Almoço de Domingo parte 2

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Ufa
Tô de volta
Bora continuar a confraternização
Qualquer erro me perdoem
Boa leitura!
Bjus. L


Narradora

A massa já estava no forno e o creme na geladeira quando os quatro foram para a sala instalar o videogame que Barry havia trazido. Kara e Eva se encontravam sentadas no sofá tomando refrigerante e acariciando os animaizinhos, enquanto Flash e Ciborgue deixavam tudo pronto para mais tarde.
– Quer dizer então que a senhorita já está treinando com seus campos de força? -Kara tomou um gole de seu refrigerante.
– Estou sim. -Eva respondeu fazendo carinho na cabeça de Artemísia que estava em seu colo. – Foi meio que um acidente. -ela riu.
– E como é? Digo, você sabe como isso surgiu? -Kara estabilizou a latinha entre as pernas cruzadas.
– Bom, a primeira vez que aconteceu foi num momento bem inusitado de pura raiva. -ela riu dando de ombros. – Eu nem sabia que conseguia fazer isso.
– Nossa, deve ter sido uma surpresa e tanto. -Kara terminou seu refrigerante e sem o mínimo esforço amassou a lata inteira com uma mão.
– Se foi, ainda bem que o Victor apareceu pra me ajudar. -a mais nova brevemente olhou o Ciborgue que terminava de conectar alguns cabos à televisão.
Eva involuntariamente sorriu quando Victor a olhou e deu o que ela considerou ser uma singela piscadela. Mas para Kara a mensagem foi bem diferente, e por muito pouco ela não foi pega observando a cena de olhos arregalados.
– E a segunda vez foi algo voluntário certo? -a loira rapidamente se recompôs e retomou a palavra, se segurando para não falar o que realmente queria.
– Sim, na verdade era pra ser mais um teste, só que eu acabei me empolgando. -Eva levemente encolheu os ombros se mostrando um pouco envergonhada.
– Acontece. -Barry entrou na conversa. – Quantas vezes você acha que a gente derrubou a energia das salas de treinamento?
– Hmm. -Kara bufou. – Mais do que eu consigo lembrar.
A negra riu, ela já tinha ouvido Diana falar a mesma coisa, e agora eles... Isso só a fez se sentir mais integrada à Liga.
– Mas confesso que foi muito legal. -Eva terminou de tomar o conteúdo da latinha, para então jogá-la pro alto e mentalmente amassá-la antes que voltasse a cair. – Não a parte de derrubar a energia, mas conseguir fazer aquilo sabe? -ela rapidamente se corrigiu.
– É, realmente é muito incrível quando conseguimos fazer algo que queremos muito. ‐Victor começa, tentando não demonstrar o quão encantado ficara ao ver o que Eva acabara de fazer. – Dá uma sensação boa, de que o esforço valeu a pena.
– Sem sombra de dúvida. -Kara confirma.
Alguns segundos de silêncio se passam até que Barry o quebra.
– Pronto. -dispara. – Videogame instalado e pronto pra jogar.
– E o que você trouxe ligeirinho? -Kara pergunta rindo.
– Eu trouxe o Guitar Hero repaginado e o Victor trouxe o Just Dance versão Liga da Justiça 2.0.
– Ai meu Rao! -ela exclama endireitando a postura diante de tanta animação. – Não acredito que você terminou! -Kara exibe um sorriso gigantesco para Victor.
– Terminei sim, vocês irão experimentar em primeira mão.
– É ninguém fica feliz com o Guitar Hero repaginado? -Barry finge estar indignado.
– Desculpa Barry, é que Just Dance é outro nível. -Kara dá de ombros.
– Ok então. -ele responde resignado.
– A parte do Just Dance eu entendi, agora o “Versão Liga da Justiça 2.0” que é a questão. Alguém pode me explicar? ‐Eva olhava para os três com curiosidade enquanto esperava uma resposta.
– Muito melhor minha cara amiga. -Barry olhou para ela cumpliciosamente. – Nós  vamos te mostrar. -seu olhar se fixou em Kara, que riu como se soubesse o que estava por vir.
-//-
Barry e Kara estavam em pé lado a lado de frente para a televisão decidindo que música jogar, enquanto Victor se sentara ao lado de Eva, e no momento se encontrava com Hercules em seu colo, pois o mesmo gostara muito dele.
– Tenho até medo do que pode sair dali. -Victor. -ele riu olhando para os amigos. – Os dois podem ser bem competitivos quando se trata de Just Dance.
– Ainda não entendi o “Versão Liga da Justiça”. -Eva olhou para os amigos que finalmente haviam escolhido uma música.
– Bom, não é nada demais, é que essa versão conta com músicas que o próprio pessoal da Liga gosta, sem contar que é como se a pessoa que estiver jogando, seja parte do jogo.
– Genial. -a jovem sorriu.
– Obrigada. -o Ciborgue retribuiu o sorriso.
– Caramba Victor! Isso está incrível! -Barry deu pulinhos de animação.
– Agradeço. -respondeu acenando com a cabeça.
Eva olhou para a tela da televisão e entendeu o motivo de tamanha euforia. Ela sabia a premissa básica da coisa toda, pois tinha visto e pesquisado mais sobre na internet, entretanto, o que ela estava vendo era um pouquinho diferenciado.
Enquanto o jogo convencional possuí avateres pré estabelecidos tanto em sexo quanto em quantidade, nessa versão  o scanner pega a imagem dos próprios jogadores em questão e as converte para dentro do jogo, os encaixando dentro da roupa do personagem da música escolhida.
E a canção “The Weekend de Michael Gray”, começara, em com ela os movimentos de Barry e Kara também.
As roupas dos avatares eram bem coloridas, combinando com a vibe agitada da música, e os dois amigos se encontravam completamente imersos nela, dançando sincronizados entre muitas risadas e palavras de incentivo.
– Eles são bons nisso né? -Eva segredou a Victor.
– Muito, e isso porque eles estão no nível médio e sem o senso competitivo ativo. -Victor riu quando Barry reclamou por ter perdido um movimento. – Você tem que ver quando eles tiram o dia pra competir de verdade.
Eva analisou os amigos, a linguagem corporal de ambos enquanto dançavam, as vibrações provenientes de seus movimentos, os trejeitos, intensidade... Enfim, tudo era muito divertido de se assistir, e se aquilo era o que o dois faziam sem competir, ela  acabou por concluir que competindo a coisa toda devia ser muito mais incrível.
– Eu adorei esse jogo. -Eva riu enquanto segurava Athena, a fazendo dançar também. – Quantas músicas você colocou?
– Mais de 250. -ele segurou Hercules nas mãos robóticas e imitou o que a jovem fazia com Athena.
– Caramba, são muitas músicas. -ela o encarou surpresa por alguns segundos.
– É, eu quis variar pra abranger todo mundo. -ele deu de ombros enquanto mexia Hercules na batida da música. – Sem contar que tem canções em muitas versões diferentes que o jogo original nem sonha em ter.
– Wow, impressionante e brilhante. -Eva assentiu com a cabeça.
– Pelo amor de Deus Kara! -Barry basicamente berrou. – Você não era tão boa assim antes, Victor, que história é essa dessa pontuação especial aqui?
– Isso é um toque pessoal que eu coloquei. -o Ciborgue riu.
– Custava avisar sobre isso com antecedência? -perguntou indignado.
– Acho que o elemento surpresa deixa as coisas mais interessantes. -Eva tomou a palavra.
– Viu só? -Victor a olhou risonho. – Até a Eva gostou.
– Mas que ótimo, todos contra mim nessa coisa. -disse enquanto girava rapidamente para direta.
A tela explodia em cores vibrantes, os avatares vestindo roupas mega coloridas de ginástica dos anos 80 seguindo as movimentações de seus jogadores numa versão futurista de alguma paisagem, as pontuações pipocando em dourado nos cantos a cada movimento concluído com êxito, enfim um arco íris completo.
– Relaxa Barry você está indo bem. ‐Kara riu enquanto o incentivava.
– E você fique quieta. -Barry rebateu, fazendo um movimento extra que lhe rendeu um bônus de 10 pontos.
Eva e Victor riram da cena, e continuaram na brincadeira com os cãezinhos até o fim da música, coisa essa que eles adoraram.
Por fim Kara venceu Barry por dois pontos, o que ambos acabaram por considerar um empate, devido ao fato de que as pontuações haviam sido demasiadamente próximas.
Eles sequer transpiravam quando se abraçaram e se parabenizaram pela partida bem jogada, o que  não surpreendeu a jovem sentada no sofá que os aplaudia animadamente.
– Vocês são ótimos nisso. -Eva abraçou Athena.
– Obrigada. -eles responderam ao mesmo tempo, o que resultou a risada de todos.
E antes que pudessem continuar a conversa ou jogarem mais uma partida, o timer na cozinha apitou, indicando que o bolo já estava pronto.
– Podemos jogar depois do almoço. -disse Victor ainda acariciando Hercules enquanto Kara e Barry já se encaminhavam para a cozinha.
– Por mim tudo bem. -disse Eva se inclinando pra frente e colocando Athena no chão. – Vou poder escolher a música? -ela o encarou.
Por breves segundos Victor se perdeu em seu olhar, até que se lembrou que precisava a responder.
– Mas é lógico. -ele sorriu sem jeito. – Quantas você quiser.
– Maravilha. -ela se levantou.
Victor a imitou, colocou Hercules no chão e a acompanhou até a cozinha.
– Nossa, a massa ficou ótima. -disse Kara, que acabara de colocar a forma sobre a mesa de madeira.
– Ficou mesmo. -interou Barry. – Toca aqui parceira. -disse estendendo a mão para a amiga.
Kara retribuiu o ‘High Five' do amigo toda sorridente.
– Vou pegar o creme. -Victor cochichou ao ouvido de Eva.
– Ok. -respondeu observando Barry pegar uma tábua fina de plástico e abaná-la tão rapidamente, que em segundos o bolo ficou em temperatura ambiente.
– Quer fazer as honras Eva? -Disse Kara desenformando o bolo.
– Quero sim. -a jovem sorriu.
E usando seus poderes, Eva cortou o bolo horizontalmente em três partes para que pudessem recheá-lo.
Victor colocara a vasilha com creme ao lado da massa e começara a cortar as frutas para a decoração. E sem o uso de nenhum utensílio sequer, Eva recheou o bolo com maestria e o Ciborgue o finalizou com um toque único e cheio de sensibilidade.
– Ficou lindo. -disse Kara assim que Barry acabara de jogar uma fina camada de açúcar de confeiteiro sobre o bolo.
– Realmente. -Eva concordou.
– Acho que poderíamos abrir uma confeitaria. -sugeriu o velocista.
– Seria engraçado. -Victor riu. – Boleiros de dia e combatentes do crime a noite.
Todos desataram a rir.
– Olha só, e não é que vocês conseguiram mesmo? -a voz de Martha se fez presente.
– A senhora gostou? -Eva perguntou em expectativa.
– Eu adorei, ficou muito bonito e tenho certeza de que está uma delícia também. -a mais velha respondeu com ternura. – E bom, já que o bolo está finalizado, vocês podem me ajudar a levar as comidas lá pra fora?
– Com toda certeza. -respondeu Victor.
E assim eles fizeram, enquanto Eva guardava o bolo na geladeira, Kara saiu levando consigo a enorme travessa de carne assada com batatas, Barry levou a de macarrão e Victor as de saladas.
– Quase me esqueci dos molhos. -Martha parou no meio do caminho segurando um cesto abarrotado de cheirosos pãezinhos numa mão, e uma enorme tábua arredondada repleta dos mais diversos tipos de aperitivos na outra.
– Eu pego. -Eva se prontificou. – Tem mais alguma coisa?
– De momento não, se precisar eu venho pegar. -a mulher lhe sorriu.
– Ok.
Ambas saíram da casa calmamente, sendo seguidas de perto pelos 3 animais. Com medo de que algum acidente acontecesse, Eva levitou a tábua de aperitivos com seu poder e deixou Martha apenas com o cesto de pães.
– Esse poder me ajudaria com tanta coisa... -a mais velha balançou a cabeça desacreditada do que estava vendo.
Chegando ao fundo da casa, a reunião se seguia bem, Bruce conversava com Clark tranquilamente, Barry pegara um tomate cereja de uma das saladas, Kara ria animadamente de algo que Arthur falara e Diana ajudava Victor a arrumar os itens na mesa.
Tudo estava indo bem.


Diana

Assim que vi Eva se aproximando levitando uma tábua cheia de comida e vários potinhos a sua volta sendo seguida por seu trio inseparável, me antecipei e fui até ela, pegando o maior objeto e o colocando numa mesa lateral onde se encontravam os copos e a jarra de suco. Martha veio em seguida, colocando o cesto de pães logo ao lado e Eva finalizou com os potinhos de molhos diversos.
Mesas belas e fartas, Deméter tinha todas as minhas orações de agradecimento no momento.
– Aperitivos liberados pessoal. -disse Martha se servindo de um copo de suco e uma fatia de rosbife com ajuda de um palito.
Eva olhou para mim como quem espera um tipo de aprovação, e eu entendi que ela queria saber se poderia pegar algo da mesa, então eu simplesmente assenti com a cabeça.
Então ela timidamente pegou um pãozinho, o partiu no meio e sem o uso de nenhum utensílio passou maionese no mesmo e o recheou com queijo, presunto de parma, alface e uma fatia de tomate.
– Isso foi demais. -disse Arthur energicamente enquanto apontava para Eva que sorriu.
Essa garota só sabia surpreender a todos.
-//-
Já fazia alguns minutos que estávamos conversando e beliscando os saborosos aperitivos, Eva estava encostada em uma das árvores que cercavam o local,  conversando animadamente com Kara sobre como o jornalismo é importante e em como a foto certa pode mudar o rumo de uma nação.
Era uma conversa inteligente, cheia de argumentos e embasados pontos de vista. Mas o mais surpreendente era o grau de senso crítico que Eva possuí, chegava a ser assombroso.
– Eu facilmente votaria nela para presidente. -Bruce se senta ao meu lado.
Dou risada.
– Eu já sabia que ela era inteligente. -respondo. – Mas aquilo ali supera as expectativas. -olho para as duas que continuam sua conversa.
– Então, como foi a semana? -ele mastiga cereja.
– Foi boa, ainda bem, sem sustos inesperados. -dou uma mordida no meu sanduíche de rosbife. – Eva está muito adaptada a tudo.
– Isso é bom. -Bruce limpa o canto da minha boca que estava levemente sujo de molho.
Escutamos a dupla dinâmica dando risada, agora Artemísia estava no ombro direito de Kara enquanto a mesma segurava Hercules e Eva abraçava Athena carinhosamente.
– Faz tempo. -ele retoma a palavra.
– O quê? -pergunto o observando.
– Família. -Bruce sorri.
Não preciso que ele diga mais nada, pois sei o que significa.
– Todo mundo pronto pra comer de verdade? -Martha anuncia.
–  Sem sombra de dúvida. -respondeu Arthur animadamente.
E logo a mobilização começou.

Calma que ainda tem coisa pra acontecer
Mas por hora é isso gente
Espero que tenham gostado
Bjus. L

Justice League: We are a FamilyOnde histórias criam vida. Descubra agora