Death.

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Sana encarou a porta do ginásio por onde Momo saiu com uma expressão confusa, "ela tinha feito alguma coisa pra a outra japonesa?". Todos a encararam de um jeito estranho, ora porque a garota mais bem elogiada da escola estava preocupada com a delinquente? era estranho até demais. Do outro lado das arquibancadas, Nayeon encarava aquela situação com um sorriso de ladino, a coreana não era nem um pouco idiota como as outras pessoas ali. A mesma foi até o lado da de cabelos loiros, que a propósito estava bebendo água depois de um treino cansativo e lhe deu uma cotovelada fraca fazendo Sana girar os calcanhares e rir para sua amiga. 

- Unnie, eu não vi você ai. Onde está a Jihyo? - Sana perguntou tomando mais gole de água. 

- É a Momo, não é? - A mais velha sorriu cruzando os braços. 

Sana engoliu a água com tanta rapidez que a fez tossir duas vezes fortemente, Nayeon olhava a cena rindo, aquilo só provava mais e mais sua hipótese. Sana se recuperou arrumando sua postura e tentando não manter contato visual com a mais velha. 

- Momo? A filha do diretor? O que tem ela? - Sana tentou sorrir mas apenas resultou em uma careta engraçada. 

- Sim, você está ficando com ela, certo? 

A reação de Sana foi apenas levar a mão a boca de Nayeon com receio de ela falar isso mais alto, ninguém poderia desconfiar disso, nem desconfiar que agora ela tinha duvidas sobre sua sexualidade. Nayeon a empurrou pegando um espelhinho dentro de seu bolso completamente aflita achando que seu batom caro tinha borrado. 

- Yah, você é maluca? Vai borrar minha maquiagem - A mais velha choramingou arrumando os lugares marcados pela mão de Sana. 

- Você não pode falar isso pra ninguém, escutou? Não contei porque não sabia o que queria com ela, na verdade eu nem ao menos sei o que sou. - Sana sentou-se em uma das arquibancadas colocando as mãos em sua testa molhada de suor.

Nayeon podia sentir a frustração da amiga, porque ela mesmo já tinha passado por isso, foi tão difícil pra ela aceitar que gostava de garotas e quando realmente se sentiu confortável para dizer a todos, todos disseram que ela era uma aberração, a mais velha queria guardar Sana em uma caixinha e dizer que iria ficar tudo bem mas, não era assim que as coisas funcionavam. Sentou-se ao lado da amiga lhe deixando um beijinho fraco em sua bochecha. 

- Sannie, você sabe o que você é, não tenha medo de demonstrar isso pra você mesma, o que você sente pela Momo não é errado, é amor. - Nayeon segurou o rosto da japonesa com as duas mão fazendo-a olhar para o seu rosto - Não sei o que se passa ai dentro mas como sua amiga eu posso te ajudar. 

Sana sorriu de um jeito singelo quase sentindo as lagrimas descerem pelo o seu rosto, tinha medo de dizer pra si mesma que era lésbica, mas esse sentimento mudava todas as vezes que via o rosto de Momo, talvez ela devesse ser mais sincera com os próprios sentimentos também.

- Agora vá ver porque sua garota saiu daqui tão estressada. - Nayeon sorriu subindo as arquibancadas para falar com Jeongyeon. 

Sana viu a cena das duas de longe e ficou em paz ao perceber que a amiga estava agora com uma pessoa que ela realmente merecia, levantou-se da arquibancada saindo pela mesma porta por onde Momo tinha saído. Tinha mais alguns minutos para ir para a próxima aula, mas ver a sua amada era mais importante que tudo, Sana procurou em todos os lugares mas não encontrou a japonesa em lugar nenhum, até que lembrou do lugar vago onde ela e suas outras amigas ficavam para matar aula. 

Passou por alguns arbustos até chegar ao antigo campo abandonado, onde a escola deixava algumas tralhas e onde alguns alunos iam para matar aula, era um lugar grande então foi dificil encontrar a mais velha, depois de alguns minutos procurando a japonesa achou a outra, mas não de jeito que ela queria. Hirai com os lábios encostados nos lábios de Dahyun uma das líderes de torcida do seu time, sabia que a japonesa ficava com outras pessoas mas ver pessoalmente foi horrível, foi como ter seu coração partido em mil pedaços. 

Sana sentiu as lágrimas descerem pelo seu rosto e deu alguns passos para trás para poder sair dali, mas estava em um transe eterno, um inferno repetitivo ver aquela cena e sabia que ela não iria sair da sua mente nunca. Quando conseguiu ter forças para sair dali, bateu de costas em uma das tralhas que estavam ali e acabou por derrubar tudo, o barulho chamou atenção das duas e Sana encarou a expressão envergonhada de Momo, o que a fez sentir mais raiva ainda da de cabelos negros, levantou-se arrumando sua saia. 

- Desculpe interromper. - Sana disse fazendo uma reverencia rápida e saindo daquele lugar. 

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Meu deus guys, tanto tempo! Aconteceram muitas coisas na minha vida esses últimos dias então espero que me perdoem pelo o atraso. Vocês gostariam que minha escrita fosse em primeira ou terceira pessoa? Quero sugestões para trazer o melhor pra vocês, ah não esqueçam de votar isso ajuda muito meu trabalho, obrigada pelo o apoio e não terem desistido de mim. 
Beijocas. Obs: o capitulo não foi revisado, peço desculpas! :(
- Cerise.   


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