Chapter four - Meg troublemaker

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February, 2014.

Muita coisa aconteceu em cinco semanas. Para começar, Nick e minha mãe haviam brigado feio e desde então eles não se falavam. Meu pai brigou com a minha mãe e ele saiu de casa e passou alguns dias conosco, indo morar com Loren, Jen e Hayley temporariamente. Mas o pior de tudo é a vadia da Amanda que continua dando em cima do meu noivo. Ela liga para a minha casa procurando por ele e eu sempre ignoro as piadas dela para o meu noivo, mas às vezes ela acaba passando dos limites. A criação do ensaio da Cosmopolitan segue em ritmo acelerado - acelerado demais para uma grávida, devo admitir -, o que me deixa muito animada para começar a fotografar. Nick me dá total apoio com ideias para esse grande ensaio e me anima quando eu penso que vou desistir. Jessie mantém sua preocupação a níveis extremos em relação ao meu estado atual - 16 semanas de puro enjoo e sono -, ainda que não seja necessário. Minha obstetra começou a brigar comigo porque eu não ganhava muito peso e ela até chegou a receitar alguns remédios, que também não resolveram nada, mas eu continuei tomando. Talvez fizesse efeito um pouco mais para frente.

*

Era dia da montagem da coleção Primavera-Verão 2014. Eu não tinha ido ao trabalho porque estava saindo de um resfriado, nada grave, mas meu corpo inteiro doía e eu não tinha condições de planejar quase nada por hoje. Estava deitada em uma fortaleza de travesseiros no sofá quando a campainha tocou. Eu revirei os olhos e consultei o relógio, mas não era a hora de Nick chegar. Dei de ombros e levantei, sentindo meu corpo doer. Estiquei a coluna e acariciei a barriga, indo abrir a porta.

- Filha, será que podemos conversar? - perguntou, respirando fundo

- Não, Meg, nós não podemos conversar.

- Por favor. Eu prometo não tomar muito o seu tempo. - Pediu. Ela torceu os dedos, nervosa, logo depois alisou os cabelos.

- Não. Pensei que Nick tivesse deixado bem claro que ele não queria que você se aproximasse de mim. E eu também não quero.

- Vamos lá, não seja infantil.

- Não estou sendo infantil, Meg. Eu não consigo aceitar as suas palavras, o modo como você disse, o que você disse. - Enfatizei a última parte. Ela me encarou, plenamente irritada.

- Ande Lucy, vamos conversar. Me deixe entrar.

- NÃO!

Eu tentei empurrar a porta, mas Meg empurrou de volta para poder entrar. Eu soltei a porta e ela imprimiu mais força ainda, me derrubando com metade da força que ela usou para abrir a porta.

- Eu não queria... Eu não... - Balbuciou, visivelmente atordoada. Ela se afastou, completamente nervosa.

- Droga, Meg! Saia da minha casa. AGORA! Ou eu chamo a polícia.

- Se você ao menos me escutasse... - Eu abri a boca para interrompê-la, mas senti uma pontada na base da barriga e gemi - O que houve? O que aconteceu?

- Uma pontada. Meg, eu não vou perder o meu bebê. Chama o segurança AGORA!

- Não quero problemas para mim, eu não quero...

Antes que ela terminasse a frase, eu pude ver Nick largar as chaves no chão e as compras do dia junto e olhar da sogra para mim.

- Me diz que você não encostou nela. - Rosnou.

- Eu juro que eu não queria. Não foi de propósito, eu juro.

- Nick, me leva para o médico. Eu senti uma pontada forte e eu estou com medo.

- Eu vou te ajudar a levantar, calma.

Nick me pegou no colo de forma sutil e me levou para a clínica onde eu costumo me consultar. Meg nos seguiu, atordoada pela culpa de algo acontecer a mim e ao bebê. Quando a drª Padoux me viu ali, veio até mim, estranhando a minha presença.

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