- KLAUS -
Certamente estava em seus planos seguir o McCall e lhe desferir uma surra. E foi exatamente o que o loiro fez. Após ver o Alfa desperdice de seus 'amigos' e seguir caminho a sua residência, não demorou para encurralar o mesmo em meio a floresta.
— O que você quer? — Perguntou o alfa virando em direção ao híbrido.
— Nada. Apenas uma conversa...
Por mais que Klaus tentasse se manter calma, não adiantava muito. Era possível ver o ódio em seus olhos. Sem mais nem menos o híbrido se aproximou rapidamente de Scott, usando suas unhas para cortar suas costas na vertical.
Por impulso alfa tentou se levantar, porém não conseguia mover um músculo sequer.
— Uma das coisas que mais aprecio em Beacon é o fácil acesso ao veneno de kanima.
— Por que está fazendo isso? — O Híbrido sente a respiração do garoto se acelerar, provavelmente um ataque de asma. Mas quem se importa não é mesmo?
— Meus motivos não vêm ao caso. O que vem ao caso é você tratar seus companheiros como merda! — Diz ao chutar o estômago do alfa.
Em pouco tempo só se escuta os gemidos de dor do garoto, enquanto o loiro descontava toda sua raiva. Uns chutes no estômago, outros na costela e até um pontapé na cara. Ao ver do híbrido o alfa não demoraria a cicatriz, mas invés disso ele só ficou ao chão se contorcendo de dor.
Sem mais paciência ele deixou o local escuro da floresta e passou a seguir rumo a casa dos Stilinski's. Não custava nada garantir a segurança do menor. Com sua velocidade sobre-humana não demorou a subir no telhado da casa americana.
E lá estava ele. O garoto por quem tanto prezava. Ele não entendia o porquê de querer tanto ajudar o garoto. Talvez por saber da dor que o castanho carrega, ou talvez a necessidade de ter alguém que o entenda.
Por um bom tempo o observou, escutou. O garoto estava tão ocupado com o livro que possuía em mãos que nem se deu conta quando o sono o levou. A vontade o híbrido era de entrar, pegá-lo em seus braços, levá-lo a cama e o fazer companhia por um tempinho. Mas infelizmente por ser um vampiro, não poderia entrar na residência sem um convite.
Niklaus voltou sem muita pressa para mansão que sua família está acomodada. Ao entrar já foi logo barrado pelo irmão 'nobre'.
— Niklaus devo perguntar onde estava? — Mentir não lhe seria útil nesse momento.
— Fiz uma visita ao McCall e deixei um leve aviso. — Seu sorriso saiu dos melhores por mais que ainda estivesse aborrecido.
— Sabe que não deve fazer um escândalo em Beacon Hills por causa de mais uma de suas birras. — Disse ele. — Lembra-se do que aconteceu com a Camille por estar tão próxima ao mundo sobrenatural?
A paciência do loiro já estava no limite e sem contar que esse era um assunto delicado para híbrido. Falar de seus amores nunca foi uma de suas especialidades.
— Me lembro bem do final da Camille. — Afirmou ele. — Mas esse garoto já conhece bem o mundo sobrenatural.
— Sei que se importa com ele Niklaus, mas não torne a vida dele pior por um capricho seu. — Logo o vampiro já havia sumido pela casa.
Voltando ao tédio absoluto de sua vida o loiro caminhou brevemente pelos corredores da grande casa, virando-se a última porta do corredor. E detrás dela encontra-se seu ateliê.
Um copo de uísque ou dois e ele já estava com uma tela pronta. Pincel a mão e tinta à outra. E o tempo se vai, enquanto a tinta era deslizada sobre a tela.
Sem dúvida valeu a pena ir ao baile. E pensar que ele recusaria o convite de sua irmã. Rebekah havia recebido o convite de um dos professores da escola — o qual ela insistia em paquerar — e ela sabia do penhasco que seu meio irmão tem pelo humano. Klaus deveria lembrar de agradecê-la por isso.
Das ideias em sua mente, uma foi a gota d'água para fazê-lo parar de utilizar a tela e bolar um bom plano.
O lobo sabia da possessão do Nogitsune. Ele dava forças ao garoto, além de dor e desespero, mas se Klaus o ensinasse a desligar as emoções, o espírito não poderia manipular o garoto certo?
Tão rápido quanto antes ele pegou seu casaco e deixou a casa. Seguiu pelas estradas até chegar ao apartamento de Isaac. Pode ser que ele não queira ajudar, mas nem sempre as pessoas têm escolha.
Logo viu o segurança no Hall, chamou sua atenção e o compeliu a chamar o dono do prédio. Por grande sorte ou destino o dono morava nesse mesmo prédio, mas era de se esperar de um prédio tão humilde como aquele.
Fez o mesmo que fez com guarda e compeliu o dono a o deixar entrar. Subindo rapidamente as escadas e parando no quarto andar. Sentiu o cheiro de beta vindo de um dos aparentemente e foi rápido ao entrar lá.
Klaus havia dado sorte de os lobos celtas não saberem muito sobre vampiro, se o beta tivesse um pouco de conhecimento saberia que é sempre bom ter uma residência em seu nome.
O garoto se assustou com o barulho da porta, suas garras já estavam à vista e seus olhos em cor amarelada.
— Quem é você e o que faz aqui? — Era notável o medo em sua voz.
— Vou dizer o mesmo que disse ao seu alfa. Isso não importa, o que importa é que você vai me levar até o Yako. — Mais uma vez o garoto estava confuso.
— O espírito que se alimenta do ódio, do caos e da dor. Aquele que vocês removeram do Stilinski.
— O Nogitsune? — Agora sim o garoto começava a compreender um pouco da situação.
O híbrido o puxou pelo colarinho e mordeu seu pescoço. A dor insuportável tomou conta do corpo do beta e enquanto o veneno se espalhava, o híbrido deixou claro que ele morreria se não o leva-se ao espírito.
Sem muita escolha o beta o levou a florestas, caminharam até chegar às grandes raízes do nemeton.
— É aqui. Enterramos a caixa que o prende aqui. — O garoto explicou.
— Cave e encontre.
Sem muita escolha ele cavou no exato local, ao chegar ao limite da terra quando suas mãos tocam a caixa, sentiu um arrepio por sua espinha.
O Híbrido pegou a caixa redonda de madeira notando o trisco esculpido na parte superior.
Sem muita enrolação ele rodou a tampa e a afastou da caixa. E então uma pequena mosca voou de lá, uma brisa se fez presente e somente isso já serviu para fazer o beta tremer. Talvez fosse o veneno ou talvez o medo.
— Pode me curar agora?
O mais velho então mordeu o pulso e deixou que o garoto bebesse seu sangue. Sua pele passa de pálida a normal, e a cura de lobo o ajuda no tratamento.
Por ser um lobo celta não o poderia compelir, talvez só o deixar ali fosse o melhor. Foi exatamente o que o lobo fez.
(...)
Um vampiro com mais de mil anos não precisa frequentar o ensino médio, mas talvez ele devesse ir, somente para vigiar o 'seu' garoto.
Antes mesmo do sol nascer ele já estava nas redondezas da escola. Com o tempo alunos começaram a aparecer, porém nenhum dele era quem ele esperava.
O sino toca e nem sinal do castanho. Um sentimento preocupante surge em seu peito. Se ele não está na escola, só poderia estar em um lugar ou com alguém.
![](https://img.wattpad.com/cover/271780544-288-k866558.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Blood Suit - Stlaus
FanficPassos altos e barulhentos ecoavam pelos corredores vazios da escola Beacon Hills. O que importava é o garoto aparentemente tão indefeso a sua frente. - Hey? Por que não está no baile com os outros? - Perguntou o loiro com um leve receio. O garoto...