O medo rastejava em suas veias como um veneno mortal, os seus olhos pestanejavam ao ritmo dos seus batimentos cardíaca a medida que percebera que estava se aproximando do rei, que lhe encarava com a mais pura devassidão sexual impregnado naqueles olhos pecaminosos
Um suspiro angustioso foi desamparado pelos seus lábios pequenos carnudos, enquanto que os seus órgãos de visão notavam que o homem sentando no trono luxuoso, que era todo revertido de ouro maciço tinha o tripulo da sua idade e que estava completamente a cima do peso.
- Papai...- invocou em um peditório desesperador implorando por clemencia para o seu progenitor que a levava até ao altar As suas unhas emperraram com profundidade na pele do homem cujo o pigmento de pele não passava do marrom- escuro.
Ela ainda estava na flor da idade, tinha tanto para aprender, tanto para viver.
Não queria ter um marido e muito menos ter filhos, isso nunca fora o seu desejo.
Nunca!
Tudo isso foram impostos sem o seu consentimento, sem a sua aprovação
Não era justoMas o que poderia fazer?
Carregava um reino inteiro nas costas, a paz dependia de si, daquele matrimonio imposto e de gerar um filho.
Um filho para solidificar a aliança entre os dois povos inimigos
Um filho que era sinônimo de estabilidade para os dois reinos, que será um pacto inquebrável.
- Nada de birra Anaya , não és mais uma criança, comporta-se. - a voz do homem era lenta e fria, as palavras foram proferidas com os dentes cerrados, sem mexer os lábios e sem desviar o olhar do altar.
O semblante era glacial como sempre indicando claramente que era homem de poucas palavras. O seu porto físico fruto de uma genética fenomenal, enganava os olhos dos desavisados que juravam que ele era mais jovem, a cara de touro enraivecido intimidava qualquer um.
Donga era alto com os musculo ainda bem definido apesar dos seus 59 anos, com a cabeça raspada e sem nenhum fio de barba para contar história.
Era o líder de Tombwa, um reino extremamente rico mas que a sua economia estava afetada devido a guerra suscitada por aqueles malditos Gardeneses que achavam ser os possuidores do mundo O ódio para com aquele povo perambulava em suas emoções como tal, não era sensato deixar-se levar por ela.
Havia feito um acordo, unir os dois povos em um matrimonio, acabar com a guerra e unir forças. Dessa forma ninguém sairia a perder.
Porém, A princesa não queria casar com aquele homem, mas também não podia desaceita-lo.
Por céus! Isso seria uma tamanha ofensa ao ilustre rei de Gardener e em seguida uma terrível guerra começaria.Não era isso que a princesa queria.
O seu povo já estava sofrendo o suficiente não precisava mais de uma guerra.Suspirou e respirou fundo tentando ter o domínio dos seus pés que não paravam de tremer em desespero.
O seu coração caiu ao nível zero quando o pai fez uma reverencia ao rei e logo se afastou dela dando alguns passos para trás.
Os olhos cor de café ficaram apavorados quando vira dois guardas ajudarem o homem cujo os cabelos que outrora eram loiros evaporem da cabeça como areia que o vento levava.
O sorriso amarelo que revelaram algumas faltas de dentes na boca fizera a náuseas tomarem conta do seu interior e descaiu os olhos para não sair dai correndo e arruinar tudo.
- Da última vez que a vi era uma criança de cinco anos. -a voz grave ecoou em seus ouvidos fazendo o corpo enrijecer
-Agora és uma linda mulher. -os olhos azuis percorreram pelo seu corpo sem pudor a fazendo engolir em seco.
- Começa, não vejo a hora de estar a sós com a minha nova rainha -proferiu para o arcebispo e logo lançou um sorriso encardido revelando a sua preguiça e falta de higiene com a sua boca.
A princesa de Tombwa engoliu em seco com os olhos arregalados e de imediatos desviou o seu olhar para o arcebispo que não tardou em falar fazendo todas as células esmorecerem.
- Estamos aqui reunidos para testemunharmos essa união entre dois povos irmãos representando pelo o glorioso rei de Gardener e a princesa de Tombwa- o arcebispo deu partida fazendo o seu sangue congelar.
Ela respirou fundo tentando não entrar em pânico sabia que seria um sacrifício, sempre fora preparada para aquele dia, só não imaginava que seria tão custoso estar ai ainda mais perante aquele homem que lhe causava náuseas e nojo.
Achava que estava preparada para esse dia mas agora estando ai perante aquele nauseabundo percebeu que tudo que queria fazer era sair dai correndo e nunca mais voltar.
Mas não podia a sua missão de vida era casar e gerar um príncipe como uma forma de selar definitivamente para toda eternidade aquele laço entre os dois povos rivais Não seria uma atitude racional ainda mais de uma princesa que em toda a sua vida fora preparada para aquela ocasião
- Pode beijar a noiva...Essas palavras foram a pior coisa que os seus ouvidos tiveram o desgosto de ouvir.
O seu sangue afogou-se em suas veias e os olhos olharam o homem que entortou os lábios para a lateral revelando os inúmeros dentes podres que habitavam aquela caverna que chamavam de boca.
As mão gordas acariciaram as suas bochechas a fazendo sentir o toque gelado que arrepiou as suas espinhas. Encolheu os ombros enquanto sentia os lábios ressecados em se aproximar cada vez mais.
Que nojo.
Que nojo!
O subconsciente esbravejou em seus ouvidos a fazendo apertar os olhos com força ao mesmo tempo em que sentiu os lábios nos seus a levando a enrijecer os seus músculos enquanto a mão se fechava em um punho fazendo esforço da alma para não empurra-lo.
Sentiu o ar invadir os seus pulmões quando finalmente ele tivera se afastado.
Trombetas foram tocadas e uma onda de salva de palmas retumbaram em seus órgãos de audição.
- vida longa aos reis! -todos disseram em uníssono.
E uma lagrima escorreu solitariamente pelos seus olhos percebendo que aquilo ainda era o início, e que passaria o resto da sua vida ao lado daquele homem.
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A Rainha Sou Eu!
Fiksi SejarahClayton, era um ser imperturbável, frio, apático e austero, que foi afastado da mulher que ama para cumprir uma lei que fizera o seu coração sangrar aos pedaços. Agora todo ódio que assolava aquele coração deficiente, era depositado naquela estrang...