Cry Baby.

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Sentei-me rapidamente na arquibancada suja daquele lugar, se minha roupa iria ficar suja ou não, aquilo não era problema meu por agora. Minha mente vagava nas curvas da Minatozaki naquela saia curta e aquela blusa colada, aquela japonesa realmente me dava os nervos. Por um momento pude sentir meu corpo começar a suar e minha intimidade ficar quente, "porque eu estou agindo assim?" Pensei comigo mesma. Tiro de dentro do bolso da jaqueta, um maço de cigarros e um isqueiro, levando um dos cigarros até a boca, prendendo-o entre os dentes e o ascendendo, tendo cuidado para a chama do isqueiro não se apagar. 

Após duas grandes tragadas, eu pude sentir meu corpo relaxar, mas mesmo assim a excitação entre minhas pernas continuava grande, daquele jeito eu me sentia uma grande pervertida, ou um garoto de fundamental punheteiro, era vergonhoso. Manti minha postura adequada, com as pernas abertas para que talvez aquilo pudesse ajudar um pouco, traguei o cigarro mais algumas vezes jogando o toco do mesmo fora, quando percebi que já estava melhor da minha situação, levantei da arquibancada limpando a sujeira do meu uniforme. Escutei um pigarro atrás de mim o que me fez dar um pulinho de susto, virei-me para onde o barulho vinha e me deparei com Kim Dahyun, um das garotas do time de líderes de torcida, além de ser vice líder do grêmio estudantil, ela realmente era uma garota de ouro. 

- É bom ver você de novo também, Momo.

A mesma estava de pernas cruzadas, guardando seu celular no bolso da jaqueta ela levantou-se mostrando uma foto minha com Sana, no banheiro. De repente eu senti meu corpo todo ficar em chamas. Se fosse em outra ocasião eu adoraria a foto, Sana no meu colo jogando o cabelo para trás enquanto eu a encarava como uma boba, mas naquele momento não, naquele momento tudo que passavam em minha cabeça era jogar aquele celular pela janela.

- Onde conseguiu isso, porra? - Tentei pegar o celular da mão da mesma, mas a roxinha acabou se esquivando.

- Opa, opa! Não tão rápido assim. Realmente sabia que você comia garotas, mas a perfeitinha da Sana foi novo pra mim – A Kim sorriu de um jeito debochado, cruzando os braços ainda com o celular em mãos. – Então, quero que você me mostre.

Revirei os olhos, a encarando de um jeito confuso, mas após ela me mostrar a foto novamente eu entendi o que tinha que fazer. Comecei a rir de um jeito escandaloso, colocando os braços em volta da barriga já que a mesma estava doendo por causa das risadas, mas encarando o rosto de Dahyun eu percebi que não era brincadeira. 

- Peraí, você está falando sério? Tipo, você acha que eu vou ficar com você? Acorde. - Coloquei a mochila nas costas ameaçando sair dali. 

- Lembre-se que a vida social e o futuro da sua garotinha está nas minhas mãos. Sabe como o pessoal é, sendo uma lésbica nojenta, ela não chega em lugar algum. 

Virei-me em direção a coreana depositando um tapa estalado na bochecha rosada da mesma. Quando a questão é sobre a Minatozaki, fale ou faça qualquer coisa comigo, não com ela. Sei como a sociedade é com garotas beijando, namorando, casando com outras garotas, eu sei muito bem como é, apesar disso eu achava que seria diferente comigo e ela, no nosso mundinho. Dahyun me olhou de um jeito frio, como se fosse fazer um meteoro cair na minha cabeça, ligou o celular e sabia que ela ia mandar a foto no grupo da escola, foi ai que eu falhei. 

Levei as duas mãos ao rosto da mesma colando nossos lábios de um jeito desajeitado, de uma forma ou outra nosso beijo não se encaixava, por que quem realmente era pra estar ali era Sana. Ainda estando desconfortável, pedi passagem com a língua e a mesma concedeu o que me deixou ainda mais constrangida de estar naquela situação. Um estrondo de fundo fez eu descolar rapidamente os lábios da coreana e olhar para trás, agradeci a todos os deuses possíveis, por alguém ter aparecido para acabar com aquela cena horrível, mas minha alegria desmanchou quando eu vi que era a japonesa atrás de mim. 

Por um momento meu coração errou as batidas, o mundo ficou mais lento, eu não sei, mas expressão de Sana vendo aquela cena e seus olhinhos se enchendo de lagrimas foi o suficiente pra fazer meu coração quebrar com força. Ela não merecia isso, eu não merecia ela. Após ela correr em direção a saída, tentei fazer o mesmo antes de me virar para a roxinha e tomar o celular de suas mãos.  

- Conseguiu o que queria, não é? Agora antes de eu ir embora, vou aproveitar para lhe dizer a verdade, a única lésbica nojenta aqui é você. 

Virei de costas correndo em direção a saída com esperança que eu encontrasse a japonesa, tentei conter as lágrimas mas foi impossível, podia sentir meu coração apertar cada vez mais enquanto eu buscava vagamente por Minatozaki. 

- Sana, volte pra mim. 


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Demorei mas voltei. Guys? Já são 300 pessoa que leram Yes Fuck Me!? Eu estava na escola quando vi, realmente não pude acreditar, achei que não fosse passar de 10 views! Enfim, muito obrigado por me apoiarem, vamos crescer muito mais com a Momo e Sana.
Beijocas. 
Aliás, perceberam que comecei a escrever em primeira pessoa? Espero que não se importem, bebam bastante água. 
- Cerise.  

Yes, Fuck Me!Onde histórias criam vida. Descubra agora