[EM ANDAMENTO]
EXAGERADO é engraçado, sarcástico, sincero e, acima de tudo, geek.
Park Jimin nunca foi um admirador de coisas ambíguas à si. Com suas roupas escuras, brincos e revistas em quadrinhos, o moreno se acomodou no casual, acreditando que...
Olha, eu vou surtar e agradecer por tudo o carinho nas notas, ent... Leiam!
ignorem os erros, assumo estar bastante insegura acerca desse cap :(
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#Laranja com Kiwi
Só digo uma coisa: Boa sorte, pq vcs vão precisar.
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[20 de abril de 1983]
Instituição Hankuk, 12:41 am.
Adrenalina.
Nas pesquisas mais simplistas e reduzidas que uma pessoa pode fazer, basicamente é encontrado que a epinefrina é um hormônio produzido pelo corpo humano, e geralmente liberada quando o corpo é submetido a uma situação de muita emoção, como um mecanismo de defesa. A energia sobrenatural, que sobe e carrega todo o seu sistema nervoso, lhe traz segundos de descontrole, causando não só uma elevação no desespero, como também cegueira. Ele pôde, infelizmente, sentir cada fato já apresentado.
A escuridão pode ser mais maldosa do que muitos imaginam, porque além de perdida, a mente humana é capaz de criar várias alucinações que nem mesmo você é capaz de controlar. São imagens que projetam um loop infernal, ao que alguns demônios pessoais te esfolam até o último fiozinho de sanidade. E é sob esse fio incerto que seus pés trêmulos andam sem coragem, mas obrigados a continuar porque a dor que vem atrás é mais dolorida que a certa queda.
Os olhos castanhos fecharam muitas vezes naquele momento marcante, tanto que quando piscou com mais força para afastar a tontura, e dilatar as narinas ao tentar recuperar o ar, enxergou as mãos trêmulas, as quais ficaram nas sobras do seu trauma. Os pequenos pontos coloridos no chão tinham uma impressão turva, e a silhueta dos dedos finos, aqueles que buscavam qualquer esperança de recuperação, é embaçada pelas lágrimas que escorriam de seus olhos e contornavam suas bochechas.
Tudo estava uma tremenda bagunça, e a garganta de Jungkook reclamou quando ele se permitiu gritar; completamente sozinho e desolado na entrada do jardim abandonado, sendo aquele o único lugar que conseguiu correr e se esconder. Seu peito doía como o inferno, tendo o resto da adrenalina, quando tentou fugir de Seungri, subindo pelo corpo e provocando espasmos que sucumbiram a força de suas pernas. Naquele dia trágico, por algum motivo que Jungkook não podia imaginar qual, Yoongi, Taehyung e Hoseok faltaram na escola.
Sua primeira decepção antes do desastre total foi quando ouviu o sinal tocar, e seus olhos ainda estavam presos nos grandes portões da escola, inocentemente desejando ver Yoongi empurrando Taehyung para lado, até que o Kim atingisse Hoseok; naquelas brincadeiras que sempre faziam ao descerem do ônibus 309, a fim de adentrarem a instituição.
Nas premissas dos sentimentos que carregavam seu coração em um momento tão crítico, ele soube que não seria escutado. Jungkook chorou, chorou como nunca tinha chorado em sua vida, porque aquelas dores que marcavam seu físico não eram nada comparadas aos pedaços do papel colorido espalhados ao seu redor. Aquilo, sem dúvidas, intensificava qualquer descarga de choro. Pela primeira vez, aquele jovem rapaz, depois das tantas coisas que já havia passado, se permitiu desabar. Jeon respeitou sua frustação, seu desespero, seu medo e, principalmente, a própria vergonha.
