Pervertido

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Obito on

Estava muito calor, o suor escorria pela minha testa e pelo meu corpo. Me sentia pegajoso, isso me incomodava. Passei mais uma vez minhas mãos em meus cabelos molhados e respirei fundo. Liguei o registro e entrei debaixo do chuveiro. Suspirei aliviado ao sentir a água gelada escorrer por todo meu corpo, tirando de mim toda sensação de calor. Me sentia refrescado. Esfreguei o sabonete por todo meu corpo e, por último, meus cabelos.

Após o banho, usei a toalha para secar meu cabelo. Em seguida, enrolei a toalha na cintura, caminhei em passos rápidos até o banco de ferro que havia no local. Peguei minhas roupas e vesti o mais rápido que pude. Eu já conseguia ouvir a gritaria e a correria vindo até que banheiro.

Não demorou muito e o banheiro já estava lotado. Todos queriam aproveitar a água gelada devido ao calor. Peguei o restante das minhas coisas, caminhei em direção a porta, girei a maçaneta e abri a porta.

- Que sorte... - Suspirei. Realmente sorte. Eram raras às vezes que eu conseguia tomar banho sozinho, sempre tinha alguém no banheiro.

Sinto vários olhares enquanto caminho pelos corredores sombrios da penitenciária. Cada passo ecoava nas paredes de concreto, e o som se misturava com os murmúrios abafados que escapavam das celas. As portas de ferro maciço pareciam guardar segredos sombrios, enquanto guardas observavam atentamente cada movimento.

Há portas de segurança em intervalos regulares e a presença de guardas é constante. O ambiente é muitas vezes tenso e silencioso, com pouca ou nenhuma decoração. Este tipo de espaço é projetado para garantir a segurança e a vigilância na prisão.

Quando percebo a iluminação ficando mais fraca, criando uma atmosfera assustadora, sei que estou chegando perto da minha cela.

Todas as celas estavam abertas, exceto uma.

A cela que seria ocupada pelo tal "vizinho". Eu não sabia exatamente quem era, tinha alguns palpites, mas eu poderia estar totalmente errado sobre eles. Então seria melhor esperá-lo chegar. O que não demoraria muito, visto que ele uma hora dessas já estaria sendo condenado.

Dei mais alguns passos e quando estava prestes a entrar, eu parei. Meus olhos se arregalaram. Tentei entender o que estava acontecendo, mas minha mente estava em branco.

- O que diabos você pensa que está fazendo?! - Exclamei, mas o loiro nem sequer se mexeu. Olhei ao redor e vi um travesseiro todo rasgado e cheio de penas espalhadas pelo chão.

Suspirei pesado.

Deidara estava deitado na beliche debaixo a qual pertence a MIM e estava abraçado com o MEU travesseiro!

- Ei!! - Chutei o travesseiro no chão, me aproximei do loiro e o sacudi. - Que porra é essa?

- Huumm.... mais rápido... desse jeito mesmo... hmmm - disse manhoso, se remexeu na cama e se esfregou no meu travesseiro.

Mais que caralho!

- Você tá' babando no meu travesseiro, porra! Acorda, deidara! - O sacudi mais uma vez. Que tipo de sonho esse cara está tendo? Por que ele está se esfregando no MEU travesseiro?

O loiro abriu os olhos meio grogue e me olhou. Ele ficou me olhando e logo percebeu o que estava acontecendo, acordando de uma vez.

- AH!! Sai de cima de mim! - Gritou. O loiro se desembrulhou e chutou minha barriga. Caí no chão, minhas costas bateram na mesinha que estava ao lado. Grunhi de dor, coloquei a mão na barriga e esfreguei, em uma tentativa falha de amenizar a dor.- Obito?!! - O loiro arregalou os olhos e agarrou o meu travesseiro o fazendo de "escudo". - O que você tá' fazendo aqui?

Presos - Obidei, TobideiOnde histórias criam vida. Descubra agora