Chapter eighteen - Kill or die pt. I

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Lucy narrando

Manhattan, NYC.

Outubro de 2015.

Ataques aconteceram nessa maravilhosa ilha no coração da cidade de Nova York. Manhattan era gigante e, por si só, coisas muito estranhas aconteciam, como: vazamentos de gás, explosões em locais inusitados... Amanda e Quinn estavam pagando pessoalmente pelo mal que me causaram. Claro que não estava sozinha, Jessie me ajudava ao mesmo tempo em que cuidava do pequeno Nathan. Meu sobrinho era uma das coisas mais fofas que eu já tinha visto nascer nessa família. Mas ainda assim ela ajudava. E Nick fingia não ver e fingia não querer saber do que ele achava que era acidente. A revista Cosmopolitan ganhara uma sede totalmente remodelada, no coração de Manhattan. Melhor localizada, vigiada 24 horas por dia e maior. Mas esse era o menor dos meus problemas. Certo dia, Jennifer teve uma vontade súbita de tomar sorvete, então saímos de carro. Ela parecia animada com alguma coisa, falava sobre algo que não conseguia entender.

- Você não está prestando atenção em mim, Lulu. - cantarolou, divertida. Estava no banco do carona e tagarelava.

- Realmente não, você fala mais do que a sua boca pode comportar. - alfinetei, encarando a estrada - Mas consegui ouvir algumas partes e... Alex?

- Seu cunhado tem estado vulnerável demais depois que aquela patricinha sumiu. Eu adoro a Ellie e ela me adora também, então eu pensei... Por que não unir o útil ao agradável?

- Oh Jen... - comecei, erguendo as sobrancelhas. Ela tinha que arrumar um assunto super fora de contexto em horas impróprias - Não acho que Alex tenha... Foco para um amor agora.

Mas antes que Jennifer respondesse, um carro bateu no meu, impulsionando-me para frente. Antes de sair do carro para ver o que tinha acontecido, um homem veio até a minha janela, aborrecido.

- Você! - apontou para Jennifer, mostrando uma arma - Sai!

- Ela é minha irmã, não vou deixá-la. - Jennifer respondei, quase gaguejando de nervoso.

- Está tudo bem, querida. Vá logo. - acalmei-a, sorrindo docemente - Vá para longe daqui, Jen. E se proteja.

Jennifer saiu do carro contrariada e correu. O tal homem entrou em meu carro pelo carona e continuou apontando a arma para minha cabeça.

- Você sabe o significado da palavra discrição? - perguntei, sem encará-lo. O tal homem engatilhou a arma, ainda nervoso.

- O quê?

- Você tem me seguido há dias, tanto de carro quanto a pé. Parou na porta da minha casa e do meu trabalho. - continuei, sorrindo de canto - Quem te contratou pediu discrição e você não conseguiu cumprir a ordem.

- Cala essa boca ou eu atiro!

- Você tem que me levar viva, por favor... - revirei os olhos - Já até sei quem está por trás disso. - sussurrei, apertando o volante.

O tal homem me guiou até um endereço em Richmond, Virgínia. Cinco horas dirigindo. Nesse endereço, havia uma casa totalmente descuidada. Parecia clichê: um sequestro onde a mocinha é levada para longe em um endereço onde não mora mais ninguém. Já era fim de tarde e a rua estava deserta, e ameaçava cair uma chuva fora de época. Logo após passar pelo portal da casa, o tal homem me esbofeteou, fazendo com que eu caísse.

- Seu estúpido! - gritei, segurando o local do tapa. Aquilo só piorou porque ele me deu um murro. Eu não sabia porque estava apanhando, mas sabia que aquilo não ia ficar daquele jeito.

- Isso foi por ter sido rude comigo enquanto vínhamos para cá. Pode se preparar porque ainda tenho muito o que fazer. - ameaçou.

Quando ele passou por mim pela escada, ele tomou minha bolsa das minhas mãos. Pegou primeiro minha câmera e a colocou em cima da mesa e depois o meu celular. Girou o aparelho entre os dedos e sorriu, jogando-o contra a parede.

- Que triste que meu homem de confiança tenha quebrado o seu celular...

- Amanda, que triste que seu plano sombrio e sem fundamento vá acabar rápido. Esse sequestro não vai funcionar. - Amanda riu, debochada. Em seguida, se abaixou na minha frente segurando cordas grossas.

- Oh, não seja tão doce. Eu não pretendo pedir resgate por você.

- Você o quê...?

Mas antes que eu pudesse terminar a frase, senti uma picada no pescoço. Amanda me aplicava uma injeção esverdeada, meus pensamentos foram se dispersando... E eu apaguei.

*

Acordei no meio da noite sentindo frio. Minha visão estava embaçada, mas a audição ainda era aguçada.

- SURPRESA! - Amanda gritou, engatilhando uma arma bem no meio da minha testa.

- AMANDA, NÃO! - exclamei, jogando o corpo para trás. Estava amarrada em uma cadeira com as mãos para trás e as pernas amarradas também.

- Você tem medo de mim? - perguntou, travando a arma novamente. Estava claramente fora de si - RESPONDE!

- NÃO, EU NÃO TENHO!

- Pois deveria. Não sou confiável com armas.

Eu respirei fundo e ela engatilhou a arma, atirando no meu pé. Ela sorriu, envaidecida com o fato de poder apontar uma arma para mim.

- FILHA DA MÃE! VADIA DESPEITADA!

- Sabe quem está a caminho? Outra amiga sua, a Quinn. Ela teve um imprevisto, acho que ficou comprando alguns... Artefatos. - disse, olhando diretamente para mim. Eu não queria olhá-la, mas ela segurou minha cabeça com as duas mãos, dando uma risada gélida - Seu fim poderia ser diferente, Lucy. Se o Nicholas não tivesse se interessado por você, se ele não fosse tão... Ele mesmo, você até poderia viver. Você não o merece, Lucy!

- Amanda, por favor... - hesitei. Tentava não chorar devido a dor lancinante no pé, mas era impossível.

- E sabe o que mais me dá alegria? É que aquela sua filha birrenta e mimada também não merecia nascer. E ela não ia nascer, você sabe. Aquele veneno me custou muito caro, mas lá estavam vocês no hospital. E depois você engravidou de novo e eu vi uma grande oportunidade de matar você, seu feto horrendo e a estuprada. - cuspiu, enojada.

- Tome cuidado com as palavras, Amanda. Eu juro pela minha família que se eu sair viva daqui, você vai se ver comigo. - ofeguei, cerrando os olhos.

- Não se preocupe, você vai dar a sorte de sair em um saco de lixo daqui. Não deve durar muito agora. - disse, consultando o relógio. Eu franzi o cenho, estranhando o modo como ela falara - Oh, eu esqueci de dizer... Você está aqui há três dias. Bem, vou deixá-la aqui para pensar melhor na sua vida.

Três dias. Nenhuma forma de sair seja lá de onde eu estou. Nenhum sinal de policiaisde nas redondezas. Bastava esperar e formar um jeito de escapar de três pessoas em um local que eu não sabia onde era.

LoversOnde histórias criam vida. Descubra agora