Após a morte de seu pai, Tayler o mais velho dos irmãos precisa começar a cumprir suas obrigações na empresa da família mas para assumir o seu cargo, ele precisa de um herdeiro mas o problema é que o jovem não tem o desejo de formar uma família e mu...
Eu nunca desejei estar ficando maluca, mas hoje eu preferia me internar a acreditar que isso realmente estava acontecendo.
Eric Santoro era o diabo, o meu diabo pessoal e graças ao meu irmão eu vou ser obrigada a trabalhar com ele todos os dias.
Desde que Emma completou nove meses, Tayler deu uma pequena pausa nos trabalhos, deixando tudo para mim, ou seja, completamente sobrecarregada.
Não tem como falar de Eric sem lembrar do meu ensino médio e do quanto ele pertubou cada segundo da minha vida. Nossos pais sempre tiveram negócios juntos, engenheiros e arquitetos querendo ou não, se encaixavam.
Eu era obrigada a vê-lo constantemente e com isso sempre era apedrejada com as suas implicâncias, eu não era feia, mas Eric sempre esteve lá para falar da minha aparência e destruir completamente os meus dias.
Agora, na minha sala, estou com o contrato de Eric em minhas mãos, apenas esperando ele chegar para assinar.
Tayler deveria lidar com essa situação já que ele que insistiu para Eric trabalhar na nossa empresa, mas agora sua preocupação é cuidar sa sua nova família.
Quando o meu telefone toca sinto meu corpo arrepiar de uma forma estranha.
— Bom dia Íris, chegou um bonitão querendo falar com você. — Levanto as minhas sobrancelhas quando escuto a voz de Sabrina.
— Cadê a minha assistente? — Ignoro o seu aviso e pergunto com o tom de voz ríspido.
— Não veio hoje, acho que está passando mal. — Reviro os olhos, eu havia me esquecido totalmente disso. — Agora me diz, quem é esse? — Eu sinto meu coração acelerar e minha garganta fechar.
Eu evitei lembrar de sua existência até ontem, não pude evitar de fazer umas pesquisas. O diabo está lindo, com um corpo exuberante, mas isso não muda nada já que sua personalidade com certeza continua a mesma.
— Pode mandar entrar, Sabrina. — Ignoro todas as suas piadas sobre ele ser um galã de novela e foco no que realmente importa, o meu trabalho.
Sabrina é a melhor amiga da minha cunhada, ela praticamente veio de brinde e entrou para a nossa família. Eu gosto dela, as vezes não parece, mas ela é quase uma amiga para mim.
Não demora muito para escutar uma batida na porta, que foi praticamente inútil já que Eric abriu sem esperar a minha resposta.
Eu travo completamente, ele está vestido em uma camisa social azul e calça preta. Fecho os meus olhos e abro novamente para ter a total certeza do que estava vendo.
— Bom dia. — Ele faz parecer uma pergunta, com a sua testa franzida. Eu me recomponho na cadeira e conserto a minha postura.
Não respondo, coloco o meu óculos no rosto e começo a fingir analisar o seu contrato no qual eu já li algumas vezes.
— Tayler enviou uma cópia para você, acredito que já tenha lido. — Vou direto ao assunto, para acabarmos com isso logo.
— Pode falar. — Ainda evito olhar em seus olhos.
— A construção do novo shopping de New York é um projeto muito importante para mim, eu preciso de todo o foco e atenção da sua equipe para fazermos isso funcionar. — Eric diz no tom de voz mais autoritário possível, me irritando muito.
— Eu sou a melhor no que eu faço, com isso, tenho a melhor equipe. — Respondo, agora sim, olhado bem no fundo dos seus olhos. — Mas quero saber se você está tão apto quanto eu. — Vejo Santoro mordendo levemente as suas bochechas.
Exatamente igual ao ensino médio, ele sempre fazia isso quando estava irritado.
— Você está falando com o melhor engenheiro civil dessa cidade, Íris. — Levanto as sobrancelhas, quanta humildade! — Me passa o nome da sua equipe, quero saber com quem eu vou trabalhar. — Quase reviro os olhos, por que essa praga de homem não confia em mim?
— Emma Fisher. — Claro que eu iria colocar a minha cunhada nisso, ela é muito boa. — No momento ela está de licença maternidade, mas até o projeto se iniciar, creio que a bebê já estará até com um ano. — Explico, não que seja preciso, mas faço.
— A rainha do nepotismo. — Escuto ele dizer baixo, com certeza na intenção de eu não escutar.
Ignoro totalmente o seu comentário.
— Sabrina Graham. — De verdade, no momento ela é uma das melhores na nossa empresa, meu braço direito.
— A sua assistente gostosa? — Eric quase grita, me assusto, que homem mais desnecessário.
Respiro muito fundo.
— Sabrina não é minha assistente, foi um pequeno engano. — Não me esforço para explicar, entenda como quiser. — E um homem tão profissional como você não deveria fazer esse tipo de comentário, pode ser considerado assédio. — Provoco, eu estava pouco me fodendo se ele achava a minha amiga gostosa.
— Não estou fazendo esse comentário a qualquer pessoa, você é minha amiga de infância. — Agora não hesito em revirar os meus olhos, ele diz isso em um tom de deboche nojento.
— Então não faça. — Sou direta, não quero conversar com ele sobre coisas além do meu trabalho.
— Te apresento a minha equipe durante o processo. — Assisto Eric Santoro finalmente se levantar. Ele estende a mão para mim. — Formaremos um bom time, eyes.— Aperto a mão, mas quando ele diz o maldito apelido sinto vontade de voar nele.
Eric faz essa piada com o meu nome desde que nos conhecemos, ele fez todos no ensino médio me chamarem de "eyes", era a coisa mais insuportável do mundo.
— Você mudou muito Íris. — Ele diz ao caminhar até a porta, franzo a minha testa. — Sempre achei que a genética tinha falhado em você, mas o tempo mostrou o quanto eu tava errado. — Antes de abrir a porta, ele se vira para trás e abre um sorriso ridículo, eu odeio esse homem.
— O tempo é o seu maior inimigo, Santoro. — Abro um sorriso de volta.
Assim que Eric se retira da minha sala, meu telefone toca e o nome de Valentin aparece na tela, franzo a testa, é muito raro receber uma ligação do meu primo.
— Nos encontre no hospital, sua sobrinha vai nascer. — Não tenho tempo de responder nada, Valentin joga a notícia e meu coração acelera.
Não sabia que estava tão ansiosa para ver Camila, mas estou.
— Eu e Sabrina estamos a caminho. — Me levanto da cadeira e corro para chamá-la.
A nova geração da família Leblanc começa hoje.
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