Distância 2

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S/N tirou alguns cochilos na janela, esperou durante toda noite de sábado, e acordou com os primeiros raios de sol no seu rosto.

Foi até o quarto de Bucky e bateu na porta, mas ninguém atendeu. Buscou algumas frutas na cozinha e retomou seu posto na janela, aguardando e tirando alguns cochilos enquanto esperava.

Seu coração estava muito angustiado, e se ele estivesse ferido? Se ela ao menos soubesse onde estavam seria mais fácil.

Na madrugada de segunda-feira ela despertou de seu sono ouvindo barulhos no corredor, Bucky estava lá, com aspecto cansado e triste. Parado no início do corredor de olhar perdido.
S/N correu até ele e o abraçou.

— Eu me preocupei com você.

Mas nada, nenhuma resposta, ou retribuição. S/N se afastou e o olhou, mas a única reação dele foi andar até o corredor do seu quarto.

S/N se sentia esquecida, nunca lembrou de ter se sentido tão pequena antes. Mas ele estava bem, talvez cansado. Então foi até seu quarto e tomou banho, dormindo de verdade pela primeira vez desde que eles haviam saído.

No dia seguinte S/N não foi ao treino pela manhã, nem a aula. Mas em certo horário da tarde já não conseguia mais ficar parada em seu quarto.

O cansaço já havia ido embora, agora só restava raiva. Então foi até a piscina, no corredor da academia havia uma porta para uma grande piscina olímpica.

Ali na água, seus sentidos ficavam mais tranquilos, então começou a nadar, calculando seu tempo, e o melhorando.

Depois de algum tempo Peter abre a porta:

— Então você está viva e bem! Bom saber.

— O que você quer Parker?

— Então agora eu sou Parker?

— Eu não tive um final de semana fácil, e não tinha paciência para outra coisa então faça algo de útil e calcule meu tempo. — respondeu S/N pulando na piscina.

— E então? — perguntou quando chegou do outro lado.

— O melhor tempo que eu já te vi fazer!

— Então pode ficar melhor ainda! — Se concentrou e mergulhou mais uma vez.

— Uau S/N! Realmente! — disse um Peter empolgado quando ela chegou ao outro lado novamente.

Bucky estava a caminho da academia e ouviu o que Peter disse através da porta. Abriu a porta furioso e encontrou um Peter abaixado próximo a piscina e S/N nadando. Ela era muito boa nisso.

— S/N treino! — gritou e saiu batendo a porta.

— Acho que ele não gosta de mim. — disse um Peter fazendo piada.

— Nem de mim Peter, nem de mim.

— Tudo bem?

— Tudo, vou ir para o treino, nos vemos amanhã.

— Até mais S/N.

S/N entrou na academia com seu biquíni de natação e foi até o vestiário se trocar. Bucky não falou nada, apenas a olhou.

O tratamento de Bucky estava extremamente frio e distante, o que deixava S/N triste e desconcentrada. Hoje eles estavam treinando tiro, que não era uma especialidade dela.

— Porra S/N! Foco! — S/N tentou ignorar sua presença e acertar o alvo, mas nunca acertava exatamente onde deveria.

Nos próximos dias as coisas não melhoravam, Bucky a tratava como uma desconhecida, as poucas palavras que trocaram eram cobranças nos treinos.

S/N estava cansada, sentia seu coração despedaçar a cada olhar que não era retribuído.

Seus amigos notaram que estava desanimada, mas ela sempre colocava a culpa nos treinos e cansaço. Então procurou uma pessoa diferente.
S/N bate na porta.

— Sim? — a voz feminina responde. E S/N abre a porta com cuidado.

— Oi Nath, eu preciso da sua ajuda pra uma coisa.

— Claro querida! O que?

— Eu acho que eu travei um pouco nas lutas corporais, você poderia treinar comigo um ou dois dias? Me ensinar algumas coisas de repente.

— Claro! Eu adoraria, mas o soldado não está fazendo isso?

— Está, eu evolui bastante, mas talvez uma segunda opinião seria boa.

– Certo, então amanhã às cinco nós vamos até a academia.

— Muito obrigada Nath!

— Disponha.

O treino da manhã seguinte foi uma tortura, Bucky parecia estar com raiva de S/N.

E estava, ficar longe dela não estava sendo fácil para ele. Bucky lançou mais pensamentos do que nunca, todos relacionados a guerra e lutas. S/N estava sentada e Bucky em pé a olhando.

Ela gritava e se segurava na mesa tentando repelir os pensamentos de Bucky.

— Vamos pirralha! Foco!

Pov S/N
Ótimo agora eu volto a ser a pirralha, tudo em mim dói, não só a cabeça.

Pov Bucky
Eu não consigo ficar perto dela, e agora nem assim eu posso me concentrar, sua expressão e seus gritos estão tirando a minha concentração.

Me viro de costas e tento não prestar atenção, mas meu corpo não me obedece. Então decidi parar.

— Chega por hoje, pode ir.

— Eu preciso avisar uma coisa.

Me viro para ela esperando.

— Nath vai me me treinar hoje.

— Como? — Ela não vai se livrar de mim assim tão fácil.

— Eu pedi para ela me ajudar nos treinos físicos as vezes.

— Ótimo pode sair. — Inacreditável, depois de todo o esforço que eu faço para ficar longe. Aquilo foi uma expressão de alívio?

Pov Narrador
Mais tarde, S/N e Natasha estão indo para a academia e encontram Bucky no caminho.

— Olá soldado.

— Oi Natasha, espero que não se importe de eu assistir.

— Imagina. — S/N o olha desacreditada.

Quando estão entrando na academia, Natasha vai na frente para o ringue e S/N vai a seguindo não antes de ouvir Bucky sussurrar em seu ouvido:

— Você está linda hoje babygirl.

Meu professor Onde histórias criam vida. Descubra agora