[03] Tábua de tiro ao Álvaro

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Eu falei que não ia demorar tanto, não falei?

Olha, é triste ver que muita gente lê a fic, mas esquece de votar! É através dos votos que eu tenho uma noção se estão gostando ou não :(

Comentem muuuito, eu adoro ler e responder todos.

Ignorem os erros, sempre acabo deixando algo passar :/

Leiam as notas finais, lindes!

E desejo-lhes uma maravilhosa leitura

(bem culta e recatada, vê se pode)


#LaranjacomKiwi

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#LaranjacomKiwi

|💐|

[13 de fevereiro de 1983]

Transporte público, ônibus 197, rumo ao centro de Masan, 5:23 pm.

Receber carinho de uma outra pessoa é tão bom, não é?

Sabe aqueles toques mínimos e que trazem um conforto tão grandioso para o seu coração, o qual dinheiro nenhum no mundo conseguiria suprir a sensação? O acarinhar suave que fica gravado em sua mente como uma lembrança calorosa, o sentimento de ser desesperadamente amado, e a vontade e liberdade de retribuir na mesma medida formavam o combo de pensamentos de Jungkook naquele momento. Sentado naquele banco pouco confortável, com o barulho alto do motor velho misturando ao das conversas dos outros passageiros, sua cabeça deitou-se no ombro de sua mãe, os olhos eram lacrados numa preguiça prazerosa, não demorando nada para já ser acolhido. Um dos braços magros da mulher envolveu seus ombros miúdos, enquanto sua mão livre passou a massagear os cabelos tão macios e finos.

O bocejo do mais novo viera seguido de uma ação mais tranquila; retribuiu o afeto naquele final tarde gélida, também tocando nos cabelos bem cortados da senhora. O sorriso fraco foi inevitável, assim como a calmaria que se estendeu em seu corpo ao que o cheiro do perfume de lavanda da sua progenitora circulou suas narinas poucos dilatadas. Os olhos grandes e escuros perderam o foco ao fecharem, e ele se aproveitou do aconchego para suspirar.

Na visão de quem não os julgavam por aparência, a conexão daqueles toques era algo que facilmente poderia ser relacionada ao místico. O amor, tão absoluto na família, sustentava e aliviava qualquer possível tempestade. Podiam não ter poder aquisitivo, mas os anos intocáveis de puro zelo e carinho - lado a lado de suas metamorfoses covardes e mal lembradas - criptografavam laços com nós inconcebíveis dos demais.

- Está com sono, Kookie? - Ela sussurrou contra a cabeleira morena do garoto, depositando um beijinho logo após.

- Um pouco... - Ele respondeu, igualmente baixo, se apertando um pouco mais contra o abraço da mulher. Aos poucos, pôde sentir os dedos magros deixarem seus cabelos e seguirem até a mandíbula, o toque afável que logo ergueu seu rosto até que pudesse encarar o da mais velha. Foi analisado meticulosamente, não teve tempo de nem ao menos pensar em disfarçar a feição.

EXAGERADO 𖦹 PJM + JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora