Eijirou chegou a passos lentos até a sala onde Katsuki assistia algum filme de ação, havia acabado de acordar de seu cochilo de três horas após pegar o turno da noite na agência e estava descabelado, muito fofo, já diria Bakugou.
Caminhou em direção ao namorado, deitando no sofá com a cabeça em seu colo, abraçou a cintura alheia enfiando o rosto no macio e cheiroso moletom laranja.
— Kit Kat. — chamou ainda se aconchegando.
— Estou ouvindo. — pontuou sem pressa.
— Já pensou no que fazer pro almoço? — os olhos fechados, esperava ansiosamente a resposta de Katsuki — Faz tempo que não comemos fora, não é?
— Acha que uma criança iria bagunçar muito nossas vidas? — deixou as palavras saírem — Não pensei em nada pro almoço, mas pra quê sair se a gente pode pedir para entregar? — juntou outro assunto para impedir que Eijirou pensasse muito sobre e apenas desse sua opinião.
— Provavelmente sim, no mínimo teríamos que trabalhar menos e no momento isso é quase impossível, a não ser que um de nós desista de ser herói por um tempo. — Kirishima era uma pessoa diferente ao acordar, ele era sincero e direto para assuntos dos quais precisaria de horas para assimilar normalmente — Mas eu queria sair num encontro, sabe? Romântico. Almoço fora, sorvete, caminhar no parque de mãos dadas. Uns negócios bem gays ao ar livre.
— Faz sentido, ainda assim... Eu não sei. É tão diferente por aqui quando temos crianças. — Katsuki mantinha o tom de voz baixo, tentando não transparecer seu desapontamento, Eijirou estava certo e desistir de sua carreira nesse momento não era uma opção. — Tudo bem, acho que podemos ter um encontro vez ou outra, mesmo que já moremos juntos.
Kirishima sorriu e o abraçou mais apertado, Bakugou acompanhou a alegria no levantar do canto dos lábios e liberando o ar pelo nariz audivelmente, acariciando os cabelos quase completamente escuros de Eijirou.
— Eu te amo demais, sabia disso? Demais, demais.
— Também te amo. — silenciosamente outros assuntos foram esquecidos enquanto planejavam o itinerário para o passeio.
(...)
Em um dos banheiros, Eijirou ajeitava o cabelo uma última vez e passava um pouco mais de perfume, se perguntando se estaria exagerando, e respondendo a si mesmo em seguida que qualquer esforço valia a pena por Katsuki. Arrumado, voltou para a sala, procurando celular, carteira e chaves.
Em seguida, Bakugou apareceu no corredor que dava acesso ao quarto do casal.
— Está pronto? — perguntou terminando de prender o relógio.
— Sim, só est-- — ao o olhar, Kirishima se sentiu um adolescente novamente, lembrando exatamente da primeira vez que sentiu o rosto corado e arrepios por causa daquele loiro pirado e gostoso pra cacete — Porra, você tá tão lindo, Katsuki.
— Eu tô normal. — seus olhos foram abaixando gradativamente observando Eijirou e o alívio ao vê-lo de tênis foi imenso — Ah graças a Deus. Você está ótimo. Vamos embora.
— Ei! O que quer dizer com "graças a Deus"? — fez aspas no ar enquanto Katsuki cruzava seu caminho, dando-lhe um beijo na bochecha.
— Esquece isso aí e vamos logo. — então saiu porta a fora — Rodízio de churrasco?
Eijirou formou um pequeno "o" com a boca agradecendo a toda e qualquer divindade que pudesse lhe ouvir pelo anjo loiro que se apossou de seu coração.
— SIM! — exclamou e saiu aos pulinhos até Katsuki no elevador, apenas trancando a porta do apartamento — Droga. — lamentou enquanto conferia as coisas — Peguei as chaves da moto.
Katsuki sorriu, tomando-as de suas mãos:
— Parece que teremos alguma aventura antes do almoço então.
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Por mais dias ao seu lado
FanficPois a história de Katsuki e Eijirou deveria ser registradas e autenticadas. Continuação de Meus Dias ao Seu Lado, porém se não leu não terá problemas.