Broken.

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/ EU VOLTEI! Céus, quanto tempo que eu não aparecia aqui! Primeiramente, antes de começarem a ler o capítulo de hoje, preciso me desculpar e explicar a vocês o meu desaparecimento. Nesse final de ano eu acabei ficando muito ocupada, me fazendo esquecer completamente dessa história, então como estou de férias vou tentar me concentrar mais ainda nisso.
Somos 700 views! Sabe o quanto isso é especial para mim? Eu agradeço de verdade a cada pessoa que está acompanhando, prometo que me esforçar cada vez mais para cada um de vocês gostarem! Vamos fazer mais momentos juntos com a Sana e Momo. Muito obrigada, e novamente, sinto muito.
- Cerise.
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Não pude acreditar, aquilo era real? Por um momento eu senti meu corpo meu cansado, tonto, como se eu pudesse desmaiar a qualquer momento. Eu não sabia o quanto tempo eu tinha corrido, eu já nem ao menos sentia as minhas pernas, a minha visão era turva e eu estava tão suada que descia por minhas pernas.

Só parei quando senti o baque, quando senti meu corpo em contato com o chão, quando eu respirei tão fundo pedindo que o ar levasse embora a minha tristeza também. Eu respirei fundo, e quando eu já estava em sã consciência eu senti meus olhos se enchendo de lágrimas, eu senti meu peito se fechar e minha garganta formar um nó gigante.

Se me perguntassem, não era pelo corte gigante no meu joelho esquerdo, nem pelo cansaço, nem muito menos pelo musgo que estava sujando minha camisa, e sim por Hirai Momo. Aquela vagabunda descarada que nunca fez nada por mim, aquela vadia que nunca nem ao menos segurou minha mão em público, para mostrar que eu era o troféu que ela tanto dizia quando eu estava nua em sua cama, mas era aquela mulher que eu amava tanto.

- Porque? Porque você fez isso? — Gritei em dor.

Só parei de chorar quando eu senti minha visão ficar turva o suficiente pra eu soltar o ar com força pela boca pela última vez, e cair num sono onde eu senti uma paz interior, por não ser Momo que passava pela minha mente, e sinto um breu.

Acordei no mesmo lugar, dessa vez estava sóbria, era fim da tarde e as nuvens estavam escuras, com certeza iria cair uma tempestade. Me levantei sem me preocupar como minha roupa estava, apenas limpei meu joelho machucado com a própria mão parar tirar o musgo e fui andando até a escola. O campus estava quase vazio e com certeza já era hora de ir embora.

Quem me olhava percebia o quanto eu estava destruída, e sinceramente eu gostava de deixar meus sentimentos a mostra, assim ninguém enchia meu saco. Voltei ao vestiário feminino e peguei minha mochila, tinha perdido todas as aulas daquele dia, bem esse era o efeito que Hirai fazia.

Quando cheguei de volta ao campus, vi o carro da japonesa estacionado logo em frente ao portão, mas naquele momento aquilo já não era mais problema meu. Caminhei devagar, até porque o estado do meu joelho não era um dos melhores, chegando até o portão e o porteiro liberou a minha passagem, e eu segui meu caminho em direção a minha casa.

Quando eu cheguei a metade da avenida, eu já não aguentava mais caminhar, meu joelho latejava muito junto com a ardência das outras feridas. Respirei fundo tentando voltar a caminhar, e foi assim que tudo piorou. A chuva começou a cair com tudo, e eu olhei para o céu tentando ver onde eu tinha errado na minha vida, aquele realmente era um dia de cão.

Um carro parou ao meu lado, e eu pude escutar o vidro sendo baixado, olhei para o lado sem muita esperança até porque era quase difícil acreditar em uma coisa dessas quando você está tendo um dia péssimo. Fechei os olhos para ver quem era por causa da chuva, e foi aí que eu vi a japonesa, ela e aquele seu charme de merda.

Respirei fundo andando em direção novamente a estrada mas era quase impossível agora, meu joelho ardia de forma insaciável. Assim, eu senti Momo me pegar pelo braço e tentar me levar para dentro do carro.

- Me solte, não devo nada a você agora. — Tentei soltar sua mão dali, mas foi uma tentativa sem sucesso.

- Me deixe ajudá-la. Sei que foi por minha causa. – Pude ver seu rosto cansado pela franjinha colada nos seus olhos pela chuva. - Assim podemos resolver as coisas, e posso finalmente dizer o quanto..

- NUNCA FOMOS NADA HIRAI. Isso aqui.. eu.. eu só fui um brinquedo pra você, mas NUNCA fomos nada! — Minha cabeça doía pelos gritos que eu fazia, e meu corpo estava cansado pelos soluços e a inflamação que estava se formando no meu joelho. —  Mesmo que eu faça tudo, mesmo que eu seja tudo, nunca vai ser o suficiente para você me amar de volta. — Cai no chão mas meu braço ainda estava sendo segurado pela japonesa.

Olhei para cima e pude ver os olhos da morena se encherem de lágrimas, vi ela cair junto comigo segurando meu corpo num abraço desajeitado enquanto o soluço do seu choro estava no pé da minha orelha. A chuva continuava caindo sobre nós, fazendo nossos corpos ficarem cada vez mais colados pela água. Eu não sentia mais o meu joelho, e os olhos cansados só focavam em Momo e seu rosto vermelho de chorar, por um segundo eu me perguntei se era digna de amar alguém, e se esse alguém fosse digno de me amar de volta.

E quando estava desistindo de lutar para continuar ali, eu arrumei forças para me levantar. Arrumei minha bolsa nas costas e deixei um último beijo em seu rosto molhado, nunca amaria alguém tanto quanto amei a minha primeira pessoa, e essa pessoa era Momo. Virei-me de costas e dei meu primeiro passo, mas uma voz rouca me fez parar.

- Eu te amo, Sana.

Yes, Fuck Me!Onde histórias criam vida. Descubra agora