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Deidara on

Eu estou sentado na cama, meu cabelo está totalmente bagunçado, arrepiado e desalinhado, parecia que eu havia tomado um choque. Estou completamente indignado com o que aconteceu há minutos atrás, não conseguia pensar direito. Aos poucos, as lembranças do acontecimento voltaram a minha mente, me fazendo sentir um turbilhão de emoções cofusas.

- Eu não acredito! Porra, Deidara! - Levantei da cama, passei as mãos em meus cabelos loiros e os baguncei ainda mais. - Não, não, não! Porque isso teve que acontecer! - Choraminguei.

Eu estava incrédulo e envergonhado. Sentia meu rosto queimar de tanta vergonha. Meu coração acelerado me deixava inquieto e ansioso.

Por quê? Por quê?

Bati os pés no chão como uma criança fazendo birra. Andei para o lado e para o outro. Caminhei até o portão da cela e voltei. Sentei na cama, mas logo me levantei. Andei novamente para o lado e para o outro, bebi um copo de água e me sentei na cama.

- Eu realmente sou um pervertido por ficar assim ao ouvir ele gemendo no meu ouvido? - Perguntei a mim mesmo. - Ele claramente estava tirando sarro da minha cara!

Eu que sou o idiota por ter ficado duro na frente dele.

- Quero me jogar de um prédio bem alto. - Me joguei na cama, abracei meus joelhos e fechei os olhos, a pior coisa que eu deveria ter feito, pois, ao fechar os olhos, minha imaginação me pregou peça; Eu sentado no colo dele, enquanto ele gemia o meu nome bem baixinho no meu ouvido...

"Isso dei, quica nele mais rápido..."

Senti o meu corpo arrepiar inteiro.

- AAH! QUE DROGA! Pare de imaginar essas coisas! - Frustrado, me sentei na cama. Olhei para o volume entre minhas pernas. - Calma, Deidara. Eu fiquei assim porque faz um bom tempo que eu não transei com ninguém. É! Isso mesmo! Meu corpo apenas reagiu a isso porque eu estou na seca! - Sorri, tentando me convencer dessas palavras.

Mas mesmo assim, minha mente está cheia de perguntas sem respostas. Como isso aconteceu? Eu nunca imaginei que uma situação como essa pudesse acontecer comigo.

Que vergonha.

Eu deveria sair para tomar banho e depois ir ao refeitório. Mas como eu iria assim?

Ainda envergonhado, me deitei na cama novamente, fechei os olhos e respirei fundo.

- É só esperar que naturalmente ele volta ao normal... - Suspirei fundo. - Ainda não acredito que isso aconteceu... eu nem sonhei com esse maluco! Além de que eu só deitei na cama dele, porque fiquei com preguiça de subir para a minha. Não imaginei que pegaria no sono.

E, mais uma vez naquela tarde, eu suspirei.

O volume nas minhas pernas ainda está bem visível, mas eu me recuso a me tocar por causa dele, me recuso!

Contudo, eu deveria ir ao banheiro antes que o mesmo fechasse e ir ao refeitório antes que a comida acabasse.

Levantei da cama, subi alguns degraus da beliche para pegar minha blusa de frio que estava no meu colchão. Assim que peguei a blusa laranjada, amarrei na cintura e dei o nó. Peguei meu par de tênis, o qual se encontrava debaixo da beliche, calcei e amarrei os cadarços. Arrumei o meu cabelo, peguei minha toalha e muda de roupa, respirei fundo e saí da cela.

Em passos rápidos, fui seguindo em direção ao banheiro. Vários detentos e policiais que rondam pelos corredores
me observavam atentamente. A multidão de prisioneiros enchia o corredor gradualmente e presumi que o horário de ir ao refeitório acabou.

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⏰ Última atualização: Jan 18 ⏰

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Presos - Obidei, TobideiOnde histórias criam vida. Descubra agora