Laços de Sangue

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Após soltarem nós quatro, nos encaminharam por um corredor escuro com escadas íngremes que davam para um grande salão. Marina pediu para que a acompanhássemos até o centro onde havia uma espécie de púlpito com uma vasilha que continha um líquido negro dentro. Uma espécie de claraboia ficava no centro do teto do salão, por onde saia um raio sol que marcava claramente o púlpito. O líquido era tão negro que absorvia a luz do sol para si. Aproximamo-nos até onde podíamos para não sermos queimados e fizemos um pequeno círculo ao redor do púlpito. Marina fez um gesto para Meredith que a entregou uma faca.

– Ser vampiro é comumente conhecido como uma maldição. Portar essa maldição traz muitas consequências, entre elas as fraquezas de todo vampiro. Não ter contato com a luz do sol é uma delas. – Marina explicava – Muito tempo atrás, um vampiro procurou uma bruxa para protegê-lo da luz do sol. Os dois fizeram um acordo e a bruxa o ajudou. – ela colocou as mãos dentro do recipiente. – A bruxa usou o sangue do vampiro e um feitiço solar para criar o anel do sol. O anel funcionou, mas apenas por um determinado tempo. – disse ela pegando a faca de Meredith. – Os anos se passaram e as bruxas foram aperfeiçoando o feitiço para "comercializar" os anéis e se protegerem. Um dos feitiços aperfeiçoados fui eu quem criou. – Marina sorriu.

Dava para notar o poder de Marina. Ficar perto dela e não sentir aquela aura era impossível. Ela criava uma atmosfera ao seu redor. Não me admirava o fato dela ter criado um feitiço tão poderoso como aquele.

– O meu feitiço é parecido com o antigo, mas com algumas alterações. O anel criado a partir dele não possui tempo limitado, mas só pode ser criado por mim e a partir do sangue de um dos vampiros do Clã da Noite. O nosso clã, o clã de vocês agora. – ela sorriu.

– Um momento, os vampiros são divididos por clãs? – Liz perguntou.

– Sim, somos divididos em dois clãs. O Clã da Noite e o Clã Mortal. – Meredith respondeu.

– Quanta criatividade. – Larry murmurou.

– Meredith fala sobre isso depois, continue Marina. – Trevor interrompeu.

– Obrigada, Trevor. – Marina prosseguiu. – Vocês precisarão do anel para sobreviver, e para isso eu precisarei de seus sangues. – ela estendeu a faca.

Georgie pegou receoso a faca e fez um corte da mão, deixou pingar no recipiente e se afastou. Liz e Larry fizeram o mesmo. Quando fui pegar a faca, Jason me conteve.

– Eles são da mesma família, eles vão primeiro. – sussurrou.

Marina me olhou complacente e eu apenas segurei a faca enquanto ela prosseguia. A bruxa estendeu a mão sobre o recipiente e murmurou uma língua estranha. O líquido borbulhou por um momento, uma ventania atravessou o salão e depois sumiu.

– Peguem, estão aí no fundo. – Marina sorriu para os três.

Os três colocaram a mão rapidamente no recipiente e tiraram de lá três anéis de bronze com o desenho de um sol.

– Mais uma coisa, meu feitiço marcam os anéis com seus respectivos nomes. Encontrem os seus. – completou a bruxa.

Elizabeth me mostrou seu anel. O nome e sobrenome marcados dentro do anel em itálico estavam ali como Marina disse.

– Sua vez. – Liz sorriu torto.

Peguei a faca e fiz um corte em minha mão, deixei pingar no líquido negro. Marina fez o mesmo procedimento, mas durante o processo ela fez uma pausa e logo continuou.

– Algum problema? – Meredith fez as honras.

– Não, nenhum. – Marina cortou. – Phoebe, pegue seu anel.

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⏰ Last updated: Jun 30, 2021 ⏰

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