Jungkook nunca teve uma vida fácil, mas isso nunca o impediu de tentar vive-la. Desde que perdeu sua mãe aos 12 anos, e conviveu com seu pai abusivo por 17, Jungkook sempre teve a perspectiva de que nunca se apegaria a ninguém, ou pelo menos tinha e...
Capítulo pequeno porque ainda estamos no período de apresentação dos personagens. Não se esqueçam dos votinhos e dos comentários porque isso me ajuda muito!
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Bora para o capítulo!
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Jungkook - Pov
Vi quando Lisa pediu para Taehyung olhar para mim. Seus olhos pararam nos meus, mas ele rapidamente os desviou. Sorri de lado e voltei a olhar para frente. Bom, pelo menos eu sei que hétero ele não é. Ele é claramente gay.
Nunca tive vergonha de me assumir para ninguém. Desde que me conheço por gente tenho atração por homens e nunca tive receio de esconder. Na verdade, acho que nunca tive que esconder de ninguém.
Moro com meu pai, e ele não se importa muito com quem eu transo. Nossa relação sempre foi péssima, e ele sempre jogou na minha cara que não se importa muito comigo. Perdi minha mãe e minha irmã, quando tinha 12 anos de idade em um acidente de carro. A última lembrança que tenho da minha mãe foi de tê-la nos meus braços enquanto fazia carinho na minha irmã, que se encontrava ainda dentro da barriga dela.
Depois desse dia meu pai mudou completamente, e, consequentemente, eu também. Desde o acontecimento tenho pesadelos todas as noites, e a única coisa que me ajuda a voltar a dormir, é quando eu seguro o ursinho que seria da minha irmã. O abraço e imagino como seria ter ela em meus braços.
Hoje em dia passamos menos dificuldades que antes. Nossa realidade não era extraordinária ou extravagante, mas conseguimos nos virar e sobreviver. Meu pai tem uma mecânica na garagem de casa e sempre sai à noite para fazer alguns trabalhos fora. Eu nunca soube quais eram esses trabalhos, não era como se eu me importasse.
Ele é manipulador e em poucas palavras? Eu o odeio. Ele não é um homem bom, muito menos um bom pai. Ji-Hoo é um homem de poucas palavras, mas eu gostava disso. O único dia que ele se dispôs a falar um pouco mais do que de costume, foi quando eu me vi chorando no canto do meu quarto com marcas pelo corpo, consequência de um atraso após a aula. Depois desse dia nunca mais me atrasei.
Ele sempre achou que tudo se resolvia a base da gritaria, castigos e punições. O que não era um pensamento equivocado, já sempre dava certo. Não porque eu passei a respeitá-lo, e sim porque eu passei a temê-lo. Eu tinha medo do meu próprio pai.
- Jungkook - Hoseok sussurrou meu nome. - Já tá de olho no Kim?
- Talvez... - Respondi no mesmo tom.
- Jungkook e Hoseok, estou atrapalhando a conversa? - A professora nos chama. Ela era japonesa e recebeu uma proposta de dar aula aqui na Coreia. Ela era fisicamente fofa, mas dentro da sala de aula não tinha nem um pouco de paciência.
