Freedom And Not Peace - Livro IV

Aliança e Desafio

Um ano desde sua primeira transformação. Um ano desde sua primeira lua cheia.

Essa era a essência dos pensamentos de Hawthorn Parkinson enquanto ela se preparava para ir ao Ministério e se encontrar com Potter. Oh, fisicamente ela estava de frente para um espelho e usando uma fita clara para amarrar o cabelo loiro do rosto, mas mentalmente ela estava de volta ao galpão de armazenamento onde fez seu marido e filha prendê-la, uma besta sem Mata-cão, latindo e rasgando as paredes.

Um ano atrás, neste dia, ela nem tinha certeza de que queria viver. No momento, ela não conseguia imaginar nada que quisesse mais.

Ela arrumou cuidadosamente a fita apontando para um lado e então se virou para a sala de boas-vindas onde Elfrida estava esperando do outro lado da lareira Gringotes. Ela parou quando viu a figura escura de seu marido, Dragonsbane, no caminho. Normalmente ele a teria deixado ir sem questionar. Os necromantes tendiam a evitar as multidões, em parte porque ainda havia preconceitos contra e inquietação ao seu redor, e em parte porque era cansativo para eles saber quando cada bruxa e bruxo que viam morreria.

No entanto, aqui estava Dragonsbane, parado com determinação, de uma maneira que significava que ele queria ir com ela.

Você está certo? Hawthorn perguntou a ele com as mãos. Ele não podia falar em voz alta com ela, exceto em duas noites do ano, Halloween e Walpurgis.

Dragonsbane fez um movimento sutil dentro de seu capuz preto que indicava um aceno de cabeça. Ele estendeu o braço para ela.

Hawthorn sorriu e o pegou, beijando-o na bochecha, ou o pano que cobria sua bochecha, enquanto eles avançavam para a sala de boas-vindas. Ela nunca perguntou a ele quando ela morreria, embora ela soubesse que ele viu; ela nunca sentiu a tentação de saber. Vivíamos perigosamente e vivíamos dia após dia. Hawthorn preferia o último, embora ela sempre mantivesse um olho no futuro.

A cabeça de Elfrida ainda pairava nas chamas, a de uma bruxa bonita e pálida com cabelo loiro acinzentado e olhos azuis muito grandes. "Vocês dois estão passando?" ela perguntou, olhando para Dragonsbane.

Hawthorn acenou com a cabeça.

Elfrida piscou e depois encolheu os ombros. "Digam Gringotes Quarto", ela os instruiu, e puxou a cabeça para fora das chamas.

Hawthorn juntou uma pitada de Pó de Flu do prato em cima do manto, mas antes que ela pudesse jogá-lo nas chamas, Pansy os interrompeu, pisando recatadamente pela porta do outro lado da sala. "Você está indo para o Ministério, Mãe, Pai?" Sua voz ficou surpresa com o segundo nome, mas no momento em que Hawthorn se virou e olhou para ela, ela o escondeu. Hawthorn sorriu. Sua filha era bem treinada e conhecia todas as cortesias de sangue puro. O que alguns dos amigos de Hawthorn a chamavam de "educação incomum" havia adicionado à vida de Pansy e não a tirado dela.

"Sim, meu querido", disse ela, estendendo a mão. Pansy veio e imediatamente ficou com a bochecha ao lado dele, sem tocá-lo. Hawthorn se inclinou mais perto e deu uma fungada profunda. Um dos poucos prazeres que veio com sua maldição de lobisomem foi aprender a cheirar os outros - tanto seus aromas adicionados, quanto como eles cheiravam por baixo. Pansy era perfume e carne rica e forte. "Houve um incidente com o Ministro e Harry Potter. Podemos ter ido embora algum tempo."

Pansy assentiu solenemente, mas não pediu para se juntar a eles. Ela era a herdeira de sangue de sua mãe, mas não sua herdeira mágica, e os encontros políticos formais com aliados eram restritos aos mágicos, o tipo mais importante. "Claro, mãe. Vou pedir aos elfos domésticos que preparem algo para mim."