Chapter nineteen - Kill or die pt. II

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Nick narrando

Três dias. Esse era o tempo que Lucy estava desaparecida. Jennifer tinha me dito que um homem havia batido no carro delas e disse para que ela saísse e deixasse apenas minha noiva no carro e não a viu mais. O celular estava desligado e Jessie não conseguiria rastreá-la.

- Ela TÊM que estar em algum lugar. Não pode ter sido tragada pela terra. - Meg esbravejou, batendo na mesa. Toda a família estava reunida na cozinha, notebooks ligados procurando pistas de Lucy. Jessie estava com as crianças no quintal, longe de toda a bagunça.


- Já tentei descobrir mais com a polícia, mas ninguém tem pistas dela.


- Pistas... - Loren sussurrou, puxando um notebook. Digitou meia dúzia de códigos em uma página.


- O que está fazendo, Loren? - minha mãe perguntou, franzindo o cenho.


- Anos namorando com um nerd me ajudaram a entrar no sistema de segurança do país. Lucy tem um GPS no carro também, mas deve ser difícil de rastreá-lo. Bem, o país tem câmeras em todos os locais que você pode imaginar, é para a segurança deles, não a nossa. Depois do atentado de 11 de setembro de 2001, isso se tornou comum. - explicou, dando de ombros. Continuou digitando um monte de códigos e eu já estava irritado com aquele barulho quando ela parou e sorriu - Voilà!


- O que foi? Você conseguiu? - perguntei, esperançoso. Ela sorriu e assentiu, apertando uma tecla.


- Bem, essas duas câmeras captaram o carro dela. E depois... Essa câmera na Virgínia.


- Richmond. O que demônios ela foi fazer lá? - caminhei para longe do notebook. Loren tentava puxar mais informações, mas não parecia satisfeita.


- O carro... Ele está em um endereço estranho em Richmond. - disse, coçando a bochecha. Anotou um endereço em um papel e me entregou - Não sei se ela está nesse lugar, você precisa conferir.

E eu o fiz, no dia seguinte. Max e Alex estavam comigo, alertas a qualquer movimento que pudesse existir. O carro de Lucy estava lá, mas nenhum sinal dela.

- Nick, vou checar o quarteirão e o carro, tudo bem? - Max perguntou e eu assenti. Ele saiu do carro e sumiu do meu campo de visão.


- Alex, você precisa encontrá-la. Não sei o que aconteceu com ela, mas... - hesitei, olhando o carro da minha noiva a alguns metros do carro do meu irmão - Traz ela de volta.


- Nós vamos trazê-la, meu irmão. Você vai ver.

Alex tinha porte para armas de fogo. Ele carregava uma pistola no porta luvas e logo saiu atrás do Max, a arma em punho. Então, um homem estranho surgiu no lado oposto da rua, armado também. Ali estava a raíz do problema. Antes que alguém atirasse, eu saí do carro, ouvindo um barulho de tiro abafado. Não parecia longe, vinha de uma casa velha. Max e Alex se entreolharam, correndo para ver o que era.

- NICK, A POLÍCIA! - Alex me alertou, fazendo com que eu pegasse o celular.

Houveram tiros, de dentro para fora da casa. Um atingiu o retrovisor retrovisor de um carro abandonado e outro atingiu o braço de Alex de raspão. Ele acenou com a cabeça para avisar que estava bem, mas o sangue já manchava a blusa verde dele. Max tentava desarmar o outro homem, sem sucesso enquanto eu me mantinha longe deles. Sabia que Jessie rastrearia meu celular onde eu estivesse. Estava escuro dentro do local e eu não sabia onde estava pisando. A polícia não chegava nunca e a hora passava. Não sabia quem estava com minha noiva e eu sentia meu coração perder o compasso toda vez que eu lembrava disso.

- NICK, É UMA EMBOSCADA! - a voz que eu mais queria ouvir nesse mundo soou, aflita. Lucy estava na janela de uma casa velha, tinha uma arma na cabeça e estava chorando.


- Meu amor, vai ficar tudo bem. Nós viemos te tirar daí.


- Não é assim, meu amor. Elas estão loucas... AI!


- O que foi? - perguntei, agoniado. Ela colocou a mão direita para fora, mostrando que estava lavada em sangue - Por favor, eu faço qualquer coisa, mas deixe a minha noiva Lucy sair daí. - Lucy foi empurrada e então... Amanda apareceu, apontando a arma em minha direção.


- Isso não é um sequestro, ela não merece viver! - exclamou, sorrindo em seguida - Nós vamos sair daqui e se morrermos, ela também vai morrer.

Nesse momento, a polícia chegou. A casa foi cercada por vários deles, com as armas em punho.

- Nicholas, não sei o que faz aqui! Ela não vai sair viva e você sabe disso.


- Quinn? Até você está nessa? - ofeguei, erguendo as sobrancelhas. Eu ia matá-la assim que eu colocasse minhas mãos nela.


- Tenho meus motivos. - gritou, rindo em seguida. Também estava fora de si.

O problema se deu horas depois. Amanda, Quinn e Lucy saíram da casa, uma algemada na outra. Lucy tinha alguma coisa amarrada na cintura, eu não sabia o que era. Os pés estavam machucados e a coxa esquerda também. Os braços pareciam mais frágeis do que antes. Amanda se soltou de Lucy, assim como Quinn e jogou minha noiva no carro dela, injetando um líquido no pescoço dela. Estava sendo dopada sem pestanejar. O carro foi perseguido pela polícia e por nós, saindo dos limites de Richmond.

- Nick, a estrada acaba daqui a alguns metros. - Max avisou, logo após observar o GPS do carro. Alex franziu o cenho, olhando o GPS.


- Max, freia esse carro! A estrada acaba logo na frente.

Os policiais cercaram o carro onde as três estavam. Nenhuma delas saiu do carro, o que preocupou a todos. Alex foi o primeiro a sair do carro e a correr para ver o que acontecia. Max saiu em seguida e me puxou pela gola da camisa, procurando um espaço para poder observar melhor. Amanda saiu do carro e puxou Lucy pelo cabelo, ela estava mole, não reagia aos puxões que recebia... E foi lançada no mar aberto atrás do fim da estrada. Era um precipício. Eu avancei por entre os policiais, vendo aquela cena em câmera lenta.

- EU VOU MATAR VOCÊS DUAS! - gritei, avançando em direção as duas. Alguns policiais fizeram o mesmo, certifcando-se de que era seguro.


- Não se você morrer primeiro, primo querido. - riu, apontando a arma para mim.

Ela atirou duas vezes. Um tiro atingiu meu abdômen e outro a minha perna esquerda. A última coisa nítida que eu vi foi o olhar vingativo e doentio dela antes de perder os sentidos.

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