𝙊𝙐𝙍 𝙇𝙄𝙏𝙏𝙇𝙀 𝙊𝙉𝙀

one: the graduation.

EMMA FISHER

Comecei a faculdade de arquitetura há cinco anos atrás e honestamente foram os anos mais longos de toda a minha vida. Desde pequena fui apaixonada por desenhar, era a minha válvula de escape, assim como assistir programas, estilo irmãos a obra, a paixão por casas veio com o tempo.

Quando decidi que meu sonho era ser arquiteta, comecei a estudar horrores durante o ensino médio para passar em uma das melhores faculdades de New York, quando consegui, me tornei uma viciada em livros e cadernos, festas eram apenas nos finais de semana.

A sensação de liberdade toma conta de mim ao jogar o capelo para o alto, meus olhos caminham pelo salão e param em minha melhor amiga Sabrina, abro o maior sorriso possível e percebo que ela responde com uma piscadinha.

Sabrina Granham era definitivamente uma das melhores pessoas que eu já conheci em toda a minha vida.

Somos o oposto uma da outra e talvez isso que nos tornou mais próximas do que nunca, nos tornamos vizinhas em um prédio nada luxuoso e começamos a trabalhar juntas em uma lanchonete, aliás não poderíamos ficar na asa de nossos pais para sempre.

Evelyn Leblanc começou a cumprimentar os formandos, era uma das mulheres mais admiráveis da indústria e sem dúvidas uma das melhores arquitetas do mundo. Mesmo com todos sabendo que ela estava passando por um momento difícil, o sorriso não saia do seu rosto.

Evelyn se aproxima. - Parabéns pelo diploma menina bonita, lembro de ver sua foto na lista de alunos destaques algumas vezes. - Ela me abraça e eu retribuo.

- Obrigada Senhora Leblanc, pode ter certeza que me esforcei muito para isso. - Respondo e ela sorri mas logo caminha até os outros formandos.

Segundo Jade, minha irmã obcecada por cada passo que essa família dá e gerente de marketing da empresa Leblanc Architecture, Evelyn era a segunda esposa de Nathaniel e mãe de dois de seus filhos.

Era fácil para Jade descrever os membros da família; ricos, bonitos, exigentes e gostosos.

Sabrina corre até mim batendo palmas, cubro meu rosto com vergonha. - Pelo jeito que Evy me abraçou eu tenho certeza que eu daria uma ótima funcionária da empresa. - Quando eu disse que somos o oposto uma da outra, era disso que eu estava falando.

- Tenho certeza que vou precisar lutar muito para respirar perto daquele lugar. - Sabrina revira os olhos com o meu pessimismo.

- Pare com isso! Iremos trabalhar juntinhas e nossos escritórios serão tipo nossos apartamentos, um do lado do outro. - Meu sorriso aparece e ela me abraça.

- Por que diabos você está a chamando de Evy? - Franzo a testa.

- Alguns professores a chamam assim. - Ela explica e dou risada. Por que as pessoas insistem em babar essas pessoas?

Caminhamos juntas até os meus pais e vejo minha mãe limpar suas pequenas lágrimas com um pedaço de pano azul.

- Minha filha, você estava tão linda. - Mamãe alega com um sorriso no rosto.

- Mal posso acreditar que minha pequena cresceu. - Jade interrompe e quase joga o meu pai no chão ao correr para me envolver em seus braços finos.