[EM ANDAMENTO]
EXAGERADO é engraçado, sarcástico, sincero e, acima de tudo, geek.
Park Jimin nunca foi um admirador de coisas ambíguas à si. Com suas roupas escuras, brincos e revistas em quadrinhos, o moreno se acomodou no casual, acreditando que...
Capítulo curtinho, mas superespecial e necessário! Espero que gostem, e aproveitem um pouco da cabecinha bagunçada desse jovem aqui.
Leiam as notas, ok?
Boa leitura a todos, todas e todes!
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#LaranjacomKiwi
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PARK JIMIN
Beleza, me sinto na obrigação de avisar que isso vai ser a coisa mais confusa que você vai encontrar, porque, olhe que surpresa, você está na minha cabeça agora.
Eu não sei como começar, não tenho a mínima ideia do que pensar para lhe proporcionar a conclusão de que tenho um pingo de personalidade ou moral, mas o único motivo para me esforçar nessa linha de raciocínio é que quero convencer a mim mesmo que sou, pelo menos em algum momento, um adolescente normal. Dentro das sinceras dúvidas presentes na minha cabeça rodeada de um nada amedrontador, vou ao ponto de partida um pouco distante, porém não tão longe assim, afinal, não sou velho e nem tenho muitas histórias mirabolantes sobre minha vida:
A infância.
Oh, droga, me dói só de pensar na minha infância. Eu era feliz, muito feliz, e não tinha nem um pouco de noção desse fato. E talvez, se realmente soubesse, nem iria aproveitar mais do que aproveitei.
O foda de toda essa merda é perceber que aquela felicidade, a qual parecia banhar cada minuto dos meus dias, foi se desfazendo, desmontando e desmaterializando até não sobrar porra nenhuma. Caralho, eu tinha, eu juro que tinha aquela áurea brilhante e tão inspiradora que chegava a encantar quem chegasse perto de mim. E ao longo dos meus dez anos, meus ouvidos cansavam de tantos elogios externos, meu perfil sendo desesperadamente o padrão de filho perfeito para os amigos da minha família. Boas notas, ótimo em esportes, gentil, obediente e bochechas enormes... O que poderia dar errado? Qual problemas aquele prodígio poderia proporcionar aos seus pais?
Agora veja que irônico, sou um jovem problemático com sérias dificuldades de socialização.
Patético, tô sabendo.
Mas e se eu te disser que nunca fez sentido na minha cabeça aquela história de que uma boa família servia como base para um bom desenvolvimento de uma criança, você acreditaria em mim? Concordaria com essa ideia?
Se sim, vai se foder. Amadurece um pouco mais, porque o Jimin de meses atrás concordava, e já aviso que ele tomou muito no cu.
O pré-adolescente tirado a sabe-tudo achava que cada um nascia com seus problemas e personalidade, crendo na ideologia ruim de que cada um tinha o que merecia. Mas quando percebi o que acontecia comigo, aceitei minha hipocrisia e me desfiz dessa metodologia, porque não mereço nem dez porcento do que rola comigo. A começar pelo fato de nem saber ao certo que porcaria aconteceu e acontece na minha realidade.
