O sorriso perfeito - II

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Acordei cedo, iria ser um dia cansativo, iria atrás de emprego. Levantei, fui tomar meu banho para despertar, coloquei uma calça jeans, uma camisa manga longa e uma gravata– afinal estou cursando Direito, preciso causar uma boa impressão e conseguir um estagio – e desci para tomar meu café.

  - Bom dia meu filho – disse minha mãe ao me sentar na mesa e me dar um beijo na testa – dormiu bem?

 - Bom dia mãe, estou bem e você? – já tentei chama-la de senhora, e não obtive sucesso – Onde está todo mundo?

 - Seu pai saiu cedo para chegar no trabalho – disse ela enquanto arrumava a mesa para meu café – sua irmã ainda está deitada e  seu irmão já levantou e foi para seu primeiro dia de aula.

Terminei meu café e me levantei para sair, dei um beijo em minha mãe e fui para minha busca. Assim que sai de casa, me deparei com ele, um rapaz lindo, com um sorriso enorme e encantador, um pouco mais alto que eu, aparentemente a minha idade, estava com um jeans e uma camiseta preta que marcava seu corpo e deixava uma ponta de tatuagem aparecendo, que destacava sua pele banca, cabelo loiro claro e tinha uma barba por fazer, típico cara que deixavam as pessoas de boca aberta. Sem intenção me vi encarando e ele percebeu, virei o rosto pois fiquei com vergonha, e acho que meu rosto ruborizou.

Fiquei sem reação, quando percebi que ele estava vindo em minha direção, já estava pronto para pensar em uma resposta para a pergunta do tipo  “O que estava olhando?”, mas para minha surpresa ele abre aquele mesmo sorriso e pude ver aquele olhos cor de mel penetrantes, como se pudesse ver além de mim.

- Olá, bom dia! – disse ele estendendo a mão para mim – me chamo Mattheus, você mora aqui? Nunca te vi, por aqui.

- Oi, bom dia! – respondo meio tímido, retribuindo o aperto de mão – me chamo, Érick… sim eu e minha família nos mudamos a poucos dia.

- Seja bem-vindo Érick, moro aqui do lado – disse ele ainda sorrindo – qualquer dia podemos sair para conversar e nos conhecer melhor – ele olha para o relógio e percebe que está atrasado – nossa cara, desculpe estou atrasado para o trabalho, preciso ir, até mais?

- Claro, tudo bem pode ir, também estou indo, preciso conhecer a cidade e arrumar um emprego, até mais sim.

Ele sai em direção a sua casa, e eu sigo para o ponto de ônibus que ficava perto de casa, não iria chamar um  taxi até o centro e como meu pai já havia saído, perdi minha carona. Fico ali no ponto esperando um pouco, pois ainda faltavam uns 15 minutos para ele passar. Foi aí que então parou um carro, abriu a janela e para minha surpresa era Mattheus, com aquele sorriso de clarear um dia chuvoso.

 - Ei Érick, vai para o centro?

 - Vou -  disse meio nervoso

 - Entra aí, estou indo trabalhar e te dou uma carona até la – como se fosse possível, seu sorriso ficou ainda mais iluminado

- Acho melhor não … não…quero te atrapalhar – meu Deus,  o que estava acontecendo comigo? Já havia ficado com outros caras, mas nunca havia ficado tão nervoso perto de alguém, como ficava perto dele.

- Imagina, não atrapalha nem se quisesse – aqueles olhos penetrantes me olhavam, como se enxergasse minha alma – Será um enorme prazer, disse ele ainda me olhando e sorrindo.

Hesitei um pouco, mas entrei em seu carro.

Até a eternidade! (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora