Sia - Bird Set Free
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HanSeo acordou em um lugar iluminado, era tão branco que ele tinha que fechar um pouco os olhos.
- Pai. - HanSeo se vira e se depara com uma criança de aproximadamente seis anos o encarando, ela era uma mistura perfeita de Vincenzo e HanSeo.
- Luna?
- É bom conhecer o senhor. - Ela sorri gigante e depois corre para os braços de HanSeo.
- Filha. - HanSeo chora feito um bebe enquanto apertava sua filha. - Porque? Porque ele tinha que te matar?
- Dias ruins são necessários para que os dias bons possam valer a pena.
- Não entendo.
- Eu não era para nascer, não era meu destino ir ao mundo.
- Mas...
- Pai entenda uma coisa, todos têm seus destinos, cada pessoa neste mundo tem que fazer algo, somos todos importantes, e meu papel no mundo era fazer o senhor ser quem deve ser, se eu não tivesse morrido provavelmente você não teria se transformado naquele lindo lobo branco, e todas as outras coisas que aconteceram depois não teria acontecido.
- ...
- Não fique triste, eu ainda estarei com você.
- Como?
- Estarei aqui. - Ela leva sua pequena mãozinha ao peito de HanSeo. - Te protegerei e estarei ao seu lado até o fim de sua vida e do papai Vincenzo.
- Não sei se consigo.
- Consegue, o senhor é forte, e Ele... Não está mais vivo, o senhor pode viver em paz. - Ela sorri e o abraça em seguida se afasta. - Viva sua vida, seja feliz.
- Espera. - Luna desaparece e HanSeo acorda.
- Amor. - Vincenzo o chama.
- Eu a vi.
- Quem?
- Nossa filha, ela seria tão linda.
- A querido. - Cassano abraça HanSeo. - Vai ficar tudo bem, nos iremos passar por isso juntos, como uma família.
- Sim, como uma família. - HanSeo se aconchega mais nos braços de Vincenzo.
Toda a nossa vida é feita de perdas, não podemos parar tudo, temos que continuar em frente, tentar ser mais firme que puder e se lembrar de todos que deixamos pra trás.
Os anos foram passando e hoje HanSeo era o segundo no comando da família Cassano, quando Vincenzo não estava, era HanSeo quem tomava conta, e, ele fazia isso muito bem. Ele assim como Vincenzo, também criou sua fama, HanSeo não era mais o garoto que temia o irmão, agora ele era um Cassano.
- Senhor Cassano. - Um dos alfa chama HanSeo, que estava em sua estufa, com o tempo o mesmo começou a amar flores e hoje ele cultivava várias.
- Sim? - Fala enquanto rega um lírio, seu preferido.
- A alguns anos o senhor Cassano pediu para que investigassem quem levou o senhor, e descobrimos, mas preferimos falar primeiro com o senhor. - Quando se tratava de HanSeo, Vincenzo tendia a não pensar com coerência, ele agia no impulso.
- Então?
- Descobrimos que ele não fez por querer e que o seu ômega tinha sido sequestrado por seu irmão.
- Mas porque HanSeok escolheu justo ele para fazer esse trabalho?
- Esse alfa é especialista nesses assuntos, ele consegue entrar e sair dos lugares sem ser notado, e foi por esse motivo que demoramos anos para achá-lo.
- Me entregue a ficha dele, eu mesmo irei falar com Vincen...
- Tudo bem senhor?
- Apenas uma tontura, nada demais. - O alfa entrega a pasta a HanSeo que deixa seu regador de lado e se senta em um banquinho e começa a ler a ficha. - Ele realmente é um gênio... Ele poderia ser meu braço direito. - HanSeo pega o celular discando o número que continha em uma das fichas da pasta, ele espera até que alguém atende.
- Oi?
- Ola, aqui é HanSeo, eu... Desligou? - Ele tenta de novo. - Não desligue.
- O que você quer? ... Quem é?... Para amar...
- É seu ômega?
- Isso não é da sua conta... Ai amor... Não seja rude com as pessoas, o que eu já te falei... Tá bom... Pode falar.
- Bem eu gostaria que você fosse meu assistente pessoal, se quiser pode trazer seu ômega também.
- Tá de brincadeira com minha cara, aposto que assim que eu pisar meu pé ai, vocês vão me matar.
- Claro que não, dou minha palavras que nem Vincenzo Cassano vai tocar um fio de seu cabelo.
- Jure pela coisa mais sagrada.
- Juro pela Luna.
- Okay. - HanSeo desliga e sai em direção a cozinha, ele estava sentindo muita fome ultimamente.
- Amor?
- Hum? - HanSeo responde de boca cheia, o mesmo estava quase dentro da geladeira, comendo de tudo que via pela frente.
- O que está fazendo?
- ... - HanSeo para de comer e levanta a cabeça olhando para Vincenzo e depois para a geladeira, e depois para Vincenzo de novo. - Procurando um portal para Nárnia, não se pode nem mais comer em paz. - Ele pega um prato de macarrão em seguida bate a porta da geladeira e sai andando nervosamente.
- O que foi que eu disse? - Vincenzo diz para o nada. - O que é isso? - Cassano percebe uma pasta em cima da bancada da cozinha. - Deve ser coisa do HanSeo. - Ele deixa a pasta onde está e sai da cozinha.
Vincenzo nunca se meteu nas coisas de HanSeo, não importava o que era, se HanSeo não quisesse contar ele não perguntava. A relação dos dois era de total confiança.
- O cheiro dele anda diferente... Ele está diferente. - Vincenzo sobe as escadas e vai em direção de seu quarto, Cassano sentia que HanSeo estava lá e que não estava nada bem. Quando o mesmo chega no quarto encontra HanSeo vomitando tudo que tinha acabado de comer.
- Vin... - HanSeo olha assustado para Cassano. - Acho que não estou bem.
