4.

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Chegando na área secreta, fomos para o quarto secreto onde os três irmãos estavam.

Podemos entrar? — perguntou Hanna.

— Claro. — respondeu Aurora.

Entramos e foi ótimo ver que já estavam bem novamente. Bem que eu diga em questão de necessidades básicas.

— Como estão? — perguntei.

— Melhores agora. Insuportável ficar naquela cela. Mas eu prometo que na minha primeira oportunidade eu vou matar Oliver. — disse Aurora.

— Eu deveria ter jogado ele no lixo quando nós éramos crianças. — falou Amélia. — Mas alguém não deixou, não é Eliezer?

— Continua sendo nosso irmão, por pior que ele seja. — respondeu ele.

— Enfim, deixe que eu apresente os quatro reis de Cair Paravel. — falei. — Esse é o Rei Pedro.

— O magnífico. — disse o metido.

— Continuando, Rainha Lúcia e Rainha Susana. E como devem se lembrar, Rei Edmundo.

— É um prazer conhecê-los. — disse Lúcia.

— Você tem os olhos de Caspian. — disse Susana se aproximando de Aurora.

— Conheceu ele? — perguntou ela.

— Claro. Falei que eu nunca mais voltaria, estava enganada. Agora quem não vai mais voltar é ele... — respondeu Susana.

— Então você era a tal arqueira que nossa mãe invejava? — perguntou Amélia.

— O que falavam sobre mim? — perguntou ela.

— Nosso pai sempre dizia que você era a dona de uma beleza inimaginável. Dizia que era inteligente e corajosa. — respondeu Amélia. — Sonhava em te reencontrar.

— Tenho certeza de que seria uma mãe melhor do que Lilly. Ela só se importa com Oliver. — disse Aurora.

— Tenho certeza disso também. — disse Susana.

— Mudando de assunto, temos que conversar sobre Oliver. Ele descobriu que capturamos vocês. — falou Hanna.

— Como? Foi um "sequestro" perfeito. — disse Aurora.

— Isso nos leva a imaginar que há um traidor no castelo. — falei.

— Quem poderia ser? — perguntou Elizer.

— Qualquer um. Acho que já falei isso mais de trinta vezes. — disse Hanna. — Mas enfim, apenas fiquem aqui, não saiam por nada.

— Não tem porque sair daqui, esse quarto é melhor do que o meu antigo. — disse Amélia.

— Então é melhor irmos resolver o que fazer agora. Temos muito o que pensar. — disse Pedro.

— Ele tem razão. Tudo tem que ser muito bem pensado para não sair como da última vez, não é Pedro? — perguntou Ed.

— Até mais, se cuidem. — falei.

Saímos dali e fomos para a sala real.

Lá podíamos pensar no que fazer.

— Podemos começar a organizar tudo agora. — disse Hanna.

— Qual seria a fraqueza de Oliver? — perguntou Pedro.

— Com certeza o seu braço. — disse Ed.

— O que? — perguntou Lúcia.

— Nada não. Deixe suas piadas para depois Ed. — falei.

— Talvez a fraqueza dele possa ser Lilly, ela é mãe dele. — disse Lúcia.

— Acha mesmo que aquele cara ia ter algum tipo de amor pela mãe? Ele matou o próprio pai. — disse Ed.

— Eu tenho que concordar. — falei.

— Mas ele não matou Lilly. Talvez ele ame apenas ela. — disse Susana.

— Tem razão. Onde podemos encontrá-la? — perguntou Pedro.

— Não sei. Ela sumiu do mapa. — disse Hanna.

— Talvez ela ainda esteja em Nárnia, mas não se é uma boa ideia ir pra lá. — falei.

— Eu continuo sugerindo que a nossa única chance é trazer os narnianos pra cá. Eles são muitos e tenho certeza de que não se recusariam a lutar do nosso lado. É a liberdade deles que está em jogo. — disse Hanna.

— Das últimas vezes se aliar a eles deu certo. — disse Pedro.

— É muito arriscado. — falei.

— Só é arriscado se uma comitiva for buscá-los. Se fizermos esse resgate sem chamar atenção, talvez dê certo. — disse Lúcia.

— Aos poucos podemos trazê-los e no final teremos um exército três vezes maior. — disse Pedro.

— O que acha? — perguntou Hanna.

— Podemos tentar. Mas é melhor que seja logo, não sabemos quando Oliver vai nos atacar. — falei.

— Posso mandar um mensageiro ainda hoje se quiser. — disse Hanna.

— Nada de mensageiro, qualquer um pode ser o traidor. — falei.

— Eu poderia ir tranquilamente. — disse Pedro.

— Eu gostaria de ir também. — disse Lúcia.

— É perigoso Lu. — disse Ed.

— Não sou mais um bebê Ed. — disse ela. — Deixem por favor.

— Por mim você pode ir. — disse Susana.

— Não acredito que seja tão perigoso assim. — falei.

— Tudo bem, vá. — disse Ed.

— Podemos falar sobre como vai ser o processo de trazê-los pra cá? — perguntou Hanna. — Tenho algumas ideias, se quiserem.

— Poderiam apenas avisar do que está acontecendo e dizer para que os narnianos venham para cá aos poucos. E um detalhe importante é que tudo aconteça durante a noite, é menos provável de serem pegos. — sugeri.

— Pensei o mesmo. — disse Hanna.

— Teremos que trazer alguém nessa ida? — perguntou Lúcia.

— No máximo dez narnianos. — falei.

— E aí deixamos que eles venham pra cá em grupos pequenos durante os outros dias. Só espero que não demore muito para todos chegarem. — disse Hanna.

— Não acho que Oliver vá agir mais rápido. Se em um mês todos já estiverem aqui nós venceremos essa guerra. — disse Ed.

— Isso se Oliver não decretar guerra antes. — disse Susana. — Não quero ser pessimista, mas um mês é muito tempo.

— Em uma semana estarão todos aqui, tenho certeza disso. — disse Lúcia. — Eles são espertos e conhecem as florestas como ninguém. Com certeza deve haver uma forma de chegar aqui mais rápido.

— Ela tem razão. — falei.

— Então é melhor se ajeitarem logo. — disse Hanna. — Precisam encontrá-los ainda nessa madrugada.

— Pode deixar querida. — disse Pedro. — Vem Lu.

— Eu vou ir para o meu quarto, estou um pouco cansada. — disse Susana. 

— É melhor irmos também Ed. — falei.

— Avisarei a vocês quando eles saírem nessa procura aos narnianos. — disse Hanna.

— Ótimo. — respondi.

Demos tchauzinhos e fomos cada um para um lado.

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Me desculpem se esse plano ficou confuso, na minha cabeça tá perfeito💀

Desculpem qualquer erro de ortografia

Plágio é crime 🚨

Daughter of Narnia | 2Onde histórias criam vida. Descubra agora