Segredos do Passado (Karlena/You)

Capítulo 3 - Sempre perto de você

✨Capítulo não revisado✨

S/n pov

Kara inventou de tirar o dia para passar comigo e eu havia amado essa ideia, e eu não sei o porquê mas agradeci por Lena ter ido trabalhar, as coisas estavam muito confusas para mim e eu não queria ter que evitar a sua presença ao máximo possível. Eu não sabia o que estava acontecendo e o porquê.

Mas felizmente o dia tinha sido agradável o suficiente para eu estar melhor em comparação a algumas horas atrás.

Neste momento eu estava ajudando Kara a organizar e trocar alguns livros da estante da sala, eu acabei me interessando por alguns e ela disse que eu poderia colocar eles junto com os meus do meu quarto, estava tudo indo as mil maravilhas e eu até já havia esquecido por um momento dos incidentes anteriores. Até escutar aquela voz.

Eu vou sempre estar perto de você!

Um sussurro estridente pairava sobre o ambiente e eu me perguntava se Kara estava o escutando também.

- Mãe, você escutou isso também? - Olho para os lados.

- Escutei o quê? - Varreu seus olhos por toda a sala.

- Nada...esquece, acho que foi algum barulho na rua.

- Estranho, não escutei nada. - Kara deu de ombros.

- Sabe, a medida em que as pessoas vão envelhecendo elas escutam menos, sabia? - Tento cortar o clima tenso que tentava se apossar do meu corpo.

- Mas olha... - Kara deixou seus olhos semicerrados me fazendo gargalhar. - Eu sou bem jovem ainda, mocinha. - Ajeitou seus óculos.

- Mas é claro. A senhora tem muita vitalidade ainda.

- Senhora? - Kara se alarmou espantada. - Eu tenho mais disposição do que você e a Lena juntas.

- Tem certeza? - Ouvimos a voz da mesma e nos viramos assustadas.

- Ah...Oi, mãe. - Retribuí o abraço apertado que ela me deu.

- Mãe, eu vou levar os livros. - Aviso para Kara antes de me retirar do cômodo levando os mesmos para o meu quarto.

À caminho do corredor enqunto eu andava em passadas rápidas e respiração desregulada, eu tentava fechar os meus olhos tentando me acalmar, apertei os livros contra o peito como se aquilo me protegesse de alguma forma. Eu não queria admitir que eu sai corrida de lá como o diabo foge da cruz, falando em diabo. Quando eu abri meus olhos na tentativa de me acalmar, eu enxerguei a mesma mulher parada em minha frente. Soltei um suspiro apavorado e deixei com que os livros se espatifassem sobre o carpete do corredor, um frio percorreu minha espinha e meu coração batia sem controle, quando menos me dei conta eu estava de olhos fechados grudada na parede mais próxima que eu havia encontrado, com a cabeça sobre os joelhos e as mãos tampando os meus ouvidos.

Você não pode fugir...sua mãe vai pagar caro por isso, eu vou estar sempre por perto.

- Não, por favor...para. - Sussurrava entre lágrimas. - Para, para, por favor. - Apertava meus olhos com força.

- S/n? - Ouvi a voz de Kara e um alívio pode ser sentido. - Meu bem, o quê houve? - Pelo som da voz próxima presumi que ela estivesse agachada ao meu lado.

- Está acontecendo de novo, mãe.

- A mulher?

- Sim... - Assenti com o rosto ainda escondido.

- Vem cá, vamos. - Me levantou com cuidado e me levou até o meu quarto antes que Lena visse algo.

- Eu não sei o que fazer... - Solucei e ela me abraçou.