Wedding (s) pt. III

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Nick narrando

Alex ria enquanto eu terminava de me arrumar. Meu casamento é hoje, quase duas semanas depois do casamento da minha irmã e cinco dias da união civil do meu irmão. Jennifer ficou incomodada com a presença de Sarah, ainda mais com o jeito dela olhar para Alex quando Ellie se jogou no colo da minha cunhada. Na festa, em um salão no Upper East Side, Jennifer não deixou de sorrir um momento sequer, animada com o dia. Lucy estava satisfeita, afinal de contas não desejava menos do que a felicidade plena para a irmã.

- Você está parecendo a noiva de tanto se arrumar! - meu sogro ralhou, cruzando os braços. Meu pai revirou os olhos, puxando o mais novo amigo para fora do quarto. Alex ria, composto em seu terno negro.

- Será que ela não vai desistir? Quero dizer, já fazem anos... - gesticulei, torcendo os dedos de tanto nervoso.

- Vamos lá, não diga besteiras. Você é o amor da vida dela. Desejo felicidade plena a vocês dois.

Eu sorri, encarando meu reflexo no espelho. Meu pai avisou que já estava na hora de ir, pois a igreja ficava longe da casa de Alex e eu não podia me atrasar. Meu pai e Alex foram comigo e meu sogro foi buscar Lucy uma vez que entraria com ela na igreja.

- É só manter a calma. - minha mãe aconselhou, me ajudando com a gravata. Jessie ria, parada ao meu lado. Era minha madrinha assim como Max era meu padrinho. Nathan estava comportado no colo de minha sogra, chupando uma chupeta.

- Diga a sua filha para ela parar de rir. Estou incomodado.

Jessie emitiu algo como "não seja idiota" e revirou os olhos. Tudo estava muito bonito, muito calmo até que... A marcha nupcial soou. Minhas pernas ficaram moles, meu coração disparou... Não são os mesmos sintomas do infarto? Eu acho que estou vendo tudo preto... Até a hora que ela se aproximou, usando aquele vestido tão sonhado por ela (vide foto). Julie carregava as alianças e usava um vestido azul celeste - assim como todas as madrinhas. Quando ela se aproximou de mim, sorrindo, meu sogro beijou a testa dela, passando a mão dela para a minha.

- É sua agora, filho. Cuide bem dela.

- É o meu bem mais precioso agora, Mr. Heather. - assegurei, sorrindo para a minha futura esposa. Lucy franziu os lábios, prendendo o choro.

Eu sinceramente ignorei tudo que o padre dizia. Não conseguia ouvir nada do que ele falava até o momento em que ele fez a pergunta tão esperada.

- Nicholas Martin Grabfield, você aceita Lucy Heather Clarke como sua legítima esposa?

- Sim, eu aceito. - respondi, sorrindo satisfeito. Ela riu, mordendo o lábio inferior.

- Lucy Heather Clarke, você aceita Nicholas Martin Grabfield como seu legítimo esposo?

- Sim, eu aceito. - respondeu, piscando para mim.

- Se têm alguém nesta igreja que é contra essa união, que fale agora ou cale-se para sempre.

A igreja inteira se calou. Só se ouvia o barulho dos flashes. Eu e Lu respiramos aliviados. Julie trouxe a almofada com as alianças, um pouco receosa de deixar cair.

- Eu, Lucy Heather, recebo-te Nicholas Grabfield, como meu legítimo esposo. Prometo amar e respeitar todos os dias, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, até que a morte nos separe. - citou, deslizando a aliança dourada em meu dedo anelar. Em seguida, depositou um beijo singelo na aliança.

- Eu, Nicholas Grabfield, recebo-te Lucy Heather, como minha legítima esposa. Prometo amar e respeitar todos os dias, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, até que a morte nos separe. - citei, deslizando a aliança no fino dedo dela, depositando um beijo nas costas da mão dela.

- Pelos poderes a mim investidos, eu vos declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva.

Lucy abriu os braços para mim, me envolvendo no abraço mais gostoso do mundo. Eu beijei a testa dela demoradamente, beijando-lhe os lábios. Envolvemos as nossas mãos até a saída, onde uma grande chuva de arroz nos esperava. Não teríamos festa, uma vez que logo após o casamento iríamos viajar para Londres. Jessie nos deu a viagem de presente.

- Amor, eu preciso contar uma coisa. - Lucy começou, logo após se acomodar na primeira classe do avião rumo a Londres.

- Tudo bem, pode falar. Sou todo ouvidos.

- Bem, eu estive pensando... Eu fiz as contas e eu estou grávida.

Lucy mordeu o lábio inferior, esperando uma reação minha. Eu não sabia o que dizer, como dizer, como reagir...

- De quanto tempo você está grávida? - perguntei, contendo a minha animação.

- Pouco mais de dez semanas. - respondeu, sorrindo radiante. Eu continuei calado, sem saber quanto tempo aquilo significava - Oh, você não entende. Bem, pouco mais de três meses.

- Onde está a sua barriga? - perguntei, procurando indícios de que uma nova vida pudesse estar sendo gerada.

- Está enorme! Pensei que você pudesse ver. Eu ainda não sei o sexo porque queria descobrir com você.

- Eu... Eu não sei o que dizer. Eu estou muito feliz porque o que nós sentimos é amor. Têm sido amor. Vai ser amor pra sempre.

- Você faz ideia do quanto eu amo você? - ela perguntou, virando de lado para mim - Faz ideia do quanto você me faz bem?

- Você entende que a gente vai ficar velhinho, uns 100 anos e eu ainda vou amar você? - ela riu, assentindo.

- Para sempre? - ela perguntou, franzindo o nariz. Era adorável fazendo aquilo.

- Para sempre. - afirmei beijando a testa dela.

O nosso destino era ficar junto, não importava o que poderia acontecer. E eu realmente me importava em fazer dar certo porque depois de tudo que tinha acontecido, a única coisa com que a eu ia me importar era em ser feliz com a mulher da minha vida.

                                 FIM

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