[05] Idiotas e aberrações

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#LaranjacomKiwi

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Ele era alguém corajoso, claro que era.

Além dos tantos campeonatos de taekwondo que participou ao longo da vida, os quais proporcionaram diversos adversários de diferentes tamanhos, Jimin já viveu certas disputas na rua que podem preencher um currículo consideravelmente astuto. Não era nenhum herói dos injustiçados; por odiar confusões, não costuma se envolver naquelas que nem lhe pertenciam. Contudo, ver garotos perseguindo garotas em ruas estreitas, perto da loja de sua mãe, lhe cortava a paciência. Ou quando, por exemplo, via delinquentes se divertindo com a fragilidade de idosos. A arte marcial era usada com muita responsabilidade, para defesa, e não ataque, isso justifica sua maneira de agir ao se deparar com as confusões. O jovem se aproximava, perguntava se algo de errado estava acontecendo, e quando os valentões tentavam o agredir, as habilidades de luta eram postas em jogo.

Escapando de seus achismos frequentes, Jimin tremia dos pés à cabeça, e bem queria ele que a razão da sua instabilidade física fosse um clima gélido. O sol não era nada sereno naquela manhã, tanto que ele podia sentir perfeitamente a quentura em sua nuca branquela, pouco revelada pela gola da camisa larga. As mãos suadas apertavam o guidão da bicicleta verde, e seus olhos vidrados gravavam detalhes daquela casa que só via de longe. Enquanto seu coração medroso martelava sua consciência também amedrontada, o adolescente corajoso quase se desmanchava na calçada, impedido por receios sem contexto.

O bairro era sereno, drasticamente mais simples que o seu, mas não deixava de possuir um charme incondicionalmente aconchegante. As casas eram de um único padrão, sempre pequenas, térreas, um varandado de madeira, jardim nas laterais e uma garagem com portão manual. Porém a família Jeon pareceu ter feito algumas modificações, visto que o cercado branco exibia alguns desenhos de flores distintas, — Jimin não poderia explicar como, mas sentiu que aquilo era obra de seu amigo — uma parte da varanda pareceu ser aproveitada para a construção de um sofá-balanço, esse ainda em andamento. A rua não tinha um asfalto liso, por ser nova, ainda havia muitos cascalhos nos acostamentos.

Os ouvidos atentos do jovem capturaram os sons dos talheres batendo nos pratos, e só então notou que sua ansiedade o fez chegar mais cedo do que o combinado. As janelas estavam todas abertas, as cortinas dançavam nos ventos quentes, e uma música antiga, a qual vinha do rádio velho da família, chiava singelamente, mas nada que pudesse impedir o proveito da melodia. Ele ouvia tudo, ainda paralisado na calçada, conseguia assistir, dificultosamente, os três sentados na mesa arrumada; Jungkook estava de frente para a janela, mas o corpo de sua mãe impossibilitava a visão do curioso. Contudo, era possível ver os braços sendo erguidos em segundos e segundos, já que estava contando algo da maneira mais empolgada possível, enquanto Elise parecia alternar entre comer e rir, e senhor Jeon, o qual o Park ainda não possuía conhecimento de seu nome, servia mais uma porção de arroz no prato de sua esposa.

EXAGERADO 𖦹 PJM + JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora