Amor e Desejo - XXI (Parte 1)

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- S...sim – e quase que essa simples palavras não me saíram.

Mattheus abriu um sorriso de orelha a orelha, retirou a aliança e colocou em meu dedo, o que demorou um pouco, pois ambos estávamos com a mão tremula. Nunca poderia imaginar que ele faria isso para mim, aliás, pessoa alguma faria para mim. Retirei a aliança dele da caixinha e coloquei em seu dedo, depois disso nos beijamos. Um beijo calmo, apaixonado e cheio de sentimentos.

Separamos nossos lábios, devido a gritaria de nossa família em comemoração, mas ficamos com as testas coladas, um olhando fixamente nos olhos dos outros. Podia sentir sua respiração forte, ambos compartilhando o mesmo oxigênio.

Ele me abraçou forte e retribui. Como era bom seu cheiro. Eu realmente amava aquele homem, amava até demais e definitivamente tinha medo em perde-lo, embora conheça pouco ele. Mas acredito que assim como o infinito o amor não é composto por tempo e sim por intensidade. Esse pouco tempo que conheço ele, foi intenso, infinito.

Ficamos um tempo abraçados, podia sentir sua respiração ficando mais calma em meu ouvido, me arrepiando por estarmos tão perto. Ele pôs os lábios em meu ouvido e falou calmamente, me arrepiando da cabeça aos pés.

- Ainda não acabou a surpresa.

Me afasto para encará-lo e vejo um sorriso malicioso em seu rosto, em parte eu já deduzia o que nos aguardava. Nossas famílias, foram até nós e começou nos abraçar principalmente nossas mães. Olhei para minha irmã que sorria, como que estivesse orgulhosa de algum feito e aí que caiu minha ficha sobre sua participação nisso tudo. Ela saindo do carro dele ontem e ausência dela hoje de manhã. Apenas retribui seu sorriso e agradeci mentalmente.

Almoçamos todos juntos, Matt e eu sentamos um ao lado do outro e ficamos o almoço inteiro de mãos dadas ou suas mãos em minha coxa. Meu Deus, era tão bom sentir o toque dele. Conversamos muito, quase que a tarde toda, estávamos muito felizes, todos nós.

Por volta das 15:00 horas, a mãe de Matt disse que iria para sua casa, já que teria que ir trabalhar essa noite, por causa da troca de turno em sua empresa. Meu irmão foi para a sala com meu pai, minha irmã e minha mãe arrumar a cozinha. Ficamos apenas eu e ele, meu namorado – como era bom poder chamar ele assim – sentados na grama do quintal, embaixo da arvore que nos proporcionava uma enorme sombra. Estava deitado em colo, que por sua vez, fazia carinhos em meu cabelo.

- Nem estou acreditando nisso, nós dois aqui, bem – disse olhando seus olhos.

- Posso provar que é verdade, quer ver? – me respondeu com um sorriso e assenti com a cabeça, esperando um beijo ou algo do tipo, mas senti um beliscão em meu braço.

- Ai, filho da mãe, já vi que é verdade – disse manhoso, passando a mão no lugar em que levei o beliscão.

Ele riu da minha cara, depois selou nossos lábios. Como era bom beijá-lo. Ficamos assim o resto da tarde, nem vi que estava começando a escurecer. Não queria que aquele momento acabasse, não queria ter que ver ele ir embora e esperar até amanhã para vê-lo de novo.

- Levanta, vamos

- Vamos onde? – olhei para ele confuso

- Lembra que te disse que não havia acabado? Então está na hora de irmos – disse ele sorrindo, acabei assentindo.

- Só vou trocar de roupa e vamos – peguei sua mão e o puxei, seguindo para porta da cozinha, mas ele ficou parado me puxando de volta, o olhei confuso mais uma vez.

- Não precisa, está perfeito assim, agora vamos – e me puxou.

Nem consegui avisar minha mãe, embora suspeitasse de que ela já estava ciente, como todos menos eu. Seguimos até a frente de minha casa de mãos dadas, atravessamos a rua em direção sua casa e eu não estava mais entendendo, só estava nervoso.

Paramos em frente sua casa, ele me olha com um sorriso enorme, de criança travessa. Matt coloca a mão no bolso e de lá tira uma venda preta e me oferece, me pedindo para coloca-la. Resisti no começo, mas acabei aceitando. Escuto ele abrindo a porta e me puxar para dentro. Não estava enxergando nada e meu nervosismo só aumentava.

- Promete não espiar? – pude perceber que ele ainda estava sorrindo

- Prometo – respondi e ganhei um beijo.

Matt começou a me guiar, não sabia para onde estava indo e odiava isso. Caminhamos um pouco e subimos a escada, deduzi que iriamos para seu quarto, caminhamos mais um pouco e escuto ele sussurrar em meu ouvido.

- Espera aqui e não espia – me arrepie novamente.

Escuto uma porta se fechar e percebo estar sozinho no corredor. O que ele estaria aprontando? Estava começando a ficar muito nervoso e ansiedade já tomava conta de mim. Escuto a porta se abrir novamente, ele me puxa devagar para seu quarto e fecha a porta. Me abraçou por trás e aos poucos foi tirando minha venda. Não acreditei no que vi.

Seu quarto estava cheio de velas espalhadas, algumas pétalas de rosa estavam sobre sua cama e pelo chão. Perto de sua cama, tinha uma garrafa de champanhe e alguns morangos. Com certeza, tinha dedo da minha irmã novamente. Ainda me abraçando me disse:

- Eu te amo Érick – disse baixinho em meu ouvido, como se me confiasse um segredo – quero te fazer o homem mais feliz deste mundo. Me virei o beijei.


Até a eternidade! (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora