Ele é diferente

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Obito on

Todos os prisioneiros estavam voltando para as suas devidas celas. Alguns polícias ficavam vigiando os corredores e até mesmo passavam pelas celas, certificando-se se não havia algum detento fazendo algo inapropriado, o que de certa forma, só serviu para ver o quanto esses policiais são incompetentes. Porque é bem óbvio que os detentos estão fazendo algo "inapropriado". Os detentos aqui dentro não só vendem drogas e cigarros, mas também vendem armas brancas como facas, ferramentas, barras de ferro. Além disso, eles vivem bolando planos para fugir da cadeia ou bolam planos de vingança para matar outros detentos.

E tudo isso, bem debaixo dos narizes dos tão temidos polícias da prisão.

Eu não sei se os polícias sabem que esse tipo de coisa acontecem e apenas ficam calados para saber até aonde os prisioneiros vão, ou se realmente eles não sabem disso, algo que eu acho meio impossível, pois até mesmo uma pessoa mais idiota conseguiria saber o que os detentos estão fazendo.

Eu não me importo com isso, por mais que essa prisão esteja sob meu controle, eu não ligo para o que eles fazem ou deixam de fazer, contando que eles não cruzem o meu caminho, está tudo ótimo, afinal, não é o meu dever colocar ordem na prisão.

Os policiais que lutem.

Continuei caminhando pelos corredores movimentados e tumultuados, sendo acompanhado por Deidara e Madara. Eles caminhavam na minha frente, ambos em silêncio, algo que estranhei, já que o Madara, diferente de mim, é uma pessoa muito extrovertida, energética e não consegue ficar em silêncio por muito tempo.

Após alguns minutos de silêncio, percebi Madara ficando inquieto com aquele silêncio desconfortável.

Desconfortável só para ele, pois para mim aquele silêncio estava ótimo.

- Então... O Obito não te mostrou a prisão ainda, né? - Meu pai perguntou, todo sorridente, tentando puxar assunto com o loiro, que até então, andava quieto e encolhido olhando para os lados com certa curiosidade.

Antes que o loiro pudesse responder, meu pai deu continuidade a sua fala.

- Aqui é a parte dos blocos. É bem diferente de lá de cima, hum?

- Sim... aqui é bem mais barulhento e... sujo... - Deidara olhava ao redor, observando dentro de algumas celas, vendo que todas se encontravam bagunçadas e imundas. E se eu pudesse ler mentes, eu diria que ele estaria comparando a minha cela com a dos outros prisioneiros. Pois, diferente das outras celas, a minha é totalmente arrumada e limpa.

Ele estaria certo, afinal.

Ah, cara, eu odeio bagunça, odeio quando mexem nas minhas coisas, odeio quando façam algo que eu não autorizei ou não dei permissão e odeio principalmente quando alguém me contrária e não me obedece! Mas isso sempre está fora de cogitação, pois todos me obedecem.

Por mais que pareça doentio, mas eu não gosto de deixar as coisas bagunçadas ou fora do lugar, e é por está questão que tento sempre deixar as minhas coisas organizadas e limpas, trocando lençóis de cama ou passando uma vassoura na cela, já que isso é o mínimo que posso fazer.

O quê? Eu posso fazer o que quiser e ter tudo o que eu quero, lembra?

- Hum... mas se a prisão é dívida em blocos, por que nós temos que pegar o elevador ou as escadas para subir lá para cima? - O loiro perguntou, apontando para o teto, indicando o andar de cima.

- Os blocos são divididos conforme a gravidade do crime cometido. Dependendo do crime, os prisioneiros são levados para bloco A até o bloco E. - Expliquei, ganhando atenção do loiro para mim. Continuei com a feição neutra e dei continuidade na minha fala.- E nesses blocos há prisioneiros de todos os tipos; tem traficantes, assassinos, psicopatas, ladrões...

Presos - Obidei, TobideiOnde histórias criam vida. Descubra agora