Primeiro dia

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Pov S/N
Mais um endereço, dentre tantos outros que já tivemos. Eu nasci com poderes, e eles aumentaram com o passar dos anos, agora tem sido difícil me controlar e conciliar uma vida normal.

Por isso, minha mãe cogitou procurarmos a ajuda dos vingadores, sinceramente eu não sei se eles vão me dar atenção, eu não pretendo ser nenhuma heroína.

Pov Narrador
S/N e sua mãe se acomodaram em um pequeno apartamento, durante todo o final de semana tiraram coisas de caixas e tentaram organizar o ambiente.

Hoje é segunda-feira, sua mãe tentaria entrar em contato com os vingadores, e para S/N seria só mais um primeiro dia de aula em uma escola nova, mas era seu ano de formatura então algumas coisas sairiam diferentes.

A escola estava agitada com preparativos para um baile, era final do semestre e ninguém pareceu notar uma aluna nova, o que foi um grande alívio. Os professores somente perguntaram seu nome.

Não foi difícil acompanhar as aulas, até a educação física. Os grupos todos formados, cada um com uma bola em mãos. No início o jogo de queimada estava normal, até que os mais fortes começaram a perseguir os mais fracos. S/N começou a ficar desconfortável, uma ansiedade tomando conta de si. Até que uma bola veio muito rápido em sua direção, mas a bola parou no ar a centímetros do seu nariz, e quicou no chão.

Aquilo era demais.

Pov S/N
Eu corri, corri sem saber onde estava indo, não queria me descontrolar agora, num lugar onde o dia todo ninguém havia me notado, estava indo tão bem. Sentei embaixo de uma escada e deixei que algumas lágrimas escorressem. De repente eu ouço o barulho muito baixo de passos no corredor, passos calmos e lentos. Alguém estava procurando algo e não queria ser notado.

— Oi, você está bem?

— Sim, desculpa já estou saindo.

Disse me levantando do meu esconderijo e andando rápido pelo corredor.

— A aula acabou, o vestiário é para o outro lado.

Me virei devagar, um menino magro, com olhos de filhotinho. Não parecia ser maldoso.

— Claro, estou com a cabeça meio aérea.
Andamos juntos até a porta do vestiário feminino.

— Eu sou o Peter, se precisar de alguma coisa, eu e meus amigos vamos ficar felizes em ajudar.

— Obrigada Peter, eu sou a S/N.

Entrei no vestiário e me arrumei para voltar pra casa.

Pov Narrador
Peter estava perto, ele sentiu o que aconteceu. Ele viu a bola parando e quicando, mas quando a encontrou assustada e chorando, percebeu que ela não era má.

S/N chegou em casa esperando por boas notícias que não vieram.

— Mãe conseguiu?

— Oi filha, eu fiz massa para o jantar.

— E o assunto que eu perguntei?

— Parece que não é tão fácil pedir a ajuda deles, eles precisam nos encontrar. Mas eu vou continuar tentando. Achei que você não queria ajuda.

— Eu quero ajuda, não quero alimentar falsas esperanças, eu quase fiz besteira hoje.

— Como você disse, quase, precisa ser mais positiva.

O restante da noite foi comentando sobre nomes e diferenças da nova escola. No dia seguinte S/N estaria disposta a dar o melhor de si.

E tudo correu bem até a hora do almoço, matérias não muito difíceis, ninguém prestando atenção nela além de conversas educadas, na fila para o almoço Peter para ao seu lado.

Meu professor Onde histórias criam vida. Descubra agora